terça-feira, novembro 01, 2005

BD - Amadora


"(...) Embora poucos se apercebam, mesmo no correio convencional e em situação de funcionamento regular, há um volume apreciável de correspondência que nunca chega ao destino.

"Uma carta de amor de 28 páginas enviada por Adalberto Basel a Amélia Gozzil"

Endereços ilegíveis, incorrectos ou desactualizados, destinatários que faleceram, mudaram de residência ou se ausentaram por um período prolongado, falhas de distribuição - incontáveis são as razões que podem causar o extravio de uma carta.

"Uma carta de amor de 26 páginas remetida por Amélia Gozzil a Adalberto Basel... na mesma data..."

(...) esporadicamente o depósito recebe a visita de alguém em busca de correspondencia extraviada

"É uma questão de vida ou de morte. Procuro uma carta enviada de Tashent por Eva Kaminky, em Novembro de 1982, para Américo Dmytryk (sou eu).

"Está com sorte... Ontem houve um aluimento que deixou à vista muita correspondência do início da década de 80..."

O resto da história? - a ler no albúm "O depósito de Refugos Postais" de José Carlos Fernandes

José Carlos Fernandes nasceu em Loulé em 1964. Não teve qualquer formação artística. Despertou tardiamente para a BD quando se deparou numa revista com um anuncio a um curso por correspondência de "Estratégias de venda porta a porta". Preencheu o cupão respectivo, mas um erro dos correios fez com que recebesse antes o "Curso de Artes Narrativa Sequencial em 24 fascísculos".

Parece-me que o erro referido... teve origem nos "correios de expedição" da empresa de cursos por correspondencia e não nos CTT.
Seja como for... nasceu um grande artista.

Na Amadora até ao próximo fim de semana (Estação de Metro Amadora)

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