quarta-feira, novembro 30, 2005

Morreu um senhor!

Desapareceu Manuel de Brito, o maior galerista do país e grande amigo da Filatelia e dos Correios de Portugal.

Múltiplas vezes a ele recorremos para reproduzir imagens nas nossas edições.

Bons ventos te levem Amigo Manuel de Brito!

terça-feira, novembro 29, 2005

Fernando Pessoa - 70 anos

Sozinho, no cais deserto, a esta manhã de Verão,
Olho pró lado da barra, olho pró Indefinido,
Olho e contenta-me ver,
Pequeno, negro e claro, um paquete entrando.
Vem de muito longe, nítido, clássico à sua maneira.
Deixa no ar distante atrás de si a orla vã do seu fumo.
Vem entrando, e a manhã entra com ele, e no rio,
Aqui, acolá, acorda a vida marítima,
Erguem-se velas, avançam rebocadores,
Surgem barcos pequenos de trás dos navios que estão no porto.
Há uma vaga brisa.
Mas a minh´alma está com o que vejo menos,
Com o paquete que entra,
Porque ele está com a Distância, com a Manhã,
Com o sentido marítimo desta Hora,
Com a doçura dolorosa que sobe em mim como uma náusea,
Com um começar a enjoar, mas no espírito.
Olho de longe o paquete, com uma grande independência de alma,
E dentro de mim um volante começa a girar, lentamente (...)

ODE MARÍTIMA – Álvaro de Campos

Comentários Enológicos

1) O El Corte Inglês abriu uma loja "Gourmet" na Quinta da Beloura (entre Cascais e Sintra) a tempo das compras do Natal.

Vão lá ver os vinhos e as gourmandises para esta época do ano e, se tiverem coragem, comprem algumas das coisas que estão em exposição. Os Foie Gras e salmões fumados irlandeses são uma tentação...

Estão lá dos melhores vinhos que se fazem não só neste país como também em Espanha. Os preços é que são um problema... Mas é importante conhecermos os preços, por uma questão de cultura geral e para nos prepararmos para as cartas dos restaurantes.

2) Ainda está à venda nalgumas lojas da cadeia Pão de Açucar (eu encontrei em Alfragide) um grande e barato (relativamente) vinho alentejano: Monte das Servas Colheita Seleccionada 2003 a 8.99€!! A não perder!!

3) Está quase impossível encontrar nas lojas um dos mais afamados Vinhos do Dão dos últimos anos, concorrente do PAPE 2001 e do Garrafeira 2000 da Quinta dos Roques: Vinha Paz Reserva 2003. Encontra-se o Vinha Paz normal, mas não a Reserva.

Pelo telefone identifiquei uma garrafeira (a do Campo Alegre, no Porto) onde ainda existem algumas garrafas a perto de 24€.

O Bloguista vai a Viana. Posts regressam na Segunda Feira 5\12

Para assegurar a participação dos Correios no Dia Nacional do Selo Postal e Congresso da Federação Portuguesa de Filatelia parto para Barroselas amanhã.

Próximo Post : Segunda Feira, 5\12.

Espero trazer notícias da notável gastronomia Minhota!

segunda-feira, novembro 28, 2005

Ernst Schade

Chamo novamente a atenção para o website deste meu amigo.
www.ernstschade.com
A não perder!

A Tradição da Golegâ - Versão Raul

Frequento a Golegâ desde que me lembro.

Meu Avô paterno era aficionado de Touros e de Cavalos e muito cedo habituou o neto a essas andanças: chovesse ou fizesse sol o S. Martinho era sempre na Feira.

Com o passar dos anos, e depois do meu Avô ter falecido, continuei a honrar essa tradição familiar, embora com algumas adaptações aos tempos que correm. A mais importante talvez diga respeito à maior sensibilidade que eu tenho face aos consumos "dentro da Feira", com relevo para as àguas-pés , cervejas, etc... dos quais partilho com muita parcimónia.
Meu Avô tudo bebia e tudo comia e nunca dei que lhe fizesse mal...

Por norma marco sempre Almoço no Chico Elias (em Algaravias, à saída de Tomar) no dia em que vou à Feira. A Dª Céu, excelente cozinheira que aprendeu em casa de Mestre José Quitério, faz uns pratos deliciosos e que não se comem em mais lado nenhum (é claro que tudo só por encomenda) dentre eles destaco o Coelho na Abóbora e o Bacalhau com carne.

Depois vou para a Golegâ, onde costumo chegar por volta das 16.00H. Daí até voltar para Lisboa (lá para as 24.00H) é só ver se encontro Amigos de outros tempos e banquetear os olhos com os cavalos e as amazonas que preenchem a Manga do Arneiro.

Quando se janta (nem sempre, depende dos petiscos partilhadas nas "casetas" dos criadores ) é num restaurante "móvel" que a Companhia das Lezírias desloca para a Feira e onde se pode comer um decente "arroz de costela" acompanhado pelos vinhos das Lezírias.

Na Feira tudo se perdoa: o mau serviço dos restaurantes, as casas de banho impróprias, os preços inflaccionados, os encontrões e as grandes "cadelas" (parecem serras-da estrela) que por lá se vislumbram à medida que cai a noite.

Há algo de mágico na Golegâ, sobretudo em noites onde o frio e a fumaraça dos assadores de castanhas nos dão a ideia de que caminhamos por fantasmagóricos "moors" escoceses retirados de uma novela gótica. Nem falta o cheiro de cavalos e o ruído dos cascos para dar ambiente!

O problema é a partida: ter o cuidado necessário para fazer uma "autoavaliação alcoólica" ou, ainda melhor, compartilhar os prazeres da Feira com quem beba pouco.

Este ano tudo correu da melhor maneira possível. Boa Feira (enfim, não foi das melhores dos últimos anos, mas muito razoável) Bom Almoço (sempre insuperável o Chico Elias) e regresso a casa sem qualquer problema.

Espero que para o ano seja também assim.

Artigo de Albano Rosa

O Amigo Albano dá a sua opinião sobre os Sistemas de Informação modernos e o Tráfego Postal em declínio:


CIPOST - O PPR DA FILEIRA POSTAL

A ameaça colocada pela fileira digital à fileira postal em Portugal é mais forte do que em muitos outros países: por um lado, as mensagens de conteúdo individual - as potencialmente mais ameaçadas - são a maioria; por outro lado, as mensagens de marketing directo - correio contacto e DM - sempre apresentaram uma enorme debilidade estrutural, já que apenas representam 4% do valor global do orçamento das empresas em publicidade, isto é, nada.

Creio que o grande factor de ameaça proveniente da fileira digital tem a ver, sobretudo, com o tamanho das mensagens; no entanto, no caso do correio contacto - em que a maioria das mensagens são grandes - assistiremos também a uma mudança para mensagens efectuadas através de "mobile devices", porque o paradigma social mudará para contactos muito simples e curtos, típicos de 1.ª vaga (como nas batalhas), continuando a 2.ª vaga a ser efectuada depois em DM, mas já com muito maior grau de eficácia do que acontece actualmente no retorno da campanha, decorrendo tal facto das bases de dados usadas, que passarão a ser obtidas a partir do endereço postal concedido pelo destinatário em resposta à 1.ª vaga; em resultado desta mudança na forma de obtenção das bases de dados, a dimensão média de cada campanha de DM será reduzida em mais de 50% face aos valores actuais (ainda assim, uma boa conjugação digital-postal poderá no entanto vir a aumentar de forma significativa a actual quantidade de campanhas de DM).

Como resultado do somatório de todos estes fenómenos - e ainda de outros que seria fastidioso estar aqui a enumerar - estou em crer que dentro de cerca de 10 anos o universo postal terá sido reduzido, no mínimo, em cerca de 50% face ao seu valor actual.

Neste cenário de "velhice" importa prepararmos o futuro, por forma a que a morte nos chegue da forma o mais suave possível; espero voltar em breve ao assunto do ataque da fileira digital à fileira postal numa perspectiva de "ressurreição" da Empresa, mas por agora vou cingir-me apenas à fileira postal.

A qualidade média dos meios humanos nas operações continuará a baixar, porque cada vez mais haverá menos tráfego e cada vez mais teremos que contratar pessoas em regime precário, por forma a que elas não prejudiquem os nossos próprios empregos; esta perspectiva corporativa é legítima e não vejo forma de lhe dar a volta.
Por exemplo, os operadores dos equipamentos de tratamento acompanharão sem dúvida este fenómeno de abaixamento de qualidade.

