Remédio, remédio, daqueles como os antibióticos? Isso não tenho...Nem sei se haverá... Talvez esteja escondido nos cofres do BPN...
(Tás Parvo ou fazes-te? Pôrra que agora não se pode falar nisso!! Adiante antes que o Homem tome posse ...Outra vez...)
Pronto, nos cofres do BPP.
Mas tenho um placebo, uma distracção que nos pode fazer esquecer um pouco a tristeza que nos veio aos olhos ( a muitos, mesmo a muitos portugueses) quando viram pela primeira vez o Boletim dos Vencimentos de Janeiro.
Também não se trata de "Dar de beber à Dor" , estratégia antiga , bastas vezes seguida nos tempos idos e grande inimiga das entranhas próprias e das faces alheias (da mulher e dos filhos).
Comer até rebentar tem os seus defensores nestas alturas complicadas. Gente que inventou a "comida de conforto", os guisadinhos apurados, os empadões apetitosos, o chocolate quente antes de deitar com umas fatiazinhas de Pão de Ló com queijo da serra, os arrozes carolinos das nossas avós, bem tostados no forno com o "marreco" cadáver divinamente assado a deixar-lhes cair por cima os seus sucos vitais, a açorda de sável com as ovas do dito, a lampreiazinha rescendente, o Cabrito das nossas escarpas, bem assado e acolitado...
(Tenho que parar porque já molhei o PC com saliva e ainda só são 7 e tal da manhã e hoje é um dia complicado para mim...)
Mas então, se não se trata de beber, nem de comer o que é que este gajo nos vai aconselhar? Umas Ganzas? Uns fumos na planta sagrada?
Também não Amigos Leitores!
(Interrompo aqui para dizer que foi uma grande maldade terem extripado dos jardins do meu ISCTE uma dessas plantinhas - a bem dizer já parecia mais uma carvalha - que ali se encontrava há mais de 15 anos plantada, uma pessoa de família quase! Exageros e abusos da Autoridade que não sabe reconhecer uma piada e invejas dos bufos da direita que nunca foram convidados para o "convívio" da Associação Académica!)
O que lhes recomendo é que ...Leiam! Leiam Muito e Leiam bem.
Pela leitura partimos deste mundo irreal e cinzento e vamos ao encontro de outras paragens.
Há tanta coisa que merece a pena ler que até me arrepio de dar aqui umas dicas... Mas aqui vao 6 ou 7, para nos disporem bem:
Decameron (Bocaccio); Twelfth Night (Shakespeare); D. Quixote (Cervantes); O Avarento (Moliére); O Fidalgo Aprendiz (D. Francisco Manuel de Melo); Manifesto Anti-Dantas (Almada); Um Amor Feliz (David Mourão-Ferreira).
E vejam como gozam!!
Nota: mesmo assim e não obstante tudo o que ficou dito, convêm terem o estômagozinho confortado antes de se porem a ler... Nem que seja com uma bucha e um fanico de queijo...
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Um comentário:
Excelente conselho: ler. Ainda por cima, pode-se ler à borla. Basta ums inscrição (gratuita, saliente-se) na biblioteca municipal da área de residência. Não sei como é noutras localidades, mas eu, por exemplo, inscrevi-me recentemente numa das bibliotecas municipais de Lisboa. Tenho acesso a todas as bibliotecas municipais da cidade, posso requisitar livros numa e entregá-los noutra, posso pedir numa um livro existente noutra e ir lá buscá-lo passados alguns dias, o catálogo online funciona bem, o atendimento é competente e simpático, enfim, uma maravilha! A sério! Há coisas que ainda funcionam neste país!
Inscrevi-me na biblioteca porque queria ler os policiais de Andrea Camilleri, um autor siciliano, que criou a persoanagem Salvo Montalbano, comissário de polícia na imaginária cidade de Vigàta, província de Montelusa, que não é mais que a terra natal do escritor, Porto Empedocle, província de Agrigento, Sicília. O nome do "colega" Montalbano é uma homenagem a Manuel Vasquèz Montalbán, de quem Camilleri era admirador e amigo. Montalbano, para fazer jus ao homenageado, é também gastrónomo, com uma particular predilecção por pratos de peixe típicos da Sicília. E da leitura das aventuras de Montalbano, muita coisa se aprende sobre a gastronomia siciliana. E não, não se come só pasta e pizza.
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