Já aqui falei sobre este assunto da produção de Rosés, com a colaboração de gente entendida. Podem recuperar esses Posts antigos de 28 e de 29 de Junho de 2006.
E quanto ao Espadeiro, e outros ( se os houver) vinhos de cor salmonada mas sem terem sido sujeitos ao processo de "sangrar" o mosto ou à forma (mais moderna), de controlo do tempo e da carga de pressão da uva?
Na prática a casta Espadeiro já produz vinhos desmaiados naturalmente, não sendo necessário nem sangrar o mosto, nem controlar o tempo de contacto e a pressão das películas das uvas tintas com o mosto, processo habitual de fabricar rosés.
Também produzem vinhos naturalmente sem cor carregada as castas Rufete (Douro e Dão) e Alvarelhão (Monção, Douro e Dão), ambas tintas e antigas. Quem as conhece? Quem já as bebeu?
João Paulo Martins diz-nos que existirão mais de 200 castas de uvas aptas a vinho , tradicionais portuguesas.
É uma riqueza fenomenal que ainda está pouco aproveitada. Trata-se provavelmente da maior concentração mundial de castas distintas em tão limitado território.
O guia The Oxford Companion to Wine descreve o país como um verdadeiro “tesouro de castas locais”.
Mas, apesar disso, fora o Alvarinho, Touriga e Encruzado , pouco mais temos exportado com sucesso... e o desconhecimento sobre as nossas castas mais características é grande desde que se saia dos respectivos "solares".
Há muito trabalho a fazer... Mas trabalho que pode dar muito prazer!
Nenhum comentário:
Postar um comentário