segunda-feira, outubro 31, 2005

POST@L

Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG)

No PUBLICO de ontem foram publicados dois textos relativamente à Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG).

1. José Manuel Fernandes apoiando a coerência do PM;
2. Ana de Sá Lopes acusando o Sócrates de não considerar este problema suficientemente importante para poder violar uma promessa eleitoral (o que não seria a primeira vez).

Como admirador da Ana percebo-a muito bem (desconheço o que a Vanessa diria sobre o mesmo problema...)
Mas também percebo o problema que o PM está metido...

Admitindo o adiamento do referendo como um facto consumado há que exigir que o Governo/Assembleia não deixe de fazer:

1 – Aprovar uma lei (que alguns deputados do PS têm pronta) relativamente ao adiamento dos julgamentos;
2 – Fazer com que os Hospitais cumpram a lei em vigor que regula a IVG;
3 – Licenciar clínicas privadas para permitir a IVG;
4 – Apoiar os Centros de Saúde no apoio que têm que dar a quem recorra à IVG;

O PS, sem colocar em causa as promessas eleitorais, pode e deve fazer muito mais do que os anteriores governos (Guterres, Durão e Santana) fizeram... que foi quase nada.

sábado, outubro 29, 2005

POST@L

Fórum de Criatividade - parte 2

Há que ser criativo nas ideias, na organização, na consolidação de algumas ideias.

As ideias
têm que ser pensadas,
construídas,
trabalhadas,
discutidas.
Implica ambiente propício à descoberta
Implica que as chefias fomentem este ambiente saudável de pesquisa. As chefias deviam ficar satisfeitas se nas suas áreas aparecessem muitas propostas de mudança. É sinónimo de vida.
Nota: A ser verdade que alguns querem balizar a discussão... é um mau sinal... na medida em que estão a destruir um espaço de liberdade e criatividade criado com especial carinho.

A organização
Estes eventos mereciam uma organização e logística diferentes.
Não podemos ter um ambiente formal que pode condicionar a exposição e a criatividade de quem não esteja habituado à exposição pública.
Também neste caso deveríamos ser criativos.

A consolidação das ideias
Como continuar a discussão das ideias propostas?
O espaço/tempo no fórum é limitado, a informação e dados existentes muitas vezes não são suficientes para tirar conclusões.
Como continuar?
Defendo que as propostas devem continuar a ser estudadas dentro das áreas (com a participação empenhada dos dirigentes). No entanto há sempre o risco de atitudes conservadores internas nas áreas destruírem as propostas.
De forma a afastar este risco proponho a existência de um tutor, técnico sénior com visão transversal da empresa, para acompanhar o projecto.

As sondagens

Soares não é a solução dos problemas do PS.
Soares é um problema para o PS.

Os seus amigos, deveriam aconselha-lo a desistir.

POST@L

sexta-feira, outubro 28, 2005

Presidenciais - As primeiras Previsões do Raul

Cá temos os primeiros resultados , como tinha prometido, em consequência de um Processo Amostral "pedagógico" e com entrevistas feitas pelos meus alunos.

Vamos a ver se temos tanto sucesso com este Modelo como tivemos com o das Legislativas de Fevereiro...

Não contei com o "epifenómeno" Paulo Portas

E distribuímos os Indecisos , etc... de acordo com um Modelo que teve a ver (em parte) com os resultados das últimas Legislativas. É heresia, eu sei, mas no fim das eleições falamos.

1ª Volta (Já com Distribuição dos Indecisos, etc...)

Cavaco Silva ------------- 50,1%
Manuel Alegre ----------- 21%
Mario Soares ------------ 18,4%
Jerónimo de Sousa------- - 5,5%
Francisco Louçã ----------- 5%

Maioria Absoluta à vista logo na Primeira Volta para Cavaco Silva!

2ª Volta (C\ Distribuição dos Indecisos, etc...)

Cavaco Silva ------------- 62%
Manuel Alegre - ----------38%

2ª Volta (C\ Distribuição dos Indecisos, etc...)

Cavaco Silva--------------68%
Mario Soares-------------32%

Conclusões - Temos Cavaco Silva com uma vantagem notável. Temos Manuel Alegre melhor colocado do que Mário Soares. Teremos já Presidente "avant la lettre"?

Penso que ainda é muito cedo para o afirmar taxativamente, mas uma coisa vos digo: esta vantagem de Cavaco Silva não me parece ser recuperável, em circunstâncias normais, pelos outros candidatos. A não ser que a campanha de Cavaco seja um desastre...

Já agora, vão por favor ao margensdeerroblogspot.com e comparem o que lá se diz com estes resultados "académicos".

quinta-feira, outubro 27, 2005

Frida Kahlo


Exposição de obras de Frida Kahlo (1907/1954) em Santiago de Compostela (Caixa Galicia).
Esta artista mexicana, amiga íntima de Trotsky, deixou-nos uma importante obra.
A não perder

quarta-feira, outubro 26, 2005

POST@L

DADO, INCÓGNITO e outros vinhos

Tenho saboreado ao longo das semanas deliciosas viagens gastronómicas do Raul (sempre acompanhado de bons vinhos).

Descobri o vinho DADO (aqui referido pelo Raul) bem como o INCÓGNITO (Cortes de Cima) em Lisboa num restaurante que não deve deixar de ser visitado – ISAURA ( Avenida Paris, 4B)

Aqui os vinhos são servidos com todo o desvelo, como se de um filho se tratasse. O Sr Costa (sócio da casa e escanção) ao longo dos anos tem-me sugerido belíssimos vinhos.

Foi assim que descobri estas duas pérolas.
O INCÓGNITO muito antes de ter atingido os preços proibitivos
O DADO logo que apareceu no mercado...
No que se refere a pratos não deixem de experimentar o Bacalhau com Migas à moda de Figueiró dos Vinhos.
E não se esqueçam de pedir ao Sr Costa ajuda na escolha dum bom vinho.

E...Al-Jazira anuncia o início das Emissões em Inglês a partir de 2007!!

Será coincidência?

Outros mais despertos para estas matérias de geo-estratégia responderão melhor do que eu, mas lá que é estranho é.

BBC acaba com serviços na Europa e anuncia abertura de Emissões em Árabe!

Sinal dos tempos: A BBC fecha vários serviços na Europa - sobretudo na Europa de Leste - e vai inaugurar emissões em Árabe, já a partir de 2007!

Vinhos de sonho para beber só de vez em quando...

Começo uma série de artigos sobre vinhos portugueses Muito Bons (e caros...) e antecipo desde já a crítica amiga dos Leitores: "Este gajo parece que é rico! É só Restaurantes de Luxo e Vinhos de preço proibitivo!! "

Tudo é relativo Amigos!

Um Grande Vinho Português pode custar 75€ (Batuta da Niepoort) ou até 100€ (Barca Velha 1995) mas comparem esses preços com o de um "Domaine de La Roumanée Conti" (Borgonha) a ...€500! Ou mesmo aqui ao lado, em Espanha, um "Vega Sicília Único" a €350!!

Hoje vou falar de um Vinho estranho chamado DADO. Estranho porque é feito de uvas da região do Douro e do Dão (daí o nome).

Desta forma não tem direito a denominação de Origem, sendo apenas classificado como "vinho de mesa". Nem sequer o ano de engarrafamento pode ser colocado na garrafa!

Os seus criadores - Álvaro de Castro do Dão e Dirk Nieepoort do Douro - tentaram ir buscar ao Douro o corpo deste vinho e ao Dão a elegância.

O resultado merece ser provado, quer o de 2000 (primeira experiência) quer o de 2001.

É um belo vinho, onde a fescura "fala" mais do que a fruta e onde a expressão e a beleza do "meu" Dão parece-me que ganhou ao corpo e aos taninos do Douro. O que o Douro lhe deu foi complexidade e um bouquet de se lhe tirar o chapéu!