Por outro lado, os fornecedores dos equipamentos usados nesta indústria passarão também eles a ter muitos problemas, o nível do apoio pós-venda prestado degradar-se-á e tenderá a ser cada vez mais caro.
Neste cenário de morte anunciada, aos órgãos de manutenção dos Centros de Tratamento - CIPOST - será reservado um papel cada vez mais proeminente, sendo necessário que consigam assumir, muitas vezes sózinhos, uma boa parte das capacidades dos fornecedores do equipamento e até dos próprios operadores dos mesmos; a cadaverização de equipamentos será um facto (serão necessários menos máquinas) e a aquisição atempada de quantidades importantes de hardware de reserva é um factor a ter em conta; finalmente, a formação dos técnicos ganhará uma importância extrema.

Convirá assim que a Empresa reflicta nesta problemática e crie e mantenha uma estratégia permanente de valorização das equipas dos CIPOST, já que, a partir de certa altura, deverão passar a ser eles os maiores garantes futuros do funcionamento da fileira postal.

Ainda que a área da engenharia possa continuar a sofrer globalmente um declínio acentuado - como tem vindo aliás a acontecer nos últimos tempos -, é necessário que os CIPOST - cujas funções são justamente a última etapa da área da engenharia - sejam uma excepção a confirmar a regra.


Albano Rosa

domingo, novembro 27, 2005

É hora de atacar


Há dias na TSF ouvi o presidente do ACP defender a publicidade da BMW afirmando que, ao contrário do que diziam diversas associações cívicas, não promovia a agressividade.
Parecia um advogado a defender um cliente mesmo sabendo que ele não tinha razão...

É hora de atacar
Pergunta: atacar quem?
. os outros condutores?... tal como inúmeras pessoas fazem.
. os peões?... muitos morrem assim.
. a estrada em excesso de velocidade?

ATACAR é sinónimo de agressividade.

Após a ACA-M ter apresentado uma queixa por desrespeito ao Código de Publicidade a BMW, numa atitude inédita, resolver retirar o referido anúncio.

Tal como num meu comentário relativo a excesso de velocidade, que tanto incomodou o Raul Moreira, neste caso há uma atitude em que a publicidade aposta em apelar a comportamentos ilegais e perigosos na estrada.

A publicidade é um instrumento importante na transformação de comportamentos culturais.

Mesmo sendo publicidade gratuita não tenho qualquer problema em dizer: Parabéns BMW.

sexta-feira, novembro 25, 2005

António do Barrote - Um regresso ao Alentejano na Pontinha

Fui Amigo do saudoso António Cordeiro (dono do Barrote Atiçado) e acompanhei a transferência deste para as novas instalações - também na Pontinha mas na Urbanização nova em frente às "garagens" do Metropolitano de Lisboa, à direita de quem vem do C.C. Colombo.

Já até aqui tinha recomendado o Cozido de Grão deste Restaurante.

Por motivos muito longos para estar aqui a enumerar mas que se prenderam também com o luto pela morte do António, deixei de frequentar o Barrote por 7 ou 8 meses.

No regresso à casa "António do Barrote" encontrei a D. Rosa na cozinha e o Mário (irmão do António) nas mesas, como de costume, o que me deixou tranquilo.

Convém saberem que o António Cordeiro era um grande cozinheiro rústico, que fazia jus à sua terra natal (Borba) e que aprendeu numa grande escola de restauração alentejana, ainda hoje disponível em Lisboa: o "Galito" de Carnide.

Sua esposa Rosa juntou aos conhecimentos práticos da cozinha do Barrote a teoria da Escola de Hotelaria e damos agora notícia dos resultados.

As entradas alentejanas apresentaram-se com coelho S. Cristóvão, pimentos vermelhos e verdes em vinagrete, torresmos do rissol e paio de Borba.

Não gostei muito do Paio, demasiado seco para o meu gosto. Das outras entradas (de bom paladar) apenas achei que havia algum azeite a mais nos molhos de acompanhamento.

Comemos em seguida Cozido de Grão (sempre às quinta feiras) e perdiz de escabeche desfiada e dessossada com batas fritas às rodelas finas. Muito bom o Cozido, com enchidos de qualidade e honrada sapidez do caldo das couves, grão e abóbora a embeber as carnes de porco e vaca servidas à parte. Como sabem este Cozido come-se com uma colher...

A perdiz de escabeche era de tiro, mas obviamente criada em aviário e solta algum tempo antes de ser abatida. Dentro do que tenho visto por aí (autênticos "frangos" alimentados a ração a que dão o nome de perdiz) devo confessar que estava muito boa!

Sobremesas a puxar para a Região Transtagana, mas para mim marmelada caseira e uma tira de queijo de Serpa.

Bebeu-se Terras de Zambujeiro Tinto de 2000. Excelente vinho da zona de Borba , mas caro na Loja e obviamente ainda mais caro no restaurante...

A alternativa - da mesma Herdade - a preços mais católicos, chama-se Monte do Castanheiro.

Já agora lembro que o mesmo produtor ainda tem um "topo de gama" chamado simplesmente "Zambugeiro" e ( diz quem o provou) que será melhor do que o Pera Manca... A provar proximamente à conta do subsídio de Natal.

Três pessoas, com cafés e dois Whiskies e sem vinho pagariam à roda de 80€.

Como se beberam duas garrafas do Zambugeiro lá teve a conta de chegar aos 160€...

Boas notícias para os Amigos do António (que deixou muitos). Temos "António do Barrote" à maneira e com cozinha honesta a que apenas algumas correcções de pequena monta dariam ainda mais alto estatuto.

Mensagem de Albano Rosa

O nosso amigo Engº Albano Rosa termina aqui a história dos "bebedouros" de Cabo Ruivo.

E teve um final feliz...


BEBEDOUROS EM CABO RUIVO (fim)
Tinha prometido vir dar-vos conta da conclusão entretanto dada a este assunto.
Recordo que estava em causa a possibilidade de se instalarem garrafões amovíveis no edifício de Cabo Ruivo em lugar de bebedouros frigoríficos; o custo da primeira opção é cerca de 30 vezes mais caro do que o custo da segunda.
Felizmente, neste caso imperou o bom senso na decisão que foi tomada.
Que seja um bom augúrio.

quinta-feira, novembro 24, 2005

Manuel Alegre




As sondagens não têm ajudado Soares.

Em desespero de causa(?), e esgotado o ataque esquerdista a Cavaco, Soares vira-se contra Alegre...

Não havia necessidade...

Schubert

Embora nem todos se conheçam, há um grupo de 30 pessoas que se encontram meia dúzia de vezes por ano.

Que fazem estas pessoas juntas?

Ouvem música clássica ao vivo interpretada pelo Quarteto Lacerda.

Antes das actuações Alexandre Delgado (violeta) explica, como só ele sabe fazer, os diversos andamentos e conta também diversas histórias.

Hoje estavam acompanhados por um outro violoncelo.

Foi extraordinário ouvir o Quinteto de Cordas em Dó Maior D. 956. de Schubert

Sondagens Para as Presidenciais

Ainda não tenho resultados do meu Projecto - devido à falta de verbas só posso fazer três sondagens. Já fizémos uma e estou a guardar as outras duas para a 1ª semana de Dezembro e para depois das Férias do Natal, 2 ou 3 de Janeiro, nas vésperas das Eleições.

Entretanto dou notícia das sondagens da Católica e da Markteste de hoje, onde se observam comportamentos algo contraditórios:

- na Markteste: Cavaco perde terreno. Alegre distancia-se um pouco de Soares
- na Católica: Cavaco ganha terreno e garante a Maioria Absoluta à 1ª Volta. Soares aproxima-se de Alegre.

E agora Maria?

Há que esperar o início oficial das Campanhas, mas deixo já aqui uma reflexão: se estes resultados acontecem quase que sem Cavaco "abrir a boca" o que será quando começar a
abri-la??

quarta-feira, novembro 23, 2005

Pour le plaisir des yeux

Chagall

Libération em greve

O periódico Libération (reconhecido como de esquerda) está a utilizar os mesmos métodos que o capitalismo neoliberal – resolver os problemas financeiros à custa do emprego...
Os trabalhadores são tratados como pastilhas elásticas: mastiga-se e quando já não servem... deitam-se fora.
Os maus exemplos aprendem-se depressa...

