quarta-feira, agosto 20, 2014

O que é um vinho de Espadeiro??

A receita de ontem falava de vinhos Rosés e acrescentava à confusão um outro de casta espadeiro, que por ser "rosado" de aspecto não quer dizer que seja Rosé de fabrico...

Já aqui falei sobre este assunto da produção de Rosés, com a colaboração de gente entendida. Podem recuperar esses Posts antigos de 28 e de 29 de Junho de 2006.

E quanto ao Espadeiro, e outros ( se os houver) vinhos de cor salmonada mas sem terem sido sujeitos ao processo de "sangrar" o mosto ou à forma (mais moderna), de controlo do tempo e da carga de pressão da uva?

Na prática a casta Espadeiro já produz vinhos desmaiados naturalmente, não sendo necessário nem sangrar o mosto, nem controlar o tempo de contacto e a pressão das películas das uvas tintas com o mosto, processo habitual de fabricar rosés.

Também produzem vinhos naturalmente sem cor carregada as castas Rufete (Douro e Dão) e Alvarelhão (Monção, Douro e Dão), ambas tintas e antigas. Quem as conhece? Quem já as bebeu?

João Paulo Martins diz-nos que existirão mais de 200 castas de uvas aptas a vinho , tradicionais portuguesas.

É uma riqueza fenomenal que ainda está pouco aproveitada. Trata-se provavelmente da maior concentração mundial de castas distintas em tão limitado território.

O guia The Oxford Companion to Wine descreve o país como um verdadeiro “tesouro de castas locais”.

Mas, apesar disso, fora o Alvarinho, Touriga e Encruzado , pouco mais temos exportado com sucesso... e o desconhecimento sobre as nossas castas mais características é grande desde que se saia dos respectivos "solares".

Há muito trabalho a fazer... Mas trabalho que pode dar muito prazer!

 Nota: A Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes esclarece:
Espadeiro Spacer
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Descrição Abreviada  :
Casta tinta de qualidade, recomendada em grande parte da Região Demarcada, com excepção da Sub-Região de Monção e concelhos (6) mais a sul da Região; muito produtiva e rústica; dá origem a vinhos de cor rubi clara a rubi, de aroma e sabor a casta e acídulos.
É também conhecida por «Padeiro(a)» na zona de Basto, por «Espadão» em Monção, por «Espadal» em Santo Tirso e por «Murço» ou «Areal» em Amares, é ainda conhecida por «Cinza», «Farinhoto», «Nevoeiro» e «Tinta dos Pobres». 
 

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