A produção é muito pequena (4000 a 5000 garrafas) e o preço andará pelos € 45 - € 50. Só em Garrafeiras e talvez no Continente do Colombo que tem agora uma selecção de Garrafeira junto aos Vinhos do Alentejo...

terça-feira, outubro 25, 2005

Morreu Rosa Parks

Há poucos anos na cidade de Alabama, tal como em outra localidades dos EUA bem como na África do Sul, os pretos transportados nos autocarros só tinham direito a um lugar sentado se não houvesse nenhum branco próximo...
Um dia Rosa Parks cansou-se desta situação humilhante e recusou-se cumprir o que a lei obrigava – não cedeu o lugar a um homem branco.
Foi presa, julgada e condenada.


A comunidade negra boicotou os transportes públicos por mais de um ano. Este movimento foi liderado por um então jovem chamado Martin Luther King tendo contribuido para que daí para a frente tudo fosse diferente. Somente em 1967 (nove anos depois) é que o Civil Act proibiu toda e qualquer segregação racial no espaço público.
Obrigado Rosa

Viva a República

Siné - 1974

2010 - Ano 100 da República Portuguesa

Ainda temos algum tempo, mas aproxima-se a comemoração do Centenário da República, o que nos deve obrigar a pensar de que forma os CTT Correios de Portugal podem envolver-se nesta Comemoração.

O Governo acabou de nomear o Doutor Vital Moreira como Comissário para este Evento.

A Filatelia tem uma resposta imediata para este assunto, podendo colaborar com a Emissão de selos comemorativos e também preparando a Edição de um Livro Temático sobre a 1ª República , ou os Primeiros Presidentes, em colaboração com o recém-criado Museu da Presidência, em Belém.

Entre outras coisas, penso que a preparação de uma Exposição Filatélica de Grande Dimensão, com o envolvimento das Federações de Filatelia Mundial, Europeia e Portuguesa poderia ainda ser encarada para essa data, dando-lhe o envolvimento Internacional.

Presidenciais - O fim de uma Polémica Amigável

Começo por pedir desculpa a todos por ter tratados Manuel Alegre por "Dr."

A verdadeira nobreza vem da Alma e não dos graus académicos, como sabemos. Todavia, e como já vi Manuel Alegre ser tratado assim em MCS questiono se não terá - pelo menos - um ou dois Doutoramentos Honoris Causa?

Como dizia hoje Prado Coelho no Público, a Austeridade é bonita de se ver e agrada ao Povo, mas por vezes enfeita-se interiormente com os adornos burgueses...

Existe também Vaidade no assomo austero de quem se apresenta como Catão (o Velho) e, do seu pedestal de despojo material e de sobranceria pelas honras deste Mundo, se apresta para julgar todos os outros... Quem o julgará a ele?

Não será este o caso vertente, mas...

Por outro lado, o que recomendo a A.ACC. Campos e a todos os apoiantes de Manuel Alegre, Poeta, é que se vão auto-convencendo a votar Mário Soares na segunda volta. E sem flagelações intímas de que o fazem contra-natura, mas com a consciência tranquila de que essa será a boa escolha do bom combate (metafórico, porque isto da Política não é nenhuma guerra!)

Podem ter a certeza de que eu votarei "alegremente e sem espinhas de espécie nenhuma" Manuel Alegre nas mesmas circunstâncias.

E pronto! Acabo por aqui esta amigável polémica. Vou agora tratar de me dedicar às projecções dos resultados , tentando ser neutral e tecnicamente preciso, mas com o conhecimento de todos quanto ao que me vai dentro do coração.

segunda-feira, outubro 24, 2005

POST@L

Não ao Kim I Sung português...

Caro amigo Raul

No passado tivemos vários exemplos:
Fotografias retocadas na antiga URSS
Antigos dirigentes políticos esquecidos na história do PC... simplesmente porque eram homossexuais..,

Agora querem que acreditemos numa nova versão da história da candidatura de Soares à Presidência da República...?

Como diria o poeta
Há sempre alguém que diz não

Relembremos o processo
1 - Guterres é o desejado
2 - PS sem candidato
3 - Pressões para que Alegre avance
4 - Soares diz que apoia Alegre se ele se candidatar
5 - Torna-se evidente a candidatura de Alegre (inicia recolha de apoios e escolha da melhor data para a divulgação)
6 - Sócrates informa Soares que se avançar tem o apoio do PS
7 - Soares avança afirmando que o faz nomeadamente porque também tem o apoio do partido...

Nota 1
De facto há 10 anos Sampaio avançou antes do tempo... daí o Soares não ter tido hipóteses de poder travar essa candidatura - mas foi evidente (na altura) que não era do seu agrado...
Há muitas histórias da não imparcialidade do Soares.
Exemplos? o período de Constâncio como Secretário Geral, o veto à candidatura de Jaime Gama como Secretário Geral (após a saída de Guterres), etc.

Nota 2
Se Soares pensasse primeiro no País antes de si próprio teria, ao longo dos últimos anos, ajudado a construir um candidato.
Hipóteses para candidatos não faltariam... Constâncio, Vitorino, Almeida Santos, Santos Silva (o do Norte), Jaime Gama, Freitas do Amaral, o próprio Alegre, etc.
Para o Soares o vazio é bom - porque ocupa esse espaço.
Para o regime republicano - não é uma boa solução.
Soares, mais uma vez, não é inocente nem ingénuo (nunca foi)

Nota 3-
Num país terceiro-mundista em que todos são “doutores” o Manuel Alegre (que não é licenciado) não gostaria de ver como o identificaste no teu post...
Provavelmente em vez de Dr. Manuel Alegre... preferiria simplesmente ser tratado como Poeta Manuel Alegre ou como um homem que tenta ser coerente...

Nota 3
Embora ainda não saiba em quem vou votar, como observador atento que sou, estou solidário com o poeta Manuel Alegre.

domingo, outubro 23, 2005

Avisos à Navegação Enológica

1- Consegui encontrar "Vallado 2003" Tinto, colheita normal, por €5,94 no Continente do Colombo. Este Vinho tem uma relação qualidade-preço imbatível!

2- A Casa Ferreira (Sogrape) apresta-se a comercializar no seu Clube 1500 (de que sou sócio) uma novidade : Colheita 98. Será um vinho situado na gama logo abaixo do Barca Velha? Logo veremos e aqui estarei para dar notícias da prova.

3- O anúncio do novo ano de Barca Velha vai fazer-se dentro em breve.
Talvez 97, 99 ou 2000?

As Presidenciais em Debate

De novo um post do Acc Campos sugerindo que Mário Soares se deseja perpetuar na Presidência do País, qual Kim I Sung Norte Coreano.

Faço apenas notar que quando o PS e a Esquerda andavam à nora à procura de candidatos credíveis - dos que podem mesmo ir até ao fim - o Dr. Manuel Alegre foi dizendo que "ESTAVA DISPONÍVEL" mas não se apressou a oferecer os seus préstimos, tal como o fez em circunstâncias semelhantes o Dr. Jorge Sampaio...

Estar disponível não é o mesmo do que convocar uma conferência de imprensa e afirmar:Sou Candidato!

Quem acha que o Dr. Mário Soares avançaria para esta Campanha havendo no PS outras opções viáveis não o conhece.

sábado, outubro 22, 2005

POST@L

O erro do Raul

O Raul no post aqui colocado refere:

“(...) não podendo assim defender o meu "cavaleiro" D. Mário I nesta contenda”

O engano está relacionado quando se refere a “D. Mário I”

O Raul deveria querer referir-se a D. Mário II, D. Mário III, D. Mário IV, D. Mário V, etc... todos na mesma pessoa...

E se dependesse do próprio Mário... seria até ao infinito...

Viva a República

sexta-feira, outubro 21, 2005

A Água - Mãe da Terra está de Volta

Só para saudar a chuva que tem caído ultimamente.

Que caia onde faz falta, que se encham as Albufeiras, que se recomponham os Aquíferos e as Mães de Água, que se alaguem os campos (depois das vindimas).

Não a deitem é para dentro do Vinho! Nesse aspecto poupem-na!