Champagne ou Espumante? Preços e Qualidade em discussão

Mantenho que hoje em dia se fazem, em Portugal, vinhos espumantes novos de método tradicional (sem adição de gás) tão bons como os franceses da Região de Champagne.

Esta afirmação tem uma palavra no meio que é essencial para se compreender este fenómeno: a palavra "novos" no sentido de não serem vinhos garrafeira ou grandes reservas. Destes, em espumosos, não há tradição em Portugal nem, se calhar, sabedoria para os fazer...

De facto, as grandes casas nacionais ( Murganheira, Sogrape, Quinta da Bacalhoa) para citar apenas algumas, têm produtos de grande qualidade e a preços muito apetecíveis. Dou como exemplos de excelência o Espumante da Quinta dos Carvalhais, Rosé magnífico de 2002 a € 16 ou o superlativo Loridos Branco de Brancas 2001 da Quinta da Bacalhoa, ainda mais barato.

Um Champagne francês de gama média-baixa (como o Taitinger Brut Resérve sem data) já custará € 23 e não se nota a diferença.

Um Moet&Chandon Brut Impérial também nos custa à roda de 27€ e, sendo um bom produto, na minha opinião não vale a diferença para os dois espumantes nacionais que mencionei acima.

Mas... com o que até agora referimos ainda nem nos aproximámos da grande aventura dos Champagnes de Excelência absoluta:

Começo pelo meu favorito para as grandes datas: Ruinart Blanc de Blancs (Entre 80 € e 110€, dependendo dos anos, e vende-se em Portugal).

Continuo dando notícia do que já provei - quase sempre em França e em ocasiões de carácter social onde era convidado - e com preços estimados que retirei da Net (não me responsabilizo se em Portugal não forem exactamente os mesmos):

Krug Brut Millésimé de 1989 a 220€
Veuve Clicquot Vintage Réserve 1990 a 360€
Pol Roget Cuvée Sir Winston Churchil de 1998 a 140€

Estes Vinhos da Região de Champagne não têm, por enquanto, comparação nenhuma com o que se faz em Portugal. São de uma outra Liga...

Por isso, quando nos referimos aos Champagnes e Espumantes numa só frase há que ter em conta aquilo de que estamos a falar...

Como dizia um Amigo meu: "há carros e depois há automóveis" (lá venho outra vez com a conversa das 4 rodas que tanto irritou o meu Amigo A.Acc. Campos!! )

terça-feira, novembro 22, 2005

SIDA

No final de 2003 havia 37,5 milhões de pessoas infectadas com o HIV/SIDA.
Em 2005 este número aumentou para 40,3 milhões

Em Portugal são mais de 50.000

A protecção é a melhor solução

Pour le plaisir des yeux

ManRay

Sou pela Lentidão - Na Gastronomia: Viva a Slow Food!!

Quanto tempo demora a preparar um cabrito no forno à moda da Beira Alta?

Na véspera preparo os temperos: Num tabuleiro deito azeite, massa de Pimentão, louro, muito alho finamente picado, cebola em tiras fininhas, três chalotas, salsa, três ou quatro malaguetas vermelhas e bom vinho branco.

É claro que o Cabrito só deve ser temperado estando à temperatura ambiente. No caso de o termos congelado o "planeamento" tem de começar 48 horas antes: 24H para descongelar e 24H para tomar o gosto do tempero.

O Cabrito fica depois a marinar 24 horas antes de ir para o forno.

Para ficar mesmo bem, com a carne a sair dos ossos e com a pele bem estaladiça e tostada por cima costumo acender o forno no dia seguinte, por volta das 07.30H e colocá-lo na temperatura 170º.

Introduzo o Cabrito meia hora depois. Uns minutos antes salgo (nunca se deve salgar a carne de véspera, pois perde qualidades, seca...)

Vou depois virando de 45 em 45 minutos, regando sempre com o molho dos temperos. É este o grande segredo das carnes assadas no forno: virar amiúde e regar com o molho.

Pelas 12.00H introduzo as batatinhas novas no mesmo tabuleiro (se couberem) ou noutro em que preparei um molho idêntico ao da carne.

Mudo o cabrito para baixo (se forem dois tabuleiros) e ponho o forno no máximo.

Costumo usar a velha medida da restauração: uma mão cheia de sal em cada tabuleiro (batatas e cabrito).

Aguardo mais uma hora e está pronto para servir às 13.00H.

Bom Apetite e acompanhem com um Dão PAPE 2001

Quando acabarem de comer vão ver que "só querem uma rede para se estenderem e um gato para passarem a mão" como dizia o grande Vinicius de Moraes!

segunda-feira, novembro 21, 2005

Não esquecer, não perdoar!

Fui criticado por alguns colegas do PAGE (UCP) pois nos anteriores posts só fiz referencias a ditaduras de direita.
Aos meus queridos amigos anexo um conjunto de ditadores para todos os gostos que não devemos esquecer nem perdoar...

domingo, novembro 20, 2005

Não esquecer, não perdoar!



Franco morreu hà trinta anos.

Ainda hoje dia se procuram os milhares de desaparecidos na Guerra Civil, enterrados em valas comuns.

Devemos lembrarmo-nos destes crimes para que não se repitam.

R.Kapa

Não esquecer, não perdoar!

O julgamento de Nuremberga.

No julgamento dos criminosos da 2ª guerra mundial o juiz Robert Jackson fez votos para que, na segunda metade do século XX, nos esquecêssemos dos assassinos, das deportações, das mortes, da escravidão, dos responsáveis por tantas crueldades e tantos outros crimes.
Propôs também ao tribunal que este tivesse uma conduta de total imparcialidade e integridade, de forma a que a posteridade o pudesse elogiar por ter representado todas as aspirações da humanidade que se preocupa com a justiça.

Os EUA rapidente se esqueceram: não dão aos presos de Guantámano os direitos de defesa que todos devem ter... mesmo que sejam considerados criminosos...
O TPI não deve servir somente para condenar dirigentes da ex-Jugoslávia...

sexta-feira, novembro 18, 2005

Raul em contramão 2



Ninguém defende a censura!

Exige-se que perante um acto criminoso não sejamos cúmplices.

Que condenemos as atitudes dos falsos heróis que se vangloriam dos seus excessos e da forma como fogem às autoridades!

Não contem comigo para sorrir perante estes actos!

Conheço bem os argumentos dos que afirmam seram os veículos modernos muito seguros a 180 ou 200Km/h.
Conheço também os estudos que referem quantos metros são necessários para bloquear um veículo a esta velocidade.
Li também as estatísticas que reconhecem que o álcool e o excesso de velocidade são as duas maiores causas dos acidentes de trânsito.
Conheço também as estatísticas com o nº de mortos nas estradas...

Porque será que estas mesmas pessoas quando circulam Espanha ou França têm atitudes diferentes? Provavelmente porque a mãe do motorista... ficou em Portugal....

Quinta da Bacalhoa - Visita de Trabalho com Laivos de Enologia

A Quinta da Bacalhoa tem uma história notável que não valerá a pena aprofundar aqui.

Para enquadramento da importância histórica basta termos a noção de que pertenceu a um filho de D. Francisco de Albuquerque e de que, na opinião de Mestre Joaquim Rasteiro, " possui o maior e melhor acervo de azulejaria primitiva portuguesa do mundo".

Foi desde a altura em que um casal de Norte-Americanos - Mr. e Mrs Scorville - se apaixonou pela Quinta da Bacalhoa e a comprou aos antigos proprietários (cerca de 1973\74) que se começou a produzir em Portugal um Vinho Tinto à moda de Bordéus (região mítica de quem o casal Scorville era aficionado).

O Grande Senhor do Vinho que era e é, felizmente, o Engº Francisco Avillez plantou cepas de Bordéus (Cabernet Sauvignon e Merlot) na propriedade e ao fim de uns anos já se produzia o "Quinta da Bacalhoa".

Tudo isto a propósito do Luiz Duran e eu próprio termos sido convidados pelo Sr. Comendador Joe Berardo para almoçarmos na Bacalhoa e discutir colaboração de carácter filatélico para o futuro.

O Comendador agarrou no monumento deixado pelo casal Scorville (que vendeu recentemente as suas participações e a quem temos todos de agradecer o que fez pelo Património Nacional) e , com o seu bom gosto e a sua capacidade financeira notável está a transformar os terrenos, as vinhas e o próprio Palácio, num respeito intransigente pelas traças originais.

