A Tróia fomos ontem. Não à cidade branca cantada pelo Poeta cego há 3000 anos , a de Aquiles e Heitor, mas sim à península de Tróia, antes local infecto de má construção e pato-bravice. Hoje - e por muito que custe a alguns - recuperada pela mão do Engenheiro do Norte, Carago!
Íamos na busca do Chefe Alexandre, aluno de Aimé Barroyer, na expectativa que nos pudesse ajudar a produzir a interpretação canónica (tradicional) das Receitas de Bacalhau que vamos incluir no próximo Livro "A Epopeia dos Bacalhoeiros" de Álvaro Garrido e David Lopes Ramos.
O Chefe Alexandre lidera neste momento a cozinha do Hotel AquaLuz, cujo Restaurante Azimute é lugar aprazível aberto a uma piscina grandiloquente, de espaços largos e brancos, decorado simplesmente à la mode japonesa: pouca coisa nas paredes e chão e a pouca que existe, discreta.
De todas as formas, apetrechos de 1ª qualidade na mesa (copos, talheres e toalha).
Sem poder referir preços do almoçinho, simpaticamente oferecido pelo Alexandre, sempre posso ir dando conta do que se provou. Dos Vinhos brancos que bebemos posso afirmar que estavam na carta pelos 15 a 20 euros, o que é perfeitamente correcto.
Entradas: Bacalhau desfiado com alho e azeite; Alheira de Mirandela torrada e fatiada fina; Langueirão frito em alho.
Tudo muito bom. O langueirão, que tinha chegado há momentos não pôde "descansar" o suficiente na água com sal e por isso vinha um pouquinho areado.
Peixe - Massada de Cherne com camarão.
Também de grande categoria. com o molho apurado sem ser demasiado "puxado" a colorau (como às vezes nos aparece). Tão fresco era o cherne ( rijíssimo) que nem o sal entrou nele.
Carne - Açorda com plumas e secretos de porco preto.
Sem querer desmerecer nas carnes bem fritas no "pingo" da banha, tenho que dizer que a açorda (na sua aparência mais ribatejana) estava divinal, incorporando para além do inevitável alho a massa de pimentão.
Sobremesa - Pêssegos macerados em vinho com Gelado de canela (feito pela esposa do Chef Bertílio Gomes, soubemos mais tarde...). Estava excelente.
Bebeu-se Branco Catarina (bom sem encantar, em homenagem ao local). Branco Luis Pato Vinhas Velhas de 2007 (Simplesmente Soberbo!!) e um Tinto que Mestre David tinha trazido consigo, um Douro do Engº Agrellos, da sua Quinta de Vale do Tua. Muitíssimo bom para um vinho que não será a "Jóia da Coroa" deste discreto Enólogo, grande senhor do Douro, entre outras coisas responsável pelos vinhos da Casa Noval ( o Noval Nacional, estão a ver??!!).
Conselho do Blogger: Embora nesta altura do ano o Chefe Alexandre tenha de "dançar consoante a música" e a música de Verão em restaurante de Hotel familiar é quase sempre Buffet (para as famílias), não deixem de visitar este Restaurante e este Hotel. Para além da qualidade ser garantida, sempre têm ocasião de ver Tróia, a sua Praia imensa e o mais que o Engº Belmiro por lá fez de bem. E que foi muito.
Contactos: http://www.aqualuz.com/Hotel-23.aspx
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