segunda-feira, maio 30, 2011

Almoçar com ou sem casaco...

Tenho que me entreter com qualquer coisa que me distraia  dos cuidados habituais de observador interessado da actual campanha eleitoral.

Apesar de afastado oficialmente dessas lides não consigo pôr de lado o meu interesse profissional no assunto, o que chateia, já que passo a vida a criticar e a olhar com olhos de censor...

Ainda pensei fazer outra vez a "dança das gravatas" para trazer aqui ao Blog, mas desde que vi o Tio Jerónimo com uma  gravata azul e noutro dia castanha deixei-me disso (que pensaria Lenine?)... De todas as formas sempre vos digo que a mais usada, por todos os candidatos excepto Louçã, está claro,  tem sido a gravatinha azul.

Agora dei por mim a contar as vezes que "eles" são apanhados a comer à mesa sem casaco.

A minha (e que deveria também ser a vossa) etiqueta, aconselha a que se mantenha o "albornó" em cima do "pêlo" quando se almoça ou janta com pessoas de respeito, ou muito simplesmente quando se sentam senhoras à mesa. São excepções as refeições entre amigos e amigas de muita familiaridade, as desbundas noctívagas (ou não) , as despedidas de solteiro e outras cenas dessas mais a atirar para as antigas celebrações de Baco (as bacanais).

Ora os Candidatos - Sócrates e Passos Coelho - sentam-se à mesa com camaradas ou campanheiras que não me parece que sejam assim tão "lá de casa" e vão de mangas de camisa. O Paulinho das feiras nesse aspecto parece mais recatado, mas também já o lobriguei "nuzinho" (salvo seja). O Louçã não deve ligar a essas tretas burguesas, mas reparem que o nosso Jerónimo -  espelho de todo o sentimento anti-burguês -   também tem dias em que almoça vestido (salvo seja)! Embora  neste último caso o vector primário possa ser o friozinho nos ossos, que a idade já não perdoa...

Uma Campanha  Eleitoral será uma ocasião social? Ou é trabalho? Ou outra coisa qualquer?
Tenho de perguntar à Bobone se a Ocasião faz o Ladrão, ou seja, se mudando a ocasião também muda o rito das boas-maneiras.

Não é que isso interesse muito, mas enquanto pensamos nisso não pensamos noutras coisas, bem piores.

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