No Estoril e Cascais estes meses de Julho e Agosto sempre foram um bocado ventosos. Apenas em Junho - e até em Maio - quando aconteciam aquelas noites esplendorosas que deixavam adivinhar um Santo António magnífico, era possível fazer esta vidinha tão agradável de passear pelo paredão à cata de esplanada e nela entreter os minutos até à hora da referida "deita"
A novidade parece estar em que a intensidade do raio do vento agora é maior . E, está claro, não me lembro de termos tido este ano as tais noites de Maio e Junho a pedirem gelados do Santini e passeios de mãos dadas...
Sempre que ouço a ventania a assobiar lá fora recordo um dos mitos magníficos de H.P. Lovecraft: Ithaqua -the Wind-Walker .
"Ithaqua is one of the Great Old Ones and appears as a horrifying giant with a roughly human shape and glowing red eyes. He has been reported from as far north as the Arctic to the Sub-Arctic, where Native Americans first encountered him. He is believed to prowl the Arctic waste, hunting down unwary travelers and slaying them gruesomely. He is believed to have inspired the Native American legend of the Wendigo and possibly the Yeti."
Star-Winds
It is a certain hour of twilight glooms,
Mostly in autumn, when the star-wind pours
Down hilltop streets, deserted out-of-doors,
But shewing early lamplight from snug rooms.
The dead leaves rush in strange, fantastic twists,
And chimney-smoke whirls round with alien grace,
Heeding geometries of outer space,
While Fomalhaut peers in through southward mists.
This is the hour when moonstruck poets know
What fungi sprout in Yuggoth, and what scents
And tints of flowers fill Nithon's continents,
Such as in no poor earthly garden blow.
Yet for each dream these winds to us convey,
A dozen more of ours they sweep away!
Antarktos
Deep in my dream the great bird whispered queerly
Of the black cone amid the polar waste;
Pushing above the ice-sheet lone and drearly,
By storm-crazed aeons battered and defaced.
Hither no living earth-shapes take their courses,
And only pale auroras and faint suns
Glow on that pitted rock, whose primal sources
Are guessed at dimly by the Elder Ones.
If men should glimpse it, they would merely wonder
What tricky mound of Nature's build they spied;
But the bird told of vaster parts, that under
The mile-deep ice-shroud crouch and brood and bide.
God help the dreamer whose mad visions shew
Those dead eyes set in crystal gulfs below!
Biografia por cortesia da Wiki:
Howard Phillips Lovecraft (Providence, Rhode Island, (20 de Agosto de 1890 – 15 de Março de 1937) foi um escritor norte-americano famoso pelas suas obras de fantasia e terror marcadamente gótico, enquadrados por uma estrutura semelhante à da ficção científica.
O princípio orientador literário de Lovecraft era o "cosmicismo" ou "terror cósmico", a ideia de que a vida é incompreensível à mente humana e que o universo é fundamentalmente alienígena.
No início da década de 40, Lovecraft tinha desenvolvido uma mitologia literária baseada na criação dos Cthulhu Myths (na Imagem grande que ilustra este Post), uma série de ficção vagamente interligada com um panteão de entidades anti-humanas, assim como o Necronomicon, um "grimoire", uma "anti-bíblia" fictícia de ritos mágicos e sabedoria proibida.
Os seus trabalhos foram profundamente pessimistas e cínicos, desafiando os valores iluministas do romantismo e do humanismo cristão. Os protagonistas de Lovecraft eram o oposto do tradicional, e na maior parte das vezes sucumbiam por anteverem o horror da ultima realidade e do abismo. Poucos finais felizes ali se encontram.
Durante a sua vida teve um número relativamente pequeno de leitores. No entanto sua reputação cresceu com o passar das décadas, e é agora considerado um dos escritores de terror mais influentes do século XX.
De acordo com Joyce Carol Oates, Lovecraft, como aconteceu com Edgar Allan Poe no século XIX, tem exercido "uma influência incalculável sobre sucessivas gerações de escritores de ficção de horror", Stephen King chamou a Lovecraft "o maior praticante do século XX do conto de terror clássico"
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