Dá gosto (e recomenda-se) uma visita ao antigo Pavilhão que foi construído para as Selecções do Reader's Digest em Azeitão e ver como tudo aquilo está agora adaptado ao Turismo enológico, com jardim japonês, adega e loja de vinhos, sem esquecer os magníficos azulejos - todos etiquetados - espalhados pela Adega e recintos interiores.

Num Lago artificial nadam carpas japonesas, patos bravos e cisnes australianos, à sua volta estão replantadas Oliveiras com 2000 anos que o Comendador Berardo salvou do Alqueva. Só por isso mereceria estátua (na minha opinião, pois sou daqueles que veneram a Oliveira, dádiva de Atena e símbolo da Paz)

Nos locais onde se anichavam os magníficos e insubstituíveis Medalhões em baixo relevo de Terracota de Luca De La Robbia, que foram roubados dos Jardins do Palácio, estão agora "imitações" do mesmo material, feitas expressamente em Itália.

O único medalhão sobrevivente está no interior das caves do Palácio em exposição permanente.

Sabem que a Interpol detectou que um dos roubados terá sido vendido em Londres, nos anos 80, por Meio Milhão de Libras? Existiam mais de 20...

Ao Almoço provaram-se os Vinhos da Casa:

Excelente Espumante Natural Blanc de Blancs Loridos Extra Bruto (das propriedades da Estremadura).
Notável Quinta da Bacalhoa 2001 - talvez o melhor dos últimos anos.
Muito Bom Moscatel Velho de 25 anos.

O Topo de Gama ainda em afinação - Palácio da Bacalhoa - foi por mim comprado posteriormente e provado em casa.

Quem, como eu, tinha (e acho que ainda tenho) algum desdém pelas castas estrangeiras plantadas em Portugal - porque estariam a tirar o lugar e a impedir a divulgação das nossas castas autóctones - não pode deixar de ficar surpreendido, pela positiva, com o resultado de uma mescla de Cabernet e de Merlot em Terras de Setúbal\Azeitão!

Este "Palácio da Bacalhoa 2000" que se vende por 18€ na Loja de Vinhos da Bacalhoa (Imperioso visitar!!) "bate-se" quase de igual para igual com as minhas memórias de um Cheval Blanc de Bordéus!! Mesmo admitindo que a memória é selectiva é um feito extraordinário para um Vinho ainda em afinação.

E estamos a falar de um Grande Senhor de Bordéus que se vende (em anos normais) a mais de 500€ por garrafa!

Qual o dever do Cronista? Falar dos Factos ou Não Falar? Eis a Questão!

Amigos Leitores,

Lembro-me que quando o Princípe Carlos de Inglaterra fez 40 anos, e conhecida a sua aversão às "más" notícias que enchiam as primeiras páginas dos jonais britânicos, a prenda que os Jornalistas do seu Pais lhe ofereceram nesse dia foi... Não relatarem notícias desfavoráveis!!

Ele era só o Salmão a subir de novo um Tamisa despoluído, ele era as Mães solteiras a ganharem estatuto social preferente, ele era o Aquecimento Global em regressão, etc...

Claro que no dia seguinte os jornais traziam o dobro das más notícias: as do dia anterior e as do próprio dia... Mais alguns desmentidos...

O que quero dizer é que não é possível deixar de relatar só porque não convém, porque é politicamente incorrecto, ou porque pode não agradar aos leitores e ferir a sensibilidade das virgens impolutas (se ainda as houver fora das páginas da literatura de cordel).

Imaginem que o Senhor que citei tinha dito ao Almoço que nunca passava dos 80 Km à Hora na A1 apesar de conduzir um Porsche ou um Ferrari. Também seria notícia pelo insólito da questão.

O problema é que não foi isso que ele disse!

Lembram-se de como a Comissão de Censura "embelezava" este País nos anos 60 e 70, retirando das páginas dos Jornais tudo o que dava uma imagem "feia" de Portugal? Até os crimes de sangue não existiam...

Lembram-se de quando Salazar mandou a Polícia retirar das ruas , à força, todos os Mendigos (e interná-los na Mitra) quando Isabel II visitou Lisboa, para não dar aspecto de país miserável?

Amigo A.Acc. Campos, não falar do que se passa é pior e mais perigoso do que ignorar a realidade... É este o País onde vivemos e não vale a pena pretender que estamos na Suécia.

Aqui para nós, e apesar de tudo o resto, eu também não trocava!

quinta-feira, novembro 17, 2005

Raul em contramão



No norte da Europa quando alguém se vangloria das suas performances ao volante é criticado duramente.

É uma atitude cultural diferente da nossa. O excesso de velocidade é considerado um CRIME!

No dia em que houve um grave acidente de automóvel (3 mortos) o Raul publicita as façanhas do presidente do Colégio de Fundadores de Serralves nessa mesma auto-estrada e as formas de como fugir ao pagamento da multa.

Raul, tens que reconhecer que foi um mau momento teu...

Espero que um dos três mortos neste acidente não tenha sido a mãe do motorista do referido prevaricador... que seguia ao volante dum veículo a mais de 200 Km/h.

Temos que lutar contra estes criminosos!

Fim de Tarde depois de Serralves - 15 de Novembro

Depois de mais um lançamento de uma Emissão de Selos com pompa e circunstância, na Fundação de Serralves , e já a seguir a ter levado os "patrões" ao aeroporto, pude finalmente usufruir de uns momentos de distensão para dissipar o stress acumulado.

Vamos lançar (ainda não acabou) 7 emissões filatélicas neste mês de Novembro, o que me parece ser Record Nacional absoluto! Entendam a minha necessidade de descompressão...

Esplanada em frente ao D. Manuel, na Foz do Porto.

18.30 H . Já escurece o horizonte marítimo que dali se avista.

Um dos últimos Cohibas Millenium (Edição especial de torpedos) que me sobraram da caixa que comprei em 2000 em Havana, e um Jack Daniels em copo a "on the rocks" com duas pedras de gelo e água lisa.

Atrás de mim o pianista arranca os acordes iniciais do "Summertime" e começo a reviver os momentos altos deste dia :

- A organização da Exposição dos originais de João Machado logo às 10.00H
- A chegada das individualidades para o Lançamento
- A organização do Posto de Correio, com a colaboração do Alexandre e de uma lindíssima Colega da estação de Pedro Hispano ("meteu num sapato" as profissionais contratadas por Serralves como "hotêsses" do evento)
- Os discursos, a Obliteração dos Selos, a visita guiada à exposição.
- O almoço formal em "petit comité" com o Presidente de Serralves, O Presidente do Colégio de Fundadores de Serralves;o Presidente dos CTT, etc...
- A peça de Teatro "Philatelie" da parte da tarde, cumprimentos aos actores.

O Pianista passa para "in Your Eyes" e peço outro Jack Daniels.

Recordo a conversa animadíssima de um dos comensais, o qual, apanhado algumas vezes em excesso de velocidade na A1 (tem um ou dois Ferraris e um Porsche 911 Turbo) costuma "passar" as multas à mãe do seu motorista (senhora de uns respeitáveis 65 anos mas com carta de condução - não sabemos por quanto tempo mais...).
De uma das últimas vezes foi a senhora admoestada pelo Juiz :"Na sua idade devia de ter mais juízo! Apanhada a 204Km\H!!"

Ouço os acordes inesquecíveis de "As Time goes By", apetece-me ainda outro Jack mas não posso.

Tenho de ir ainda essa noite a Barroselas por causa do Dia do Selo e regressar a Lisboa.

Chegada prevista para as 02,00H.

No dia 16\11 - 5 horas depois - tenho "formação" às 07.00H no CDP da Rua da Palma, com o Sr. Barros. Será meu colega aluno o Hernâni...

Vou, por respeito ao Sr. Barros e ao Hernâni.

E é isto a vida de Trabalhador... Nem só de Festas (ou de Jack Daniels) vive um Homem...

quarta-feira, novembro 16, 2005

Liberdade na Internet discutida na Tunísia

a) EUA, o mesmo país que tem prisões onde tortura prisioneiros, é o maior defensor da liberdade na Internet...

b) Tunísia, o País anfitrião deste evento, tem nos últimos dias proibido a venda do jornal Libération... simplesmente porque este órgão de comunicação social publicou artigos que não são bem vistos pelo governo local...

terça-feira, novembro 15, 2005

Novembro – o mês da Qualidade?




Totalmente em desacordo.



