quinta-feira, outubro 20, 2011

Sorrir é o que nos resta...

Sensível aos desejos da "cambada" dos leitores , que parece estarem já fartos de Posts sobre a P*** da Crise, tento fazer algum humor com a situação.

Ainda pensei naquelas piadas parvas sobre a pobreza de alguns países do terceiro mundo, onde são os Malucos que têm de pagar o Manicómio, mas depois lembrei-me que aqui não se pode escrever "maluco" nem "manicómio"... Serão "doentes mentais" e "hospitais psiquiátricos". Por acaso até acho que alguns dos doentes mentais devem entrar em auto-gestão e tomar conta dos hospitais psiquiátricos portugueses, mas isso será outra história...

Por isso imaginei" Ideias de Redenção" :

1) Ontem à noite estive a ver de empreitada uma daquelas séries da BBC de época (acho que se chama "Downton Hall" ou parecido) e "embasbaquei" com o número de trabalhadores que era necessário para cuidar de uma família da classe alta naquela altura - por volta de 1912, altura do naufrágio do Titanic - tantas quantas 12 pessoas para tomar conta de 5 (pai, mãe e três filhas). É claro que só contei as que trabalham em casa: mordomo, governanta, criados de libré, assistentes pessoais do Senhor e da Senhora, camareiras, cozinheira, ajudantes de cozinha. Depois ainda devem haver os jardineiros, cavalariços, guardas florestais e quejandos, todos a trabalharem fora da dita casa...

Vamos admitir que serão ao todo uns 20 (pecando por baixo) para 5 residentes...

Não sei se percebem. Está descoberto o remédio para o desemprego actual!

Alguns de nós terão de se sacrificar para o bem estar de todos, garantindo assim o pleno emprego em Portugal. Faríamos uma lotaria gigantesca aberta aos 11 milhões de indígenas (digo 10 milhões porque é mais fácil fazer as contas) . Depois teríamos 2 milhões de tugas a viver como nababos, sendo que os restantes 8 milhões existiriam para os servir, a troco de comida, cama e (alguma) roupa lavada. Desta forma acho que a riqueza gerada pelo país já seria suficiente para manter toda a gente:  8 milhões de funcionários publicos para 2 milhões de banqueiros e industriais.

Teriam de ser pequenos bancos e industriais de PME's está claro, porque o verdadeiro rácio de sustentabilidade para os Grandes Bancos e Multinacionais deve ser  igual aos habitantes de  3 países de África para sustentar apenas os Hamptons , ou seja, no caso português, toda a cintura industrial de Lisboa (incluindo o Alentejo, que aqui conta pouco) para tomar conta da Quinta do Patiño...

Genial! Obviamente que o inventor da ideia estaria isento da Lotaria! Se não, com a sorte que tenho, ainda acabava a tirar m*** *de cavalo às pazadas...

2) Outra ideia de redenção "veio-se-me" (espera aí que não saíu bem, repito: apareceu-me, ocorreu-me em laia de epifania ) quando fui ver com o Senhorio o inenarrável filme "Os 3 Mosqueteiros" - com a Mila "já te vi mais nua" Jovovich, não sei se lembram dela, a grande atriz  (mais de 1,8 metros) que nos apareceu nos "5 Elementos" e depois estrelou - acho que com manteiga ou margarina, na frigideira - na série de culto "Resident Evil".

Pois nesse magnífico filme há uma invasão , em Veneza, dos arquivos do Leonardo da Vinci. Nesses arquivos descobrem-se uns planos de um "Dirigível" tipo Passarola do Padre Bartolomeu, o qual não é mais do que um galeão com um balão gigante por cima. Este galeão alado mexe-se , vira, dispara canhões e bota fogo pelas ventas, tudo isto enquanto voa... Pelo meio do filme há ainda a invasão de uma câmara dos segredos onde - pela milionésima vez em filmes desde o primeiro jogo da Lara Croft - somos deliciados pela  novidade do atravessamento de um corredor da morte, com projécteis a saírem de ambos os lados... Para já não falar do acesso ao famoso "colar de diamantes", protegido por uma teia de fios invisíveis feitos de aço temperado a carbono (ou ainda pior)... Claro que o filme se passa em 1600 e troca o passo... Carbono e aço, já viram? Que imaginação! Que audácia! Que espírito inventivo!

Ora do que me lembrei foi do seguinte: A malta lusa alugava o País para sets de filmes. Para não nos acusarem de racismo podiam vir todos, desde os chinos do Kung Fu de Hong Kong, passando pelos dandys de Bollyhood na Índia, até chegarmos aos verdeiramente verdadeiros Pais da 7ª Arte lá da Califórnia.

A  lusa gente participaria, e oportunidades de emprego seriam inúmeras:
- Fazer de Mortos em várias produções, desde os filmes policiais até aos de guerra.
- Interpretar vários Judeus na Polónia, durante a II Grande Guerra.
- Cair dos cavalos nos Westerns.
- Fazer de Duplos dos duplos e Duplos dos cavalos dos duplos, quando as primeiras vagas se esgotarem.
- Ser a Isca de Piranha para a reposição do famoso filme. Depois da experiêncioa os sobreviventes teriam acesso imediato, sem casting, para isca de Tubarão, de novo tendo em vista a reposição do mesmo. E os que escaparem desse seriam actores secundários na reposição da "Anaconda", encarregues de dar de comer à bicha antes desta se escapar (ou de ser o comer da bicha, isso ainda estaria em estudo)..

Manoel de Oliveira, o jovem realizador, seria o único a receber cachet pela interpretação (que se espera notável!) do vilão na "Múmia -IV". Os outros participariam a troco de sardinhas de lata  com pão e de  coupons de desconto na dívida externa.

O que acham? Resolve ou não?
Ou não...

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