quinta-feira, agosto 21, 2014

A idade não perdoa

Tenho tido até aqui boa memória. Recordo-me de coisas do passado longínquo mas também do passado recente. Lembro-me de detalhes, nomes e de números.

Ou, melhor dizendo, lembrava-me...

Dei por mim há uns meses a "empancar" no discurso , ficando à procura de certos pormenores - sobretudo nomes - que parece terem desaparecido do "disco rígido".

Este é um problema da meia idade que afecta pessoas em todo o mundo.
Leiam aqui sff um excerto interessante de um artigo sobre o tema, da autoria da Prof. Cathryn Jakobson Ramin:

"One type of forgetfulness is so prevalent, not to mention demoralizing, that just about everyone over 40 complains about it. I refer to the very public cognitive failure known as blocking, or blanking, when names refuse to come to mind and words dart in and out of consciousness, hiding in dark closets just when you need them.

In his landmark book, The Seven Sins of Memory, the eminent Harvard memory expert Daniel Schacter, PhD, notes that the concept of blocking exists in at least 45 languages. The Cheyenne used an expression, Navonotootse`a, which translates “I have lost it on my tongue.” In Korean it is Hyeu kkedu-te mam-dol-da, which in English means “sparkling at the end of my tongue.”

In midlife, resolving the “tip of the tongue” dilemma grows increasingly challenging. The brain volunteers words that begin with the same letter, items that are the same color or shape, and, my favorite, words with the same number of syllables—all of which gum up the works.

Unfortunately, blocking is most common in social situations, when anxiety and distraction combine to kidnap a chunk of your already challenged working memory.


Roman aristocrats avoided the problem by always traveling with a nomenclator, an alert slave whose duty it was to supply his master with the names of acquaintances as they were encountered. In the film The Devil Wears Prada, magazine editor Miranda Priestly relies on her young assistant, Andy Sachs, to produce the names of party guests."

Reparem como os espertalhões dos romanos descobriram como resolver o assunto (meu sublinhado)!! E como essa esperteza saloia "espirrou" até aos nossos dias.

A resposta  é andar sempre acompanhado por alguém que:
a) Seja mais novo e mais "fresco".
b) Tenha algum grau de sujeição ao "esquecido". Escravo, empregado, filho ou filha...

Talvez seja por isso que eu ando quase sempre com o meu "senhorio" atrás?

Nunca tinha pensado nisso.

O melhor é o gajo não ler este Post ou ainda reclama dinheiro...

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