Todos os meses deveriam ser:
de Qualidade,
da Qualidade,
com Qualidade,
para a Qualidade,
sempre, sempre ao serviço dos clientes
que são quem nos pagam os ordenados... todos os meses!

segunda-feira, novembro 14, 2005

Ernst Schade


Já aqui falei sobre este meu amigo holandês, fotógrafo entre outras grandes virtudes.
Hoje chamo a atenção para o seu website www.ernstschade.com.
Pode-se apreciar várias fotografias perfeitamente excepcionais.
A não perder

Companhia do Azeite - Restaurante Recomendado!!

Seguindo uma informação de Mestre José Quitério, depois de reunião e almoço conjunto na Quinta Feira passada, aproveitei o fim de semana para experimentar um novo (tem cerca de 4 meses de abertura) Restaurante em Cascais.

Convém os meus leitores saberem que Quitério costuma ser parco nos encómios, e que quando recomenda é porque foi várias vezes a um local e nunca de lá saíu defraudado.

Este "A Companhia do Azeite" situa-se na localidade da Torre, mesmo por detrás da Agência do BES do mesmo sítio. Atenção que é mesmo preciso entrar no parque de estacionamento logo à direita do BES!

Para cautelas aqui vai o telefone - 21 486 84 00

Para lá chegarmos temos apenas que apanhar a Auto-Estrada de Cascais (A5) sair no nó de Alcabideche, tomar a Circular exterior de Cascais (terceira via a contar da saída da A5) chegar às rotundas de Birre e, ao passar pela segunda - a rotunda do MacDonald's (T'arrenego!!) - tomar a direcção Cascais\Torre.

Nesta casa - chauvinista ao extremo do bom gosto - apenas se comem pratos típicos de Trás-os-Montes, só feitos em Azeite e com Azeite. Vinhos há e muito bons, mas também apenas de Trás-os-Montes e do Douro! As batatas vêm de Trás-os-Montes, o Azeite é transmontano, as couves vêm do mesmo sítio. Enfim, e como nos confessaram os proprietários, o grande problema desta Casa não é a cozinha nem a confecção, mas sim a logística do abastecimento.

Por isso é sempre preferível marcar e verificar se têm os pratos que nos interessam, não vá a carrinha ter-se atrasado...

Não se escolhem pratos de uma Ementa, com é normal nos outros restaurantes. Existem aqui várias hipóteses do dia, que convém sempre esclarecer primeiro quais são. Depois, em volta dessas propostas constrói-se a refeição, com mais ou menos entradas e sobremesas.

Quando lá estive comemos Posta à Mirandesa - de altíssimo gabarito, a lembrar a saudosa Gabriela de Sendim, cuja proprietária tinha um bigode notável . Aliás já a sua Mãe tinha barba (suiças) como um sargento de Lanceiros 2 - ambas cozinheiras excepcionais.

Também se comeu Bacalhau assado com batata a murro, que não resultou tão bem , mas por culpa da qualidade do malvado Fiel Amigo, alto mas que não lascava.

As entradas foram: alheira, bola de presunto, pastéis de massa tenra, presunto e paio trasmontanos.

De sobremesas provou-se pudim de ovos, requeijão, compota de tomate e leite creme. Tudo muito bom, talvez destacando o requeijão de origem.

Com um Vale-Pradinhos Tinto de 2001, e dois cafés mais um Chivas Regal , pagaram dois comensais a módica quantia de 74€.

Nada mau para o que se engoliu!

sábado, novembro 12, 2005

FÁTIMA PINTO

1980
Parece que foi há meia dúzia de dias...
Fátima Pinto acabava de participar na II Bienal Internacional de Arte de Vila Nova de Cerveira . Comprei-lhe um quadro. Penso mesmo que terá sido a sua primeira venda (10 contos em suaves prestações...).
Depois desta exposição Fátima nunca mais parou.
Hoje é reconhecida, no mundo da pintura, como um dos grandes valores portugueses.
Participações na Bienal de Cerveira, três vezes no ARCO em Madrid, na Arte Lisboa, etc.
Tem obras nas colecções do Porto de Lisboa, Banco de Portugal, CGD, etc.
Na minha pequena colecção de pintura tenho 4 obras dela... sou um felizardo.

Fátima Pinto tem uma nova exposição À sombra do Sabugueiro na Galeria Palmira Suso, (Rua das Flores, 109 – Chiado, Lisboa)
A não perder

Antes sê-lo


A Filatelia pode e deve existir para além da Postagem.
Não sou um purista conservador que não possa admitir a existência duma tiragem somente com fins filatélicos.
Qual o problema? O suporte legal ou a não existência de clientes?
A sobrevivência da empresa também passa pelo aproveitamento de todos os nichos de mercado (culturais ou outros).

Por exemplo:
Acho muito bem que o selo com o Álvaro Cunhal não seja colocado em circulação... pois, se o for, já estou a imaginar uma fila de fascistas para tentar obliterar o selo...

A obliteração, como sabemos, é um acto violento. Sempre que numa Estação é obliterado um selo... o prédio estremece...

Em 50 anos de ditadura não conseguiram "obliterá-lo"... não será agora que o vão conseguir...

IVG (Interrupção Voluntária da Gravidez)

Acabemos de vez com toda esta hipocrisia

A Clínica de los Arcos em Mérida recebe por ano mais de 2 mil portuguesas... um número que ao longo dos anos tem vindo sempre a aumentar .

POST@L

sexta-feira, novembro 11, 2005

Mais Restaurantes de Cozido à Portuguesa

Centro Cultural de Belém - Restaurante "A Comenda"

Muito Bom Cozido aos Almoços de Domingo!
Com entradas várias (e muito boas) e o Cozido depois, pagamos cerca de 25€. Sem Vinhos!


Restaurante do Terreiro do Paço - Chefe Sobral

Também me informaram que Mestre Sobral fazia Cozido à Portuguesa aos Almoços de Domingo.
Não sei preços e ainda não experimentei , pelo que recomendo com cautelas..

A Resposta sobre "Política de Emissões"

Vou tratar de duas vertentes separadamente:

a) A questão do número de selos por taxa\selo que é emitido.

b) A questão da escolha dos Temas e sua influência Política


Começo por dizer que a Filatelia só existe enquanto houver necessidade de utilizar selo para a Postagem. No momento em que deixarmos de utilizar selos nas cartas, a Filatelia (tal como a conhecemos) acabou.

Da tiragem de 250 000 exemplares de cada taxa, cerca de 50 000 são enviados para as Estações, para cumprirem o serviço postal para que foram criados desde 1853 e os restantes são objecto de comercialização filatélica.

Só nesta frase estará já implícito um primeiro "atropelo" ao estatuto do Selo (Decreto-lei 360\85).

Os selos, de acordo com aquele decreto-lei, devem ser emitidos nas necessidades do consumo postal. Todavia, o Decreto-Lei tem já 20 anos e foi "copiado" de outro diploma legal de 1949 (se não me engano). O Mundo mudou tanto desde então que não me parece estarmos a cometer dislates de vulto nesta interpretação "mais liberal" que damos ao Estatuto do Selo.

Concordo, contudo, que este antigo diploma deveria ser revisto e sê-lo-á em breve.

Porque razão fazemos sempre a mesma quantidade de selos independentemente da taxa? Resposta: Entre outros motivos que explico a seguir, também para ganhar dinheiro que nos permita manter acesa a vertente institucional da Filatelia, subsidiando a FPF e os Clubes.

Está correcto do ponto de vista da utilização postal efectiva?
Resposta: Não está assim tão incorrecto... Basta pensar que apenas 6\7% da correspondência circulada é hoje efectivamente selada. Assim, posso admitir que os 50 000 selos que vão para as Estações de cada taxa mais "pesada" em valor estão disponíveis teoricamente para selar os objectos Internacionais ou de outros escalões de peso para além da Base. Nesse aspecto não têm tiragens especulativas.

Dito isto, e aqui para nós que ninguém nos ouve, eu até gosto que uma ou outra Emissão esgote de vez em quando... Dá mais charme à Filatelia de Portugal e aumenta-lhe o valor nos mercados secundários!


b) Política Geral dos Governos e Política de Emissões Filatélicas

Sempre existiram influências entre estes dois mundos. Felizmente têm sido poucas e mesmo essas nunca deram origem a escândalos que pusessem em causa o bom nome da Filatelia Portuguesa.

É óbvio que o início de funções de qualquer Governo\Conselho é mais propício a "entusiasmos" , mas tal situação tem sempre tendência a diminuir de tom passado algum tempo. Também nos compete a nós, que estamos há muitos anos neste negócio, alertar para eventuais desvios do espírito dos lançamentos das Emissões.

E pronto!

Espero que tenha podido responder...

Comentário sobre Política de Emissões Filatélicas

Embora seja contra o nosso "acordo de cavalheiros" quanto à anonimidade dos Comentários que se abrem neste Blogue, penso que o Comentário que destaco a seguir, pela clareza do raciocínio, merece que eu responda dando-lhe o devido destaque

Aproveito para deixar um alerta: A política actual de emissões, salvo melhor opinião, fere o espírito do "Estatuto do Selo". E estou a ser simpático...Sabemos que, entre outros aspectos, o artigo 9º daquele Estatuto refere que «as emissões devem corresponder às necessidades do serviço de correio...». Ora onde é que 250 mil selos da taxa de 0,30 € satsisfaz esse preceito?!?Além do mais, até por razões operacionais, é sabida a carência que as EC têm dessa taxa... Sabendo-se que o interesse "filatélico-afectivo-político-militante" desta emissão é especial, menos se percebe a referida tiragem...Mas este é um problema, que diga-se só existe há algum tempo. Será uma política de marketing inovadora. Tratar de Filatelia e de Coleccionismo, não é o mesmo que tratar de quaisquer outros produtos. Há uma ética que deve ser conhecida e praticada. Dou um exemplo recente: A que propósito é que a emissão ds "Modernização da Marinha de Guerra", que exibe quatro estampilhas de 0,45; 0,57; 0,74, e 2,00 €, fez uma tiragem de 250 mil exemplares para cada uma delas. Salvo melhor opinião, não se vê que o consumo postal seja o mesmo para cada um dos valores? Por este caminho a Filatelia Portuguesa, que tem uma ALTÍSSIMA QUALIDADE e PRESTÍGIO INTERNACIONAL, pode encalhar num baixio perigoso, ainda por cima numa fase em que o fulgor do mundo da Filatelia é muito diferente do que era há alguns anos atrás e é preciso cativar novos Clientes. O referido "Estatuto do Selo" está efectivamente a ser posto em causa e, por isso,(...) gostava de ouvir a opinião do Responsável do blogue, ou de outros participantes. Um Negócio, mas também uma Paixão com Ética, que funciona como símbolo importante de uma certa credibilidade e excelência que se faz(ia) em Portugal.Estou certo que há quem esteja atento ao problema, a começar pelo Responsável do blogue.

quinta-feira, novembro 10, 2005

Última Hora - Emissão de Homenagem a Álvaro Cunhal

As Estações de Correio dos grandes Centros, sobretudo em Lisboa, estão a ser "assaltadas" pelos Clientes para compra da Emissão Comemorativa em Homenagem ao Dr. Álvaro Cunhal...

Reforço de material já foi pedido por várias...

As Eleições Presidenciais de 2006

Recomento a leitura de um texto do "Loja de Ideias" - aqui ao lado - sobre a Opus Dei e respectiva influência na Comissão de Honra da Candidatura do Dr. Cavaco Silva à Presidência da República - Texto de 6 de Novembro de 2005 extraído do "GeoSapiens"

Sem facciosismos e de espírito aberto, pois teremos de ter a noção exacta de que, podendo ser verdade o envolvimento da Opus nesta matéria, não será menos verdade que o apoio esmagador a Cavaco retirado das Sondagens conhecidas é obviamente transversal a Partidos ou Instituições desse género...

Fará sentido fazer exercício semelhante sobre a Comissão de Honra de Mário Soares e a Maçonaria? Acho que não, mas fica ao vosso critério investigar...

Para Rir

Alguns dos Leitores deste Blogue talvez me tenham ouvido e visto, ou ao José Laia, em duas ou três rádios e televisões, em pequenos apontamentos sobre a Emissão de Selos de hoje, dedicada ao Dr. Álvaro Cunhal.

Uma história deliciosa passou-se com uma jovem jornalista de que omitimos, por pudor, nome e orgão de Comunicação.

A Emissão de hoje é composta por um Selo e um Bloco Filatélico de tiragem limitada.

Ao ver as duas peças e a respectiva descrição, a jovem jornalista perguntava :

" Que bonito, e então o Bloco?" ....
Lá dizia o Laia que "ali estava o Bloco".
E ela tornava à carga "Então para além destes selos também vão fazer um bloco-notas para as pessoas escreverem?"

O Problema em França - Comentário de Albano Rosa

"ESCUMALHA" DE PARIS

Nos dias que correm tenho vindo a participar no Congresso das Comunicações.
Alguém disse no evento que este sector é um oásis face ao estado geral da economia do país. Compreendo.
Tem-se falado bastante no Congresso em reforço da cidadania, entendida esta como sendo uma aspiração para que mais pessoas possam usufruir dos serviços que são oferecidos pela sociedade da informação. Percebo, querem fazer mais negócio.
Pregar por cidadania não passa por dar supostas condições de acesso à sociedade da informação às pessoas desfavorecidas e aos seus filhos, mas sim por rever todos os elos da vida dessas pessoas, sobretudo no que respeita ao trabalho (e aqui devemos ter desde logo bem presente que a noção de "core" - cuja aplicação afastou essas pessoas para guetos - provoca a exclusão).
Os diferentes capítulos da vida das pessoas podem comparar-se aos elos de uma cadeia: trabalho, lazer, família, vida afectiva, habitação, saúde, etc. Tal como acontece numa cadeia, quando se parte um elo na vida de uma pessoa ela pode fracassar.
O mais provável é a "escumalha" de Paris ser uma mistura de criminosos da droga, oportunistas, deserdados da sorte, desesperados de todo o tipo, irresponsáveis e inconscientes; pelo meio, nesta altura do campeonato devem pulular os controleiros e os infiltrados de todo o tipo; como sempre e em todo o lado, haverá certamente os "bons" e os "maus", provavelmente muitos deles já com a cadeia partida; a origem étnica dessas pessoas não pode ser um factor despiciendo na análise do problema.
Li num jornal que muitas destas pessoas apenas podem aspirar, quando muito, a trabalhar em empresas de limpeza.
Isso fez-me lembrar que, antigamente, as empregadas da limpeza faziam parte dos Correios; a certa altura achou-se que ganhavam de mais e que a limpeza não fazia parte do negócio "core"; mandaram-nas por isso embora, a receberem muito menos do que recebiam quando cá estavam; ganhou a Empresa e ganharam os empresários do sector, dividindo a meias o que foi retirado a essa gente.
Por força da nossa decisão bastantes dessas pessoas assentam hoje muitos dos elos da sua vida em guetos - habitação, saúde, trabalho mal remunerado e dependente de empresários, muitas vezes sem escrúpulos, etc.; frequentemente, essas pessoas não têm nas suas relações qualquer elemento que lhes possa servir de referência, seja ela ética, ou outra.
As razões dos problemas da França são iguais às nossas, uma vez que seguimos a mesma cartilha.
Talvez seja necessário começarmos por rever o modelo do mundo do trabalho, ainda que isso nos custe algum encarecimento no custo dos produtos e serviços; a base da reintegração começa aí, provavelmente.
Bom será que os apelos de todos ao reforço da cidadania não venham a ser vistos como gestos hipócritas.

quarta-feira, novembro 09, 2005

O homem da escumalha


Este é o homem que se referiu aos jovens revoltosos como escumalha...

Afirmou hoje, na Assembleia Nacional, que o problema é dos estrangeiros... na medida em que das 1800 pessoas interpeladas cerca de 120 não têm nacionalidade francesa (menos de 10% ).

NÃO Sr. Sarkozy, o problema está na política de integração efectuada pelos países europeus nos últimos 30 a 40 anos. Portugal, tal como outros, cometeu os mesmo erros nomeadamente nos bairros periféricos das grandes cidades que são autênticos guetos de imigrantes.

Sarkozy queria ser Presidente da República (daí o seu discurso xenófobo para cativar os eleitores de direita). Pode ser que esta revolta em França tenha tido um efeito colateral positivo... os franceses perderam um candidato fascista... e ainda bem!

Mais Posts visíveis no Correio Mor

A pedido de vários leitores aumentei para 45 dias o tempo em que os Posts são visíveis na abertura do nosso Blog, sem necessidade de ir aos Arquivos.

PAPE - O Melhor Vinho do Dão actualmente?

Comecemos pelo princípio: o Princípio não é, neste caso, o Verbo, mas sim a Mítica Quinta da Passarela, perto de Silgueiros. Esta Quinta tem a fama (não sabemos se verdadeira) das suas uvas terem entrado no Blend que Mestre Nicolau de Almeida da Casa Ferreira utilizou para criar o Barca Velha no Douro (esta heresia, repito, não está confirmada...).

Contudo, apenas o simples facto de ser mencionada nestas circunstâncias basta para percebermos até que ponto os entendidos respeitavam e ainda respeitam a qualidade da matéria prima da Passarela.

Juntemos agora a essa Quinta outra de grande nomeada e que tem produzido dos melhores vinhos actuais do Dão, nas mãos experientes do seu Proprietário - Álvaro de Castro: a Quinta da Pellada.

Apenas com uvas Alfrocheiro, Roriz e Touriga Nacional fez Álvaro de Castro , com uvas das duas Quintas referidas , o Dão PAPE 2002.

É um Grande vinho do Dão, elegantíssimo, com cor profunda vermelho escura mas não a correr para o preto, como agora é moda noutros vinhos famosos, e tem estrutura e taninos suficientes mas que não "esmagam" o provador. Nem precisa do alcoól (tem 13º) para se aguentar muito bem com qualquer prato de caça ou assado no forno.

Será, enfim, na aparência e arquitectura, um tipo de vinho que nos faz lembrar um belíssimo "Borgonha".

Que pena só se terem feito 3500 garrafas...

Com um preço muito equilibrado - custou-me cerca de 30€ na Feira de vinhos do Continente - é este sem dúvida um Dão que não envergonha o grande Engº Vilhena e as maravilhas que fazia quotidianamente no Centro de Estudos Vitivinícolas de Nelas - catedral do Dão - de que foi Director emérito por larguíssimos anos.

terça-feira, novembro 08, 2005

A Europa a arder?


Tal como previsto...
Após França temos a Belgica e a Alemanha.

Qual o país que se segue?

Holanda?
Inglaterra?

Que temos a ver com este problema?
Resposta: MUITO!

é um problema NOSSO!

Quitério colabora de novo com os CTT - Grande Livro à Vista!

Nesta semana terei os primeiros contactos com meu Mestre José Quitério, enciclopédia ambulante de saberes e de sabores. O mais erudito e respeitado de todos os cronistas gastronómicos deste País.

Tenho a honra de ser seu Amigo desde a gesta inesquecível ligada ao Livro "Comer em Português" onde o "trio maravilha" constituído por Quitério, Homem Cardozo e Fausto Airoldi - hoje a reger a orquestra gastronómica na Bica do Sapato - executaram uma obra notável.

Sem esquecer os nossos Luiz Duran e Francisco Almeida Gonçalves, que muito os aturaram...

Quanto a mim, confesso que nem dei pelo trabalho que esse Livro deu, encantado com a companhia e com a conversa. Talvez por causa disso Quitério dedicou-me o Livro escrevendo "Ao Raul, Pai, Filho e Espírito Santo desta iniciativa".

O que está em causa neste momento é aproveitar o facto da Série de Selos Comemorativos Europa de 2005 ter sido dedicada à Gastronomia para escolher Países com mais tradições nesta área e, sobre cada um desses e a sua gastronomia, escreverem-se algumas páginas com fotografias de receitas emblemáticas: A Cozinha da Europa!

Vamos a ver como corre esta nova Aventura, com finall já marcado para 2007.

O Funil depois das obras

Tem alguma razão o Amigo A.Acc. Campos quanto ao facto do Funil ter baixado um pouco a qualidade do atendimento depois das obras.

Eu já lá estive três vezes, sózinho e com convidados do Correio e tudo correu muito bem, mas é óbvio que os pratos demoram mais um bocadinho a chegar à mesa. É que a cozinha mudou de lugar e abriu-se mais um espaço amesendatório no andar de cima...

Vamos dar-lhes o benefício da dúvida face ao novo ambiente de trabalho e esperar que se recuperem rapidamente.

segunda-feira, novembro 07, 2005

França - Intifada?


Primeiro Ministro Francês recupera uma lei dos anos cinquenta (do tempo da guerra na Argélia) para declarar o recolher obrigatório em diversas localidades.


O problema é estrutural e não conjuntural.

a FUNIL ar...

Sou cliente do Funil há muitos anos (nunca lá me cruzei contigo...) sendo apreciador do bacalhau quer à funil quer com broa.
No entanto após as obras que decorreram nos últimos meses o ambiente ficou mais frio e a qualidade de atendimento diminuiu drasticamente.
Lamento dizer... mas para mim a qualidade é um factor muito importante.
Vou passar uns meses sem lá ir...

Um Funil de Boas Coisas

Rua Elias Garcia, deixando a Praça de Touros do Campo Pequeno nas costas e EntreCampos à nossa direita, passados cerca de 50 metros encontramos o Restaurante Funil. Não há que enganar: tem o nome garrafalmente escrito bem à Porta.

Fundado por antigos Trabalhadores do Polícia, há já mais de 30 anos, este Restaurante Funil é uma excelente alternativa para quem gosta de comida feita na altura e com certos laivos de "cozinha da Avó"...

Os seus antigos sócios fundadores eram o Cozinheiro - cujo filho é actualmente Gerente - e o Chefe de Sala, estimadíssimo Sr. Caetano, hoje retirado destas vidas para as suas propriedades da Beira Alta.

Tem pratos emblemáticos, como o Bacalhau à Funil, no forno com puré de batata e béchamel, ou as Ameijoas à Funil, com fina cebola picada e natas, mas - de uma forma geral - todos os pratos de cozinha tradicional se recomendam, assim como os peixes cozidos ou grelhados que enriqueçem o escaparate do dia.

É este um dos locais que mais frequento no dia-a-dia, e conforta encontrar - tanto ao almoço como ao jantar - uma série de caras conhecidas e que são Clientes há anos sem conta.

A Fidelidade costuma ser um bom indicador da qualidade!

Uma refeição normal, sem convidados a puxar ao vinho mais caro ou ao mimo das entradas mais pesadas na carteira, pode começar com umas favas novas temperadas com azeite , alho e vinagre e com um queijo de Azeitão pequeno (0,80 € e 4,70€ respectivamente).

A seguir podemos comer uma carne de porco frita à Portuguesa (10,55€) acompanhada por meia garrafa de Maria Mansa Tinto do Douro (8,05€) ou por meia garrafa de Dão Quinta de Cabriz Tinto (4,05€).

Por norma, com café mas sem digestivo, ficará aqui uma refeição para uma pessoa por cerca de 20€.

Também se pode gastar mais!

É uma questão de pedir as Ameijoas e os belos Peixes Frescos da nossa costa, ou entrar decididamente por vinhos como o Esporão Tinto Reserva de 2000 (cerca de 20€) e não esquecer digestivos com muitos anos de barril...

Na época também tem Lampreia, mas a preparação à moda do Dão não me convenceu totalmente. Prefiro a que é feita com vinhos verdes tintos , à maneira de Monção.

Tem - sempre teve - um azeite notável, para os peixes cozidos - em tempos sem marca (oriundo dos Olivais dos proprietários) hoje sem dúvida que com outras alternativas comerciais.

Vale a pena: É honesto , não abusa dos preços e dá uma qualidade muito razoável aos comensais.

domingo, novembro 06, 2005

Touluse, Paris, etc. – uma noite ainda mais violenta


Mais de 1200 veículos incendiados na noite de sábado para domingo.

Será que esta situação não era expectável?

Refere o Liberation de hoje que uma sondagem efectuada em França 66% da população afirma que o seu governo acentua muito na repressão e pouco na prevenção.

Serão necessários muitos anos para resolver este problema: integração, emprego, respeito pelas minorias... fim aos guetos.

Torna-se evidente que a França bem como a Europa não têm estado atentas aos problemas relacionados com o emprego.
O desemprego misturado com o racismo fez rebentar esta bomba.

E agora?

Não há solução de curto prazo... e para agravar esta situação a Alemanha poderá ter problemas idênticos com os Turcos.

sábado, novembro 05, 2005

POST@L

(Filipa A.)

Uma empresa, um grupo

Sempre defendi que “em grupo” fazemos mais e melhor do que sozinhos.
Este conceito aplica-se a pessoas, sociedades, países e também a empresas.

Nas empresas, para funcionar em grupo, temos que combater o conceito de “quintas”. Este conceito reflecte muitas vezes uma certa insegurança que tem de ser ultrapassada.