A Polémica nas Presidenciais

Espero, sinceramente, que apareçam também no nosso Blogue defensores da candidatura do Prof. Cavaco Silva, de forma a que - em estrita democracia e com elevação linguística - seja possível trocar Pontos de Vista.

O meu problema é que me devo refugiar nas Previsões que espero fazer sobre esta matéria, não podendo assim defender o meu "cavaleiro" D. Mário I nesta contenda...

O analista deve parecer neutro... Não quer dizer que o seja...

Outros Colegas farão a defesa de Mário Soares sem dúvida nenhuma.

quinta-feira, outubro 20, 2005

POST@L

A polémica com o Raul

1 - Para que não fique qualquer dúvida não gosto deste "D. Sebastião" nem do verdadeiro;

2 - Não gosto também dos "predadores" que não deixam ninguém crescer ao seu lado;

3 - Não gosto também daqueles que pensam que são imortais e insubstituíveis;

4 - Não gosto daqueles que tratam mal os amigos (e não foi a primeira vez...);

5 - Prefiro perder eleições com dignidade e ética a ganha-las a qualquer preço;

6 - Sei em quem não vou votar...

7 - Não me calarei em denunciar os esquemas das pessoas que se julgam acima de tudo e de todos (veja-se, por exemplo, o apelo feito ao voto em Sintra... no próprio dia das eleições)

PS - Tal como o Raul refere, este "D. Sebastião" andou a falar com todos... mas o "outro" também não ficou atrás... falou com todo o "aparelho" (responsáveis partidários regionais) que o apoiaram - apoiam sempre que cheira a "poder"... e é um mau cheiro!

D.Sebastião a caminho: desta vez é certo!

Pela hora mediática do telejornal de hoje à noite o Prof. Cavaco Silva compartilhará connosco, humildes mortais, as angústias que antecederam a sua decisão providencial e messiânica:Habemus Candidato!

Esta decisão foi antecedida de muita reflexão e depois ter consultado duzentos e cinquenta líderes religiosos mundiais (hindus, muçulmanos, judeus, evangelistas, católicos, espíritas e animalistas); cento e trinta jornalistas desportivos , dos quais treze da Albânia; sete conselheiros presidenciais Norte-Americanos - alguns já falecidos, como Bob Hope (daí a necessidade dos espíritas) - dois treinadores de Hóquei em Campo nepaleses e o proprietário da banca de jornais da sua rua (que por acaso é uma mulher, embora tenha bigode).

O candidato providencial, Professor de Finanças de Lisboa, no caso de ser eleito não deixará de impor ao País os valores centrais da Pátria e da Autoridade, tão arredados da "coisa pública" desde que esta foi acometida pela jacobinagem de esquerda e de direita.

Como muito bem dizia o Eça (A Ilustre Casa de Ramires) "Governar é como escumar uma sopa minha Senhora, só que essa operação é feita com um Sabre e não com uma concha".

Temos é os sabres um bocado ferrugentos aqui no burgo, e os "saibrantes" já pensam na greve (cruzes canhoto! onde chegámos!!) mas nada que não se resolva com umas pauladas!

Vamos esperar para ver...

Chapelada a José Pacheco Pereira

No jornal "Público" de hoje JPP escreve um texto extremamente lúcido sobre a "Gripe das Aves" e possíveis consequências da sua extensão a humanos: Os Cavaleiros do Apocalipse.

Para ler com calma e para não esquecer...

quarta-feira, outubro 19, 2005

POST@L

Presidenciais 2006

Foram várias as personalidades que ao longo de semanas seleccionaram os Poemas da minha vida (edição PUBLICO).

Um dos poemas escolhido por Mário Soares:

(...) mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.
(Manuel Alegre)

muito bem escolhido... deveria ser relido novamente por muita gente.

POST@L

Gastronomia - Só para Grandes Bolsos?

Li, com gosto, o comentário do Caríssimo A. Acc. Campos sobre as minhas Notas Gastronómicas.

De facto - e após ter posto a mão na consciência - tenho falado mais de restaurantes de topo de gama do que de Casas da gama média - embora tenhamos aqui no Blogue o "Polícia" como bom exemplo destes últimos.

O problema é que tal como "A Vida é demasiado curta para se beber Mau Vinho" também acho que a "Vida é demasiado curta para se comer mal" mesmo que pagando pouco...

Tudo é relativo: O "Horcher" será sempre um Grande e Caro Restaurante, em qualquer País do Mundo, mas o "Beira Mar" e a "Casa da Praia" não serão mais do que Médios ( e até médios baixos em termos de preço) comparativamente com a restauração de requinte francesa, espanhola e italiana.

Tenho um casal de amigos que fazia grandes viagens todos os anos, sempre gastando entre 1000 e 2000 contos nessa aventuras. Muitos os invejavam por conhecerem locais tão distantes e aparentemente tão cheios de glamour. Todavia ninguém comentava o que eles faziam no resto do ano , e que era... poupar para as viagens! Nada de roupa de marca, nada de saídas ao fim de semana. Um carrinho económico e em segunda mão, etc, etc...

São opções...

Comer bem também é uma opção...

Dito isto, prometo que as próximas crónicas serão sobre Restaurantes onde não se gaste mais do que 30€ por pessoa ...se tivermos cuidado com os vinhos!

Aqui é que está o problema: Comida de qualidade com "vinho de terceira" não é refeição, antes "manjedoura". É preferível - em minha opinião - beber um bom vinho apenas acompanhado por queijo ou presunto e bom pão.

Regresso de Berna - Quoi de neuf sur la Philatélie au Monde?

Em Berna, no âmbito da Associação Mundial para o Desenvolvimento da Filatelia, foram discutidos vários assuntos tendo por "pano de fundo" uma questão, a meu ver, primordial:

Como fazer com que os selos de correio continuem a ser utilizados na Postagem, mas sem que os Operadores Postais abdiquem das outras formas de Franquia automáticas ou mcânicas, mais lucrativas e práticas?

Este assunto foi levantado por diversas entidades - Federação Internacional de Filatelia, ASDCAT e ISFDA (Comerciantes e Editores de Catálogos) e até pelos representantes dos Operadores Postais - mas a resposta não deve ser fácil...

Portugal sugeriu a criação de um novo tipo de Correio, chamado "Correio de Prestígio" e dirigido a gabinetes de Conselhos de Administração e de Alta Gestão, nas Empresas.

Esta ideia consiste em convencer estas entidades a utilizar sempre selos postais na sua correspondência institucional - por exemplo, quando o CEO se dirige aos Accionistas - mas com a facilidade de serem os serviços filatélicos de cada País a prepararem internamente os sobrescritos, colando e obliterando os selos nas suas máquinas especiais, sem custo adicional.

Esta ideia pode ser ainda potenciada pela utilização de vinhetas exclusivas e personalizadas (em bandelete junto ao selo) sempre que a encomenda da Empresa Cliente o justifique.

Vamos a ver se tem "pernas para andar".

Continuarei a dar notícias sobre este tema aqui no Blogue.

terça-feira, outubro 18, 2005

Estranho!

Segundo o PUBLICO de hoje:
(...) Mario Soares (...) não quis falar à comunicação social e remeteu quaisquer declarações para o seu porta-voz e para o seu novo assessor de imprensa, João Paulo Velez, que no anterior governo desempenhou funções de porta-voz de Santana Lopes"...

POST@L

Vinhos

Estão a decorrer várias feiras de vinhos
É uma boa oportunidade para repor o stock das garrafeiras.
Este ano resolvi concentrar-me somente em 3 vinhos.

Para além de saboreá-los também me delicia o que se escreve relativamente a vinhos. Vejamos o que diz João Paulo Martins sobre uma das minhas escolhas...

Belo aroma, onde se nota a presença discreta da madeira de 2º ano onde estagiou, notando-se, no aroma, a fruta vermelha e as notas de flores do Douro. Muito bom volume na boca, redondo, afinado, sem rugas, é um tinto de consenso e que dá uma excelente prova.

