quinta-feira, julho 28, 2011

Reflexões sobre as Férias em ambiente de Privatizações

Estando como estão as coisas aqui na pátria tasca não sei bem se será boa ideia "meter férias" neste ano de todos os perigos...Com tudo aquilo que se lê e ouve nos MCS dá a ideia que quem meter férias, estando (como eu e muitos mais) em comissão de serviço  em Empresas do Sector Empresarial do Estado, corre mas é o risco de lhe meterem a ele (ou a ela) um par de patins em linha, daqueles super-rápidos no sempre a descer...

Os CTT serão privatizados. Não sabemos bem ainda como, nem quando. Mas serão.

Pode-se discutir se a venda será ao"kg" , perdão, às "fatias", perdão, "a metro" , ou se seria o capital do grupo CTT convertido em acções transacionáveis em bolsa , e estas depois vendidas a quem o desejar.

Do mal o menos... Já que a decisão de privatizar está tomada (diga-se já que não concordo) penso que seria muitíssimo preferível a venda em bolsa do capital, mantendo a integridade de um grupo que foi constituído (tant bien que mal, eu sei, mas mesmo assim) com uma visão de  defesa, a montante e a jusante, dos avanços dos concorrentes em muitas áreas.

E dando a possibilidade de haver um accionista de referência (o Estado) que mantivesse o controlo gestionário da actividade. Com maioria de capital ou com estatutos blindados à moda de muito Banco privado que por aí pulula sem que caia o  Carmo e a Trindade das ansiedades liberais de todas as Bruxelas.

Agora,  vender ao desbarato as "jóias da coroa" para deixar o contribuinte arcar com os prejuízos da execução obrigatória do SUC (Serviço Universal de Correios) será estratégia perigosa, boa talvez no curto prazo para atrair dinheiro, mas lesiva dos interesses nacionais a médio e a longo prazo.

Por esses motivos, e já que "alguém lá de cima" deve estar a pensar nisto tudo 24h por dia, Sábados, Domingos e Feriados, matutando de que forma há-de conciliar o inconciliável,  aconselha o Karma do pensamento contrário que existam também "outros" a fazer figas para o lado oposto e a ocupar o seu tempo exactamente de forma inversa, reflectindo como havemos de equlibrar o barco nestas ondas de crise.

O "barco postal" como actividade organizada será a mais antiga de Portugal, data de 1520.

Será que faremos, todos nós ou a maioria dos que cá estamos, a festa dos 500 anos?

Acho que sim. Acredito que sim. De certeza que sim.

Pode é ter que ser na clandestinidade...

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