Num grupo há que aproveitar:
- visão estratégica conjunta;
- sinergias;
- economias de escala;
- a existência de centrais conjuntas (de compras, aprovisionamento, logística, etc., etc.);
- serviços partilhados;
- informações cruzadas;
- “lobbies” de influencia e de pressão (nas vendas, por exemplo);
- etc.

Para o conceito de grupo temos que:
- mudar culturas,
- trabalhar em conjunto,
- partilhar objectivos.

É um longo e difícil caminho a percorrer.

POST@L

sexta-feira, novembro 04, 2005

Um Grande Vinho "de sonho" : Cruz Miranda 2001

Há situações onde o sentimento se sobrepôe à análise fria dos acontecimentos e onde fala mais forte o coração do que a razão.

Está neste caso o Grande Vinho Alentejano Cruz Miranda 2001 do qual faço aqui - ao mesmo tempo - o panegírico e o obituário.

Daí as palavras de abertura...

Não haverá tão depressa outro Cruz Miranda (ou Herdade das Cêpas) já que o seu proprietário João Cruz Miranda faleceu pouco tempo depois do seu vinho ter sido premiado com a Talha de Ouro pela Confraria dos Enófilos do Alentejo. E logo na "Viagem inaugural" o que me parece ser inédito.

Fizeram-se apenas 3500 garrafas deste Vinho Excelente, e foi Mestre Virgílio Loureiro (lembram-se dos grandes vinhos do Dão que ele faz na sua Quinta dos Roques?) que foi o Arquitecto desta aventura alentejana.

A casta utilizada foi Alfrocheiro Preto (!!!) uma casta típica do Dão mas da qual foi encontrado (por milagre) um pequeno talhão no Baixo Alentejo - Mora, na Herdade das Cêpas.

É este um vinho denso, de cor negra retinta, com sabores a baunilha e chocolate e "pós-boca" notável. Tem um grau alcóol proibitivo para estes dias que correm (15 graus!) mas a sua estrutura é tão impressionante em termos de taninos que não se dá pelo Grau.

Não admira que quando começou a ser provado por especialistas, um deles (também produtor e engarrafador em Estremoz) quis ali logo comprar a produção inteira! Ainda bem - para nós - que não o deixaram.

Não sei onde estará hoje à venda, mas as garrafas que comprei custaram-me € 75 na garrafeira
do El Corte Inglês e menos do que isso (há volta de 60€) num restaurante de um Amigo meu - Meson Andaluz no Cascais Shopping - que me dispensou uma caixa aos preços a que o terá adquirido.

A Verdadeira Modernidade não consiste em seguir as tendências da Moda, mas sim em provocá-las

Esta frase, atribuída a Sergio Pininfarina, "costureiro de automóveis" e (na altura em que a disse) Presidente da Associação Mundial de Construtores, obriga-nos a pensar...

Seremos, no nosso dia a dia, mais seguidores das tendências ou inovadores?

Os aspectos "tarimbeiros", de gestão corrente, das nossas actividades, decerto que se sobrepôem aos outros aspectos mais criativos onde se possa dar largas à imaginação e trazer mais Valor para a Empresa e para nós próprios.

Fazer bem e a tempo não será incompatível com fazer diferente?

Eu defendo que deveria haver um dia por mês onde fosse possível o Trabalhador questionar o que está a fazer, "mandando às urtigas" explicações do género: "sempre se fez assim", "Estou cá há 30 anos e nunca me lembro de não se ter feito desta maneira", etc, etc...

Se não acreditarmos na existência de hipóteses alternativas para o "fazer de todos os dias" nem a Empresa evolui nem o Mundo avança...

quarta-feira, novembro 02, 2005

O Princípio da Incerteza


(...) Nesse mesmo dia, Prufrock escreveu-lhe uma longa e inflamada carta de amor, embora soubesse de antemão qual seria a resposta...
(...) por isso quando recebeu resposta de Adélia Blannzek não abriu a carta e guardou-a, por abrir, desde então.
Uma carta fechada pode conter todas as respostas... incluindo as mais esperançosas... "
in "O Depósito de Refugos Postais"
José Carlos Fernandes

Casa Teixeira: Bem comer a preços módicos...em Matosinhos.

Aproveitei uma visita de trabalho à Fundação de Serralves para descobrir um restaurante que me fizesse cumprir a minha promessa de trazer para aqui notícia de casas honestas e com preços mais condizentes com a Crise...

Do interior de Matosinhos se chega ao Porto de Leixões, zona ribeirinha, deixando para trás a Antiga Marisqueira e a Casa Lusíadas, templos de bem comer marisco, mas que não são agora para aqui chamados.

Ao depararmos com um Parque de estacionamento privado, ao ar livre - próximo da estação de camionagem - deixamos a viatura. Andamos 50 metros a pé deixando o parque nas nossas costas, viramos à esquerda e, ao fim de mais uns 50 metros temos a "Casa Teixeira".

Os Proprietários são oriundos de Murça e aqui fundaram esta antiga Casa de Pasto tradicional há mais de 30 anos. Toda a família foi sendo chamada pelos gerentes, uns para laborarem também no restaurante, outros com empregos arranjados "nos petróleos"como aqui se diz nesta terra que está paredes meias com a refinaria.

Não tenhamos ilusões: a Casa Teixeira é mesmo uma Casa de Pasto à antiga - guardanapos de papel, sala única onde se encontra televisão, instalações sanitárias minúsculas (se bem que limpíssimas).

O que é que aqui se come?

Nesta Segunda Feira os pratos do dia eram bacalhau cozido ou assado, Tripas à moda do Porto e Filetes de Polvo com arroz de couve e feijão.

Começámos as hostilidades com um pratinho de bom presunto (português e cortado no momento) seguido de umas pataniscas sem acompanhamento. Divinas, bem estaladiças e com bacalhau suficiente.

Continuámos com os filetes, tenríssimos em função do "ensaio de pancada" que o desgraçado do Polvo leva depois de morto e acompanhados por um belo arroz de couves galegas e de feijão encarnado, a correr pelo prato.

Acabámos com as "Tripas" - monumento gastronómico do Porto - que aqui estiveram bem representadas, com enchidos de categoria, molho apurado e dobrada muito tenra.

Bebemos um Vinho da Casa verde tinto, da Lixa, que foi servido em canecas de barro pintado de branco. Muito agradável e que serviu muito bem para cortar a sapidez dos guisados.

Com um café e aguardente caseira de Murça (sem rótulo) sabem quanto pagaram duas pessoas?

Resposta - 34 €!!!

terça-feira, novembro 01, 2005

BD - Amadora


"(...) Embora poucos se apercebam, mesmo no correio convencional e em situação de funcionamento regular, há um volume apreciável de correspondência que nunca chega ao destino.

"Uma carta de amor de 28 páginas enviada por Adalberto Basel a Amélia Gozzil"

Endereços ilegíveis, incorrectos ou desactualizados, destinatários que faleceram, mudaram de residência ou se ausentaram por um período prolongado, falhas de distribuição - incontáveis são as razões que podem causar o extravio de uma carta.

"Uma carta de amor de 26 páginas remetida por Amélia Gozzil a Adalberto Basel... na mesma data..."

(...) esporadicamente o depósito recebe a visita de alguém em busca de correspondencia extraviada

"É uma questão de vida ou de morte. Procuro uma carta enviada de Tashent por Eva Kaminky, em Novembro de 1982, para Américo Dmytryk (sou eu).

"Está com sorte... Ontem houve um aluimento que deixou à vista muita correspondência do início da década de 80..."

O resto da história? - a ler no albúm "O depósito de Refugos Postais" de José Carlos Fernandes

José Carlos Fernandes nasceu em Loulé em 1964. Não teve qualquer formação artística. Despertou tardiamente para a BD quando se deparou numa revista com um anuncio a um curso por correspondência de "Estratégias de venda porta a porta". Preencheu o cupão respectivo, mas um erro dos correios fez com que recebesse antes o "Curso de Artes Narrativa Sequencial em 24 fascísculos".

Parece-me que o erro referido... teve origem nos "correios de expedição" da empresa de cursos por correspondencia e não nos CTT.
Seja como for... nasceu um grande artista.

Na Amadora até ao próximo fim de semana (Estação de Metro Amadora)

250 anos

250 anos após o terramoto que destuíu grande parte da cidade de Lisboa... a capital ainda não possui uma carta de risco sísmico.