Para que não haja dúvidas confirmo que este texto se refere a vinhos.

VINHA GRANDE 2001

segunda-feira, outubro 17, 2005

Crianças tentando vender algo... para sobreviver

Orçamento 2006

Há muitos anos que penso que a diminuição das desigualdades gritantes entre o 1º mundo e os restantes passa por colocar em causa algumas regalias existentes...

O processo histórico mostra-nos que não há nenhum povo que aceite pacificamente uma diminuição da sua qualidade de vida.
Como tal... não me surpreende a contestação que se verifica na Europa,.

No entanto incomoda-me que os sacrifícios sejam pedidos (exigidos) sempre aos mesmos: os que têm maiores dificuldades...

sábado, outubro 15, 2005

POST@L

Saborear através dos posts do Raul

Quando leio os posts do Raul relativamente a restaurantes, sinto os cheiros, os sabores. o ambiente... a cor... e também a leveza da carteira no fim da refeição...

Mas percebo bem a sua satisfação, o seu prazer...

Já fui à procura de algumas das suas sugestões – lembro-me bem do “Beira Mar” em Cascais.
Foi simples de encontrar – bastava ter lido com atenção o post.
Já dentro do restaurante dispensei a leitura de qualquer lista
Pedi tal o referido pelo Raul aqui no Correio Mor (Julho 2005)...
A entrada (bruxas), o vinho “Adega da Cartuxa” tudo igual.

Passei por Madrid há cerca de 15 dias.
O post publicado hoje pelo Raul (Horcher de Madrid)... chegou tarde... embora este atraso tenha tido um aspecto positivo...a factura!
A mesma chegaria, de certeza, a Portugal antes de receber o subsídio de Natal... o que seria um problema grave...

POST@L

Bloguista de Novo em Viagem

Parto para Berna neste Domingo, e só regresso na Quarta Feira.

Até essa altura Amigos e Leitores!

Horcher em Madrid: O velho Senhor da Restauração

Aproveitando uma rápida visita de trabalho a Madrid, falamos hoje de um Restaurante clássico da Gastronomia daquela cidade: Horcher, no Bairro de Salamanca, junto ao Parque del Retiro.

Madrid tem uma oferta gastronómica maravilhosa e abrangente, com restaurantes a todos os preços e para todos os gostos. Destaco o maravilhoso "Zalacain" moderno e com uma cozinha requintada e inovativa, de Mestre criador ; o "La Trainera" vizinho do Horcher, na Lagasca e especializado em Marisco e Peixe; o famoso "El Botín" tido como a mais antiga taberna do mundo, na Calle de Cuchileros à Plaza Maior, etc...

Mas hoje venho aqui falar do Horcher.

Tem mitologia própria de ter sido aberto por um cozinheiro de Hitler (t'arrenego!!) que fugiu ao tirano e se radicou em Madrid.

Era poiso habitual da família real, e até se conta que o actual Rei, chegado ao Horcher para jantar viu um antigo amigo do Estoril, vizinho de toda a vida da casa de seu Pai, o Conde de Barcelona, e terá de imediato dito aos seus acompanhantes: está ali um português que se pode gabar de já ter dado umas nalgadas ao Rei de Espanha! E logo o foi abraçar.

O neto do fundador do Horcher e actual proprietário continua a praticar uma cozinha sólida, burguesa à moda alemã, com grande destaque para a caça e para os assados de carnes.

Peçam um "pata negra" para mata-bicho inicial, e peçam ao mesmo tempo para o amabilíssimo trabalhador retirar de imediato o resto do Presunto da vossa frente, sob pena da refeição terminar por ali, tal a excelência da matéria prima!

Há sempre, nesta altura do ano, cogumelos frescos de muitas variedades e apresentados simplesmente grelhados, ou trabalhados com natas e cognac. A salada de Lavagante (Bovagante) é também um prato que resulta muito bem.

Para prato principal pedi Rabo de Touro à moda do Orcher (Olé!) e não me arrependi. A "Cola de Toro" é um prato típico de Granada e da sua região, mas mostrou-se aqui excelente, guizada em bom vinho tinto e acompanhada por ervilhas.

A terminar Sorvete de Tanjerina para uns, Pastel de Arbol para outros. O pastel de Arbol é uma espécie de massa fina de torta que se completa com chocolate quente e natas, feitas ao momento e espalhadas por cima do prato, juntamente com uma bola de gelado de baunilha.

Bebemos um "Pesquera" da Ribera del Duero, 2001. Émulo dos nossos vinhos do Douro, encorpado e com um bouquet de altíssimo nível. Tem a vantagem de dar um "cheirinho" de "Vega Sicília" mas a preços muito mais condizentes para o comum dos mortais que não herdou poços de petróleo.

Quanto custou esta refeição para três pessoas?

Bem, como fui convidado não vi bem, mas ia jurar que o meu anfitrião tinha pago perto de 250€...

quarta-feira, outubro 12, 2005

POST@L

Ainda o fórum de Criatividade e Inovação

Há uma pergunta que me fizeram no fórum que por lapso aqui ainda não tinha sido referida:

Será que não devemos pensar em formas alternativas de distribuição, nomeadamente na sua periodicidade (dias alternados, uma vez por semana, etc.)?

É uma boa questão.

Pode ser vista mesmo independentemente do tema do debate.
Se se confirmar os nossos receios (que são mais que expectáveis) da diminuição drástica do tráfego postal (nomeadamente com transferencia para correio electrónico) será que se justificará ir todos os dias aos domicílios dos destinatários?

A resposta é efectivamente: Não

E aqui temos vários problemas interessantíssimos:
. como é a forma comercial de se vender esta nova realidade?
. como fazer transmitir esta informação para os clientes?
. como joga aqui o correio prioritário?
. como reagirão os grandes clientes expedidores (vendas por correspondência)?
. como se adaptarão a esta realidade?
. qual será a reacção do poder político (nomeadamente o regulador)?

A parte operacional é muito interessante de estudar.

a) Para dois ou três dias de distribuição semanal podemos poupar cerca de 50% dos trabalhadores da distribuição (2 a 3 mil pessoas).
b) Nos transportes também se prevê elevadas poupanças.
c) No tratamento para além dum modelo operativo diferente teria que ser repensado uma política de stocks FIFO muito bem controlado bem como um serviço de divisão ao giro e sequenciamento quase na totalidade (haveria tráfego mais que suficiente para fazer automaticamente esta operação). Poderia trabalhar somente durante o período diurno. Aqui também haveria poupanças.

Será uma nova visão operacional extremamente interessante e que deverá ser estudada muito antes de se tornar realidade.

Para o nosso amigo, colega e companheiro de percurso Carlos Silva, que colocou esta questão, envio um grande abraço.

O futuro passará obrigatoriamente por esta solução.

terça-feira, outubro 11, 2005

Porto de Lisboa - 2


Guindastes

Os muros de Melila, Ceuta e outros...




Não podemos ficar indiferentes em relação ao que se está a passar no norte de África .

As paredes e arames farpados que separam os territórios Espanhóis do resto de África representam verdadeiros muros de vergonha


Temos que olhar de frente para este problema

Também não nos podemos calar perante a posição do governo marroquino... que abandonaram refugiados no meio do deserto.

Os silêncios (nossos) são sempre cúmplices das ditaduras!

Dia Mundial dos Correios 2005

Saúda-se o dia de hoje!

Felicidades para os Colegas que, em todo o País, trabalham nesta Casa centenária!

Saúdam-se os Colegas Carteiros!

Saúdam-se os Colegas Trabalhadores das Estações!

Saúdam-se os Colegas Vendedores!

Saúdam-se os Colegas Trabalhadores dos Centros de Tratamento e dos Centros de Transportes!

Saúdam-se os Colegas dos Serviços Centrais e das Unidades de Apoio!

Saúdam-se os Colegas das Participadas!

Saúda-se o Conselho de Administração!

