Acaba hoje o primeiro "Troikano". O ano em que o País velhinho de quase 900 anos independentes se submeteu ao jugo dos credores.
Não se vislumbram no horizonte os Conjurados, nem a Dª Luisa de Gusmão, nem sequer se nota aquele anseio, porventura da história-mito, de ser "melhor morrer reinando do que viver servindo".
Acabaram-se os heróis. Uns porque morreram mesmo, outros porque se aposentaram, outros ainda porque sendo dos únicos a incitar à revolta estão dados como velhos e senis. Os mais novos e potencialmente mais capazes estão demasiado ocupados em tentar sobreviver.
Os governantes fizeram o que podiam (pensam eles) submergidos pelas duas tenazes da CE e do BCE (parecendo ultimamente que o FMI vai dando às asas e voando para mais longe destes inverosímeis afrontamentos).
A Oposição que é opção de governo mansamente opôs-se. O Senhor PR mansamente promulgou e aprendeu a "tweetar". A UGT assinou mansamente o Acordo. São os "mansos" do regime.
A sociedade civil, conduzida (ou não), pela Oposição e\ou pela CGTP, mais militante, veio para as ruas e fez-se ouvir.
O "Ipse dixit" germânico é atualmente a regra de todos os mandamentos económico-financeiros: Quem paga tem direitos, quem pede tem deveres.
Houve alguma coisa de bom, de saudável, de aplaudir, neste ano de 2012 que hoje termina?
Tenho que pensar bastante. E a maioria do que encontrei não começou em 2012...
Então lá vai:
- Braga capital Europeia da Juventude e Guimarães, Capital Europeia da Cultura, correram bem. Para mim melhor a Braga do que a Guimarães (nas memórias explicarei...).
- Portugal tem uma das mais baixas taxas de mortalidade infantil do mundo. Em apenas 4 anos, Portugal, construiu o mais importante registo europeu de dadores de medula óssea. E inúmeras empresas portuguesas trabalham com a NASA.
- A língua portuguesa será a quinta (ou sexta?) mais falada no mundo. Esta vantagem tem sido pouco aproveitada, embora potencie negócios num mercado de cerca de 250 milhões de pessoas (incluindo as "diásporas").
Do ponto de vista agrícola, somos bons em frutos, legumes, flores, vinhos e azeites. Estes devem formar o pilar agrícola nacional, para exportação. O nosso Peixe é "O" melhor do mundo. Tal como o marisco das nossas costas.
A nossa gastronomia regional é das mais variadas e deslumbrantes do mundo (atendendo ao espaço limitado onde se desenvolve). Idem, idem para a variedade e qualidade dos nossos vinhos.
- E não há "Fado" como o nosso...Nem a canção , nem nenhum destino semelhante, traçado pela deusa tecedeira do Olimpo.
E no próximo Troikano?
A ver vamos, com o dizia o Ti Rosa, conhecido invisual apalpador de peixeiras (para se equilibrar) do mercado de Cascais...
O povão ainda não está seguro do que lhe vai cair em cima lá mais para Fevereiro, mas a classe média terá já mandado tirar as medidas à caixa de pinho.
Mas amanhã falarei mais disto.
Boas Entradas Amigos!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário