Começo por dizer que tu, Campos, me entendeste mal. Eu não digo, referindo-me ao Correio-Mor, que “apesar de haver poucos participantes há bastantes leitores” e que isso significaria que “não há passividade”. O que eu digo, e mantenho, é que a falta de comentários não indicia, necessariamente, passividade.
O Raul afirma, com toda a clareza, que isso não lhe interessa muito, que escreve aqui para sua satisfação pessoal. É uma posição mais do que legítima, e no fundo é o que se passa com todos, comigo inclusivé, os que escrevem em qualquer lado. O que acontece é que nem todos têm a coragem de o dizer de uma forma tão frontal. Mas se ao Raul a falta de “feed back” o não preocupa, a ti sim. E então o que fazer?
A mim, parece-me que este blogue se parece mais com um jornal. E, num jornal, quem escreve espera ser ouvido mas não, necessariamente, ter respostas. Por isso as cartas dos leitores também são poucas. E se alguém quiser ter respostas polemiza, provoca, lança setas para todos os lados. Mas será isso o que o Raul espera quando nos convida a beber um bom vinho ou a comer um belo cozidinho à portuguesa? Certamente que não. Será isso que tu esperas quando nos mostras as tuas fotografias? E porque quererias que alguém te respondesse porque falas de correio, sobretudo se o que dizes merece o acordo de quase toda a gente?
Queres participação e polémica? Não sei se ela será possível num blogue como este. E se olharmos para a história e para as características do “Barnabé”, que enquanto existiu foi de longe o blogue mais popular em Portugal (e seguramente o mais polémico), talvez consigamos perceber isso mesmo.
Pela minha parte, vou continuar a ler com muito gosto o que tu e o Raul escrevem. Vou continuar a olhar para as tuas fotografias e a pensar que elas sofrem ao serem vistas em formato tão pequeno. Vou continuar a ouvir as recomendações viniculoculinárias do Raul. E de vez em quando vou também escrever alguma coisa e enviar alguns Post@is.
Daqui a algum tempo talvez fosse bom fazermos um balanço. Mas, para já, acho que está a valer a pena.
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