Mais 500 Anos de Vida para os CTT Correios de Portugal!

Autárquicas - Uma Reflexão Breve

Meio Milhão de Votos terá sido o que o PS perdeu no Domingo passado face às Legislativas.

Embora existam muitas condicionantes técnicas que impedem tal conclusão para os "politólogos" de serviço, não há dúvida que a um nível mesquinho de quem "conta espingardas" estes números dão que pensar...

Consequência da Política do Governo actual?

Consequência da (má) escolha de certos protagonistas-candidatos?

De tudo um pouco.

Atrevo-me, porém, a dizer que estes resultados poderão ser , em retrospectiva, uma das boas coisas que aconteceram ao PS depois das Legislativas.

Vão obrigar a repensar o que é essa coisa da "máquina partidária"...

Vão obrigar a repensar a democracia interna e as lideranças .

Enfim , poderão obrigar a "arejar" um Partido que deixou algum cheiro a mofo em torno dos compromissos que (mal) geriu para estas autárquicas.

segunda-feira, outubro 10, 2005

A inexistência de comentários no Correio-Mor deve-se à passividade?

Começo por dizer que tu, Campos, me entendeste mal. Eu não digo, referindo-me ao Correio-Mor, que “apesar de haver poucos participantes há bastantes leitores” e que isso significaria que “não há passividade”. O que eu digo, e mantenho, é que a falta de comentários não indicia, necessariamente, passividade.

O Raul afirma, com toda a clareza, que isso não lhe interessa muito, que escreve aqui para sua satisfação pessoal. É uma posição mais do que legítima, e no fundo é o que se passa com todos, comigo inclusivé, os que escrevem em qualquer lado. O que acontece é que nem todos têm a coragem de o dizer de uma forma tão frontal. Mas se ao Raul a falta de “feed back” o não preocupa, a ti sim. E então o que fazer?

A mim, parece-me que este blogue se parece mais com um jornal. E, num jornal, quem escreve espera ser ouvido mas não, necessariamente, ter respostas. Por isso as cartas dos leitores também são poucas. E se alguém quiser ter respostas polemiza, provoca, lança setas para todos os lados. Mas será isso o que o Raul espera quando nos convida a beber um bom vinho ou a comer um belo cozidinho à portuguesa? Certamente que não. Será isso que tu esperas quando nos mostras as tuas fotografias? E porque quererias que alguém te respondesse porque falas de correio, sobretudo se o que dizes merece o acordo de quase toda a gente?

Queres participação e polémica? Não sei se ela será possível num blogue como este. E se olharmos para a história e para as características do “Barnabé”, que enquanto existiu foi de longe o blogue mais popular em Portugal (e seguramente o mais polémico), talvez consigamos perceber isso mesmo.

Pela minha parte, vou continuar a ler com muito gosto o que tu e o Raul escrevem. Vou continuar a olhar para as tuas fotografias e a pensar que elas sofrem ao serem vistas em formato tão pequeno. Vou continuar a ouvir as recomendações viniculoculinárias do Raul. E de vez em quando vou também escrever alguma coisa e enviar alguns Post@is.

Daqui a algum tempo talvez fosse bom fazermos um balanço. Mas, para já, acho que está a valer a pena.

O dia seguinte...

Branco, a única resposta possível...


domingo, outubro 09, 2005

9 de Outubro - o nosso dia

Carta de criação do Correio Mor em Portugal

O CORREIO-MOR FEITO PELOS SEUS LEITORES

Do nosso leitor José Brito e relativamente ao post Penso, logo participo recebemos este comentário que realçamos.

O tema é aliciante e penso que ganharíamos com a alteração, contudo precisamos de ter um rumo bem definido em termos do que queremos, qual o objectivo e quais as vantagens.

Esta "velha", forma de actuar já é passado, mas não há meio de avançarmos, precisamos de um empurraozinho, um dia destes olhamos para o lado e estão lá outros a fazer aquilo que nós temos todas as capacidades para iniciar. O nosso problema é interno, por medo ou por acomodação deixamos tudo como está, falta-nos iniciativa, e o problema maior é que gostamos de viver com isso...

Estou de acordo que temos que encontrar novas formas de actuar.
Temos que ser nós próprios a dar-nos o tal empurraozinho... pois podemos estar certos que... ninguém o fará por nós...

sábado, outubro 08, 2005

POST@L

Penso... logo participo...

Durante muitos anos assisti, participei, colaborei, dinamizei muitos eventos, conferencias, colóquios, etc.

Uma das questões que sempre me incomoda é a ausência de perguntas, de polémica, de dúvidas.

Por um lado defendo que as intervenções nunca são conclusivas – o orador deixa sempre espaço para a dúvida.
Por outro lado os oradores necessitam de sentir que o que disseram teve eco...
. alguém percebeu,
. alguém ficou perturbado
. alguém quer mais...

Daí a sensação de vazio que fica quando acabada uma intervenção... resta o vazio...

Há anos o Francisco Lucas Pires no fim duma conferencia patrocinada pelos CTT perante a ausência de perguntas... continuou a falar com o argumento que o vazio o incomodava...

É o que sinto quando grito e não ouço o eco...
É o que sinto quando perante tantos crimes (empresariais, sociais, humanitários, políticos)... só sinto silêncio...

As perguntas, a dúvida tem o mesmo efeito que as palmas nos fins dos concertos
Soube bem
Soube a pouco
Queremos mais
Pedimos que continue, um pouco mais...

Neste momento... ando muito ocupado
Tenho muito trabalho
Estou a tentar entrar no processo... e como tal são cerca de 10 a 12 horas por dia para tentar contribuir, compreender, partilhar, colaborar...
É cativante.

Há que confirmar a certificação
Há que transpirar qualidade
Há que pensar cliente, cliente, cliente
Há que actuar na prevenção
Há que envolver os trabalhadores
Há que pensar em novos projectos, novas ideias,
Há que pensar e lutar por um futuro melhor, com maior facturação, mais clientes... e satisfeitos.

Há muito trabalho, o que é bom

Mesmo assim tenho ainda tempo, disponibilidade e prazer em escrever aqui no Correio Mor.

Bom dia futuro.

POST@L

sexta-feira, outubro 07, 2005

Esclarecer dúvidas e trazer mais algumas

Temos o caríssimo A.A.Campos num dilema pessoal: ele escreve, ele questiona, ele provoca, mas... não há - aparentemente - feed back dos Colegas\Leitores do nosso Blogue.

Existirão estes míticos leitores?

Cheguei a somar perto de 2000 consultas ao "Correio Mor" antes de ter alterado o lay out do Blogue e assim ter perdido o primeiro contador.
Ponderando esse somatório pelos dias de existência desta aventura então passados, assumo que temos um público fiel de cerca de 30 leitores diários. Nem todos dos CTT, a fazer fé nos endereços que deixam registados...

Serão sempre os mesmos? Não sei, talvez. Acho que sim mas pouco me interessa.

Não participam? Tanto me faz.

Pouco lhe interessa!!?? Tanto lhe faz!!?? (Parece-me estar a ouvir o meu Amigo A.A. Campos indignado) .

Escrevo aqui para minha satisfação pessoal. É a minha catarse do início das manhãs, sabe-me bem, prepara-me para o trabalho e é muito menos cansativo do que ir à ginástica ou à musculação (actividades próprias dos homens metrosexuais que eu não sou...).

Tudo começou num período em que questionávamos as nossas capacidades, postas em causa por estranhas lideranças numa fase em que muitos de nós ouviam e viam, mas não podiam exprimir-se em liberdade.

Que bem nos soube reunir em (quase) clandestinidade e preparar vários documentos de intervenção que discutíamos em "petit comité" à falta de um Fórum mais abrangente...

Hoje temos de novo oportunidade para discutir as nossas ideias livremente e em público, e é perfeitamente normal que as energias se "re-canalizem" nesse sentido, perdendo importância a "cultura" da clandestinidade.

