quinta-feira, novembro 22, 2012

Pessimismo ou Otimismo são inatos?

O psiquiatra de serviço nas manhãs da TSF dizia, com graça, que existiam dois tipos de pessoas:
 - Os que eram "Pré-divorciados" , os quais  mesmo no melhor dos mundos conjugais andavam sempre a queixar-se e a fungar pelos cantos, convencidos da sua infelicidade.
- E os "Apaixonados" , que mesmo que vissem a mulher ou o marido na cama com outro (a) achariam que estavam mas era a ver mal e marcavam consulta no oftalmologista...

Na bissectriz entre as duas atitudes, entre o "8" e o "80"  estaria a "normalidade" desejável e desejada.

Começo o Post desta forma porque me apercebi que estou a mudar o meu comportamento em relação a essas coisas.

Sempre fui otimista por natureza, tentando encontrar em todas as situações  a face mais positiva. Neste momento, e sem dúvida que "massacrado" pelo aperto de cinto que todos estamos a sofrer, sinto cada vez mais dificuldade em encarar o mundo de forma tão "sorridente" e "descuidada".

Já nem falo nas vezes em que tenho de controlar a carteira, (mal) habituada a outras andanças, pois estou convencido que essa "reeducação" é mal necessário e comum a todos nós.

O pior é mesmo a ausência de sentido de futuro que resulta de ver e ouvir os principais atores nesta tragédia em que Portugal faz de palco.

Desde o 1º Ministro até ao Ministro das Finanças, passando pelo Sr. Abebe Selassie, Chefe de missão da Troika e representante do FMI em Portugal.

Este, na sua entrevista de fundo aos dois "Notícias" , levanta-se contra ainda mais aumentos de impostos, mas aconselha: "chegou o tempo dos cortes nos sistemas sociais. A opção do Governo deve ser cortar na despesa e debater a fundo o que fazer na saúde, na educação pública e nos apoios sociais."Vejam aqui sff:

À primeira vista o Sr. Selassie começa bem - Mