A malta nova é danada para a brincadeira. Todos sabemos disso.
Mas quando a brincadeira deixa de se limitar aos bailes no Garage, visitas à 24 de Julho ou percursos pedestres no mais alto dos bairros, e passa ao jogo da naifa?
Reparem que não serei eu a tentar impor limites à utilização das armas brancas. Tudo depende daquilo que estamos a falar... Um canivete suiço é uma coisa, um "chino" é outra bem diferente...
Não há alentejano nem beirão de uma certa idade que não ande sempre com um canivete no bolso. O canivete serve para cortar o queijo rijo, vandalizar o "dorsal" dos presuntos pendurados na adega, talhar uma rolha mais rebelde ou aparar os cornos de alguma cabra (esta inventei eu...).
Um canivete é uma coisa boa para ter à mão. E em caso de haver borrasca, os danos que com ele se podem inflingir serão limitados eles também. A lâmina é curta...
Lá na Serra da Estrela ficou célebre a zanga de dois irmãos que, já tendo bebido mais do que o costume, desataram a desafiar-se de canivete em punho, face a face. E como a bebedeira lhes baralhava a frase, a única coisa que se ouvia (até que lhes atiraram dois baldes de água fria por cima dos c*** ) foi:
- "Pico ti, pico mim!!"
Mas isso são outras histórias de uma gente mais velha que muito barafustava com os copos de vinho, normalmente por causa da água (vejam lá a estranheza), mas que de facto nunca se "picava" .
Quando havia azar do sério a arma preferida era a enxada. Com essa é que se faziam grandes mossas nas cabeças alheias.
Actualmente está na moda o "meet". O "Meet" convoca as tribos de hoje, tal como o tam-tam convocava as tribos de anteontem, lá para o Congo, na altura da revolta dos homens-leopardo.
Convoca-se o "Meet" para quê?
Pois, quanto a isso já existem várias versões. Há quem diga que é só para a "curte", há quem jure que é para partir cabeças e roubar.
E eu pergunto: não seria mais normal inscreverem-se numa "Juventude" futeboleira qualquer? Ali já sabem que ao fim de semana têm esse tipo de saraus...
A malta nova tem de conviver, tem de dançar. Tem de curtir e tem de amar. Tem de viver.
Mas também tem de estudar e tem de ter direito ao trabalho... tem de ter esperança no futuro!
E aqui, se calhar, é que a porca torce o rabo... Com vossa licença...
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