Todavia o tempo é feito de mudança, e o que aconteceu no passado recente pode de novo voltar a acontecer, com actores distintos mas sempre com os mesmos espectadores (Administrações vão e vêm, mas a Tecnocracia da casa fica, para o bem e para o mal).

Importa pois não perder o treino deste exercício de cidadania, e é também por isso que continuo a escrever neste Blog.

Tenho cuidado com o que escrevo não tanto por causa do Leitor, mas sobretudo por respeito por mim próprio e pelas coisas em que acredito.

Depois disto, se também conseguir interessar qualquer Leitor é evidente que fico satisfeito (todos gostamos do reconhecimento) mas não terá sido essa a função principal dos meus "Posts".

"Se não estiver ninguém para testemunhar a queda de uma árvore na Floresta, será que se pode afirmar que aquela caíu mesmo?"

Acho que sim. Mas não vou ficar acordado a pensar no assunto...

Já comeram o cozidinho à portuguesa este ano?

quinta-feira, outubro 06, 2005

A participação

Uma discussão que tenho tido com o Agostinho Santos Silva está relacionado com a eventual passividade dos Portugueses
Defendo, nessa discussão, que os Portugueses
. participam pouco,
. têm uma atitude passiva,
. protegem-se
. e raramente avançam num debate que implique algum esforço...

O Agostinho contrapõe, referindo-se a este blogue, que embora não haja muitos participantes... há muitos leitores, e que esta atitude já mostra alguma “não passividade

Defendo que esta atitude de simples leitor... sabe a pouco


É importante que as pessoas participem mais do que como simples espectadores sentados num sofá...
Têm que ser, no mínimo, treinadores de bancada – opinar, ter posição, gerar polémica para que daí nascem novas ideias.

Em todos os meus percursos profissionais sempre tentei provocar e dinamizar a discussão, o contraditório.

Sabia que daí poderiam aparecer novas ideias ou no mínimo a consolidação duma equipa através da cumplicidade dos argumentos

É por isso que me sabe a pouco ver a ausência de comentários nos textos que publicamos

Será que os temas não são cativantes?
Discutir o futuro da nossa empresa, das estratégias possíveis, dos diferentes modelos de futuro... sejam operativos ou comerciais... ou mesmo sobre vinhos, refeições ou uma simples fotografia...
Não são motivadores?
São, no mínimo, importantes para o nosso futuro!

Espero que este texto tenha a resposta... no mínimo do Agostinho Santos Silva que prometeu discutir este tema publicamente

quarta-feira, outubro 05, 2005

Fórum de criatividade e inovação

No Fórum de Criatividade e Inovação foram colocadas algumas questões.

Nem todas tiveram possibilidade de serem respondidas directamente.

Ao longo de vários dias aqui no Correio Mor tentei responder às questões colocadas.

Com a questão respondida hoje considero terminada esta etapa.

(FA)

Considero a dúvida como um elemento importante num processo de mudança.

A discussão é um elemento importante na procura de novas soluções
Permite consolidar posições,
Limar arestas,
E crescemos todos em conjunto.

Considero que ainda há muito para discutir.

O discussão teórica deverá ser feita no seio da área operacional que deve liderar todos os processos de reengenharia no ciclo operativo dos correios.

Fórum de criatividade e inovação

Tema: alteração do modelo operativo (*)

Questão:

5. A solução apresentada não será mais cara que a actual?

Resposta:

Não deveria ser uma pergunta.
Poderia ser uma conclusão... mas nunca uma pergunta.
Ao ser colocada como pergunta pode condicionar o próprio projecto.

Mas sendo colocada esta questão... tem que ter uma resposta.

Respondo como fazem os japoneses:

1. se é bom para os clientes tem que ser feito
2. se os actuais processos têm custos elevados... então têm que ser alterados ou reinventados.
3. se há limitações então temos que ser criativos para responder às necessidades de 1,5 milhões de clientes que em Portugal compram via Internet.
4. se nós não fizermos... outros o farão

(*) resumo do tema foi publicado neste blogue no dia 30 SET 2005

POST@L

Gastronomia - Restaurantes com "Cozido à Portuguesa"

O Cozido à Portuguesa é um prato emblemático de toda a gastronomia regional (ou popular) ocidental e mediterrânica e não apenas, como muitos pensamos, de Portugal.

Em Espanha existe a Olla , em Itália o Bollito Misto, em França o Pot au Feu, etc...

Mesmo em Portugal o paradigmático "Cozido à Portuguesa" tem variações significativas de região para região e de acordo com as Estações do ano.

Talvez que a variação mais conhecida em Lisboa e no Porto seja o Cozido de Verão à Algarvia ou à Alentejana, com carne de Borrego, feijão verde e grão-de-bico.

De todas as formas, e em geral para todas as regiões do País, , trata-se de um prato típico do Outono e do Inverno, muito completo, e que adquire especificidades regionais de acordo com os enchidos típicos de cada zona onde é feito.

Um bom Cozido, como o que se fazia em minha casa, tinha obrigatoriamente de ser feito quando as couves portuguesas desse ano já se começassem a vender na Praça de Cascais. A essas juntávamos as batatas vermelhas, os nabos, cenouras e repolho. Podia levar (ou não) galinha do campo, podia (ou não) levar chispe e orelha, podia (ou não) levar salsichas frescas, mas incluíamos sempre :
- Carne de vaca (a do chambão é das melhores)
- Costela de Porco
- Chouriços de carne, mouros e morcelas, chouriços de sangue e vinagre (frescos)
- Farinheiras
- Paio do lombo

O arroz feito com o caldo das carnes e enchidos era obrigatório, e nele se desfazia uma farinheira ou um chouriço fresco de vinagre e sangue, para apurar.

Era uma festa de Sábado ou de Domingo aos almoços, para a qual se convidavam os tios e os primos. Começava-se a cozer a carne pelas 8.00H da manhã, os homens cortavam os enchidos e empratavam as travessas, tudo para garantirmos que às 13.00H estava tudo sentado à mesa, onde nunca éramos menos do que 9 ou 10...

O cheiro das panelas invadia a casa e tão marcante ele era que me habituei, já homem, a confundi-lo com a atracção dos valores primordiais: paz, lar, conforto e sossego em família.

Ainda hoje tento manter esta tradição, somos é poucos para tão majestático banquete...

Ora bem depois de tão longa introdução, a puxar para a nostalgia, vamos lá aos Restaurantes que eu conheço e que têm Cozido com qualidade, sobretudo em Lisboa:

O Funil (Rua Elias Garcia)
O Polícia (Av. Conde de Valbom)
O 31 da Armada (Largo da Armada)
A Casa dos Pneus (não se assustem que é mesmo Restaurante, à entrada de Bucelas. As doses são para três que comam bem, mas a qualidade não se ressente, é muito razoável).
O António do Barrote (à alentejana, com grão e feijão verde, junto às instalações do Metro na Pontinha).
O Poleiro (Rua de Entrecampos, perto da PT Prime)
O Miudinho (em Carnide, mais proletário).

Todavia, para mim que não conheço todos, o grande campeão do Cozido à Portuguesa não é de Lisboa:

Campeão em Título: Restaurante São Gião (Moreira de Cónegos) . Este Cozido - se ainda o fizerem desta maneira - é um monumento que leva mais de duas horas para ser apreciado. E não falo do tamanho da dose (pantagruélica) mas da inexcedível qualidade de tudo o que contém.

Telefonem primeiro e confirmem se ainda há aos Sábados e Domingos ao Almoço : Telefone - 253 561 853.

Por fim, um pequeno comentário sobre os vinhos para o Cozido à Portuguesa: manda a Tradição que sejam vinhos novos, vigorosos e com alguns taninos e adstringência para ajudar a "desmoer" tão farta comezaina, imprópria de gente delicada.

Algumas Sugestões:

Duas Quintas Tinto de 2003 (Colheita normal a 8,90€)
Quinta de Saes Dão Tinto de 2004 (Apenas 3,20€ mas muito bom !).
Herdade Porto da Bouga Reserva de 2003 (Um campeão do Alentejo a 5,99€).

terça-feira, outubro 04, 2005

Água e Desertificação - Temas a Desenvolver

Agora que temos, e ainda bem, os nossos Colegas A.A. Campos e Agostinho S. S. mais libertos para "Pensar CTT" com os seus comentários e sugestões sobre os Serviços e Produtos da Casa, tenho eu também mais liberdade para escrever alguns Posts sobre temas mais abrangentes e aos quais gostaria dedicar Emissões Filatélicas e até Livros Temáticos, como contribuição para "despertar" as consciências de todos.

Um dos que mais me preocupa actualmente é o da "Água e Desertificação".

O fenómeno da seca em Portugal e suas consequências (incêndios, crise na Agro-pecuária, etc...) despertou-nos para a fragilidade dos "equilíbrios" que tornam possível a vida neste Planeta com qualidade mais ou menos razoável.

Penso mesmo que o facto de pertencermos a um dos "mundos" priveligiados (que co-existem neste Mundo com outros "mundos" miseráveis) nos terá impedido de desenvolver uma consciência mais desperta para os grandes problemas que a pressão industrial e a globalização não deixarão de trazer .

Existem gestos quotidianos que - hoje em dia - reputamos de terceiro mundistas (ou pior) mas que - infelizmente - podem constituir uma visão horizonte com probabilidade alta de ocorrência para todos os Países desenvolvidos:

Tomar banho apenas uma vez por semana, utilizar água do mar tratada para aplicações domésticas, evitar utilizar gravata e casaco para poupar na Energia, utilizar viaturas particulares apenas em poole e alternadamente, etc, etc...

"Fizemos a cama onde nos iremos deitar".

É bem verdade, mas ainda estamos a tempo de mudar "os lençóis".

Basta haver consciência e vontade popular que influencie politicamente a Governação, ou melhor, todas as Governações deste Ocidente estragado pelos "mimos" dos últimos 40 anos de Dolce Far Niente ecológico.

Comentários sobre Vinhos

Reproduzimos aqui o Comentário de Luis Delgado para enriquecer o nosso Dossier Enológico:

Caros Amigos,

Anexo mais informação para enriquecer o caderno Enológico do Blogue.

Vinho tinto Dão – Quinta da Fonte do Ouro - **** - entre 10€ e 20€“

Este vinho resulta de um lote de castas tradicionais Portuguesas, Jaen, Aragonês, Trincadeira e Touriga Nacional (50%). Depois de uma longa fermentação com maceração suave, 50% do vinho é estagiado 9 meses em barris novos de carvalho Francês. O vinho de cor Ruby apresenta um aroma a frutos vermelhos e chocolate, bem casado com o elegante aroma da madeira. Na boca sente-se o corpo suave dos bons taninos, os frutos silvestres e uma complexidade e persistência notáveis.”Engarrafado na Quinta pela Sociedade Agrícola Boas Quintas Lda. – MortáguaVinho


Tinto Dão – Foral D.Henrique, Alfrocheiro 2000 - ***** - menos de 10€“

Homenageando os cooperantes que cultivam arduamente as suas vinhas criamos este vinho tinto mono varietal, do qual apenas produzimos 17.000 garrafas.Origem – As uvas provêm de vinhas previamente seleccionadas. A média de idade do encepamento é de 8 anos. À entrada da Adega é efectuada uma segunda selecção que se baseia num rigoroso controlo sanitário.Casta – AlfrocheiroVindima – Caracterizou-se por uma maturação equilibrada. A colheita foi no dia 27 de Setembro.Envelhecimento – Estagiou 4 meses em cascos de carvalho Americano.Engarrafamento – Dia 28 de Novembro de 2001 utilizando uma rolha 45/26 extraProva – Grande intensidade de cor, aroma fino com nota de fruta madura. Na boca apresenta-se equilibrado, encorpado com taninos redondos e com final de boca persistente.Ao consumidor - Abrir a garrafa cerca de 30 minutos antes de ser consumido a uma temperatura de 18ºC. Acompanha bem qualquer prato de carne. Escolha uma ocasião especial, e faça um brinde à saúde dos grandes vinhos de Portugal.”Enólogo – António Mendes Garrafa nº 8593 Engarrafado por Adega Cooperativa de Mangualde

Para terminar, cito Aquilino Ribeiro, com o qual não poderia estar mais de acordo...

"O pior dos crimes é produzir vinho mau, engarrafá-lo e servi-lo aos amigos" Aquilino Gomes Ribeiro,

Um abraçoLuis Delgado

segunda-feira, outubro 03, 2005

Fórum de criatividade e inovação

Tema: alteração do modelo operativo (*)

Questão:

4. Não existirá o perigo de ao aumentar a Qualidade do Correio Normal poder colocar em causa a existência do azul e EMS?

Resposta:

É uma boa questão com resposta difícil.
Aquando da criação do correio azul esta questão foi colocada.

Na minha opinião o que deve diferenciar os diferentes produtos não deve ser somente a velocidade mas sim o T&T e outros serviços de valor acrescentado.

Podemos ter a certeza que um mau correio normal tem repercussões nos restantes produtos da empresa.
Os clientes não confiam nas empresas que tenham má qualidade de serviço.

(*) resumo do tema foi publicado neste blogue no dia 30 SET 2005

POST@L

Feiras de Vinhos 2

Mais algumas boas sugestões das Feiras em termos de relação Qualidade\Preço:

a) No Pingo Doce podemos adquirir um Tinto Alentejano de Estremoz, da Herdade de Porto da Boga, Reserva de 2003, por apenas 5,99€ - Muito Recomendável!

b) No El Corte Inglês há também boas surpresas.

- Em relação ao Douro, os Vinhos "normais" da Quinta de la Rosa (2002) e da Quinta do Crasto (2000) estão à venda por 8,25€ e por 9,95€ respectivamente. Para quem já teve ocasião de provar as Reservas destas mesmas casa produtoras, encontrará nestas garrafas um produto obviamente menos ambicioso mas mesmo assim muito bem feito.

- No Dão , palmas para um Branco Encruzado da Quinta de Cabriz (2004) por 5,75€ e ainda para o excelente Vinha Paz, Tinto de respeito de 2003, por 9,95€.

- Na Península de Setúbal, é de comprar o belíssimo Branco Quinta de Camarate Seco, de 2004, feito com Alvarinho e Moscatel, por 5,95€.

- No Alentejo há que louvar o Monte das Servas, tinto de 2003, colheita normal, a 4,45€ , bem assim como o Tinto "Monte da Peceguina" 2004, por 8,75€!

Porque se calou Guterres em 2001?

Quem viu o programa "Expresso da Meia Noite" , na SIC Notícias da passada Sexta Feira , recorda-se de ter ouvido o Politólogo Joaquim Aguiar a referir-se por mais do que uma vez

"Àquilo que Guterres já sabia em 2001 e que o levou a não querer mais governar, dando por desculpa os resultados das Autárquicas".


Joaquim Aguiar - embora nunca o tenha feito nos meios de Comunicação Social - já teve ocasião de explicar em Conferências que proferiu, nomeadamente no ICS, que o tal "Monstro" que teria assustado o Engº António Guterres não era mais do que a constatação real de que o sistema de Segurança Social português não tinha sustentabilidade, sendo garantido que o Estado-Social tão caro ao nosso Engenheiro deixaria de ser viável em Portugal num prazo de tempo "mais curto do que comprido"...

Joaquim Aguiar é insuspeito nesta matéria, tratando-se, como sabemos, de um respeitado analista de centro-direita.

A argumentação que suporta este tese também não é desconhecida. A Segurança Social Portuguesa foi criada num enquadramento que hoje já não existe: os cidadãos começavam a trabalhar cedo (17 ou 18 anos, às vezes ainda mais cedo) e acabavam também por morrer mais cedo (a partir dos 60, 65 anos), pouco ou nada gozando a reforma.

Assim se perpetuava um "superavit contibutivo" que não tinha dificuldades em lidar com a franja dos poucos que "teimavam" em não morrer tão cedo. As Domésticas, Os Agricultores e Trabalhadores rurais não tinham direito à reforma e, quando finalmente a alcançaram, esta teve valores simbólicos...

Hoje em dia os Jovens começam a trabalhar mais perto dos 24 anos - quando conseguem emprego - e não é absurdo imaginar-se uma esperança média de vida a rondar os 80\85 anos...

Por outro lado os portugueses têm cada vez menos filhos, e os poucos que têm, têm-nos mais tarde, talvez com receio da evolução económica do País, mas também ( e sobretudo) por não poderem constituir famílias estruturadas tão cedo como os seus Pais ou Avós.

Soube-se - pelos últimos dados do INE - que o nº de cidadãos com mais de 60 anos é agora superior em cerca de 20% aos que têm menos de 25 anos.

Não é preciso ser um "Prémio Nobel da Economia" para perceber que estas tendências têm todas o mesmo sentido e que este aponta para uma conclusão inevitável: Há cada vez menos cidadãos a contribuir activamente para a Segurança Social, e cada vez mais cidadãos a receber.

Penso que todos nós, pelo menos num cantinho da nossa cabeça, já suspeitávamos que as Reformas teriam tendência a ser cada vez mais esbatidas face aos vencimentos do trabalho: 80% do vencimento já lá vêm numa pressa. Talvez dentro de 3 ou 4 anos, já estejamos a falar de apenas 70%. Mas não ficará por aqui...

Seria esta dura realidade a que levou o Engº Guterres a sair daquela forma tão estranha? Não sei. Só ele próprio nos poderá esclarecer.

Será esta dura realidade a que vem justificando as medidas tão impopulares do actual Governo?
Também não sei com certeza absoluta, mas aposto que sim.

Nestas circunstâncias, porque não dizer a Verdade Nua e Crua a todos os Portugueses?

Se calhar pelos mesmos motivos que levam Joaquim Aguiar (e outros Politólogos e Investigadores Sociais) a não falar deste assunto nos Meios de Comunicação Social: o medo da reacção popular.

No fim de contas, se considerarmos que o objectivo último da Governação é proporcionar melhor qualidade de vida aos portugueses, o reconhecimento da impossibilidade da Segurança Social assumir os seus compromissos a tão breve trecho pouco menos seria do que anunciar a Insolvência do Estado...

Que fazer? Para já, cuidarmos da Reforma em termos alternativos, escolhendo produtos adequados na Banca ou no Mercado Imobiliário, de preferência noutros Países da União Europeia, para "separar os ovos em mais do que uma cesta".

E os outros - para aí 90% ou 95% da população - que não o podem fazer? Aqui é que está o Problema...

Já compreendemos melhor o dilema do Engº Guterres?

domingo, outubro 02, 2005

POST@L

Fórum de criatividade e inovação

Tema: alteração do modelo operativo (*)

Questão:

3. A segmentação da distribuição não deveria partir do pedido e vontade explícita dos clientes?

Resposta:

Em princípio a resposta é SIM.
O que fazemos deveria ir ao encontro das necessidades dos clientes e ninguém melhor do que eles para responder a essa questão. No entanto temos diversos problemas:
1. As eventuais diferentes necessidades dos clientes expedidores e dos receptores;
2. A dificuldade em identificar as necessidades de milhares de clientes;
3. 1,5 milhões de clientes via Internet que não estão dispostos a ir a uma EC... simplesmente porque aquando da distribuição domiciliária o carteiro não encontrou ninguém em casa...

Temos que ser inteligentes e encontrar soluções que vão ao encontro destas novas exigências.

Não podemos somente colocar dificuldades em cima da mesa.
Temos que encontrar soluções.
Temos que encontrar respostas.

(*) resumo do tema foi publicado neste blogue no dia 30 SET 2005

Fórum de criatividade e inovação

Tema: alteração do modelo operativo (*)

Questão:

2. O modelo proposto é para ser aplicado em todo o País?

Resposta:

Não. Temos também que segmentar as diversas zonas do País e ter modelos operativos que respondam às diferentes necessidades dos clientes.
O modelo a aplicar no litoral (entre Setúbal e Braga) não deve ser idêntico ao interior Alentejano ou outro.

(*) resumo do tema foi publicado neste blogue no dia 30 SET 2005

sábado, outubro 01, 2005

Post@l
















Porto de Lisboa (1) - Contentores

Fórum de criatividade e inovação

Tema: alteração do modelo operativo

Questão:

1. Será que este modelo coloca em causa o trabalho actualmente efectuado em termos automáticos relativamente à divisão ao giro e sequenciamento?

Resposta:

Não.

Defendo que o tráfego dos grandes clientes e comércio já deverá aos CDP divido e sequenciado. Não deve haver de madrugada operações internas na distribuição.

Sendo assim este modelo só será possível com divisão automática nos CTC o que para tal implica:
1. Grandes clientes e Comércio devem ter códigos postais próprios ou agrupados (CP7)
2. O tráfego dos restantes clientes é dividido por giros e sequenciado em programas próprios em horas diferenciadas

Este modelo já é parcialmente utilizado com os planos 99

Fórum de criatividade e inovação



TEMA: ALTERAÇÃO DO MODELO OPERATIVO

Resumo

Segmentação da distribuição de forma que a mesma seja efectuada em função das necessidades dos clientes destinatários

1. até às 09.00h para grandes empresas
2. de manhã para comercio
3. após as 16 h para particulares

A introdução deste modelo implicaria alterações:

na distribuição.
Segmentação de percursos
a1. de manhã sem operações internas nos CDP. Tudo viria dividido dos CTC
a2. de tarde com operações de Separação Geral, Sequenciamento de todos os produtos e recuperação dos erros detectados na parte da manhã

no tratamento (duas horas de corte)
b1. de madrugada trata o correio p/ grandes empresas, comércio e correio prioritário
b2. de tarde trata o restante tráfego e erros detectados na parte da manhã

nos transportes
c1. madrugada com veículo ligeiro
c2. tarde com veículo pesado. Inicia a concentração pouco depois de acabar a dispersão

Vantagens:

Segmentação de clientes indo ao encontro das suas necessidades
Maior probalidade de encontrar destinatários em casa (importante para a distribuição de volumes, registos, cobranças, etc.)
Segmentação do ciclo operativo
Maior janela de tempo no tratamento com consequente melhor QS nos diferentes produtos

Post@is

A ideia é do António Campos. E é boa. Colocar imagens no Correio-Mor torna-o menos cinzentão. E talvez mais visitado.

Por isso vou começar a publicar algumas imagens, também com o título de Post@is, se o Campos não invocar direitos de autor.

Amanhã aí estará a primeira. E depois se verá.

FPIC - Ideia António Fernandes: Cartão de Cliente Ocasional

A força da ideia: contribui para um objectivo frequentemente (e entusiasticamente) anunciado pelo CA: a construção bases de dados de clientes com elevado potencial comercial, como só os CTT podem fazer, aproveitando todas as suas forças no terreno

Um pequeno contributo
A adesão das pessoas a um cartão deste tipo, ainda por cima com o consentimento explícito de que os CTT poderão utilizar os seus dados pessoais, só se conseguirá se se oferecer algo relativamente valioso em troca. E essa oferta poderá ter vários componentes, constituídos por prémios acumuláveis:
1. Oferecer de imediato qualquer coisa com valor mais que simbólico, mesmo que com a marca CTT (uma coisa do tipo das que são oferecidas aos trabalhadores dos CTT no Natal)
2. Ofercer a possibilidade de ganhar algo de grande valor, num sorteio
3. Oferecer serviços ou descontos por acumulação de pontos

Uma pequena dúvida
Será que o importante é a adesão, como me pareceu afirmar o António Fernades, porque os dados ficam connosco, pouco importando se o cartão é posteriormente utilizado ou não? Não creio. Se o cartão não for utilizado os dados acabam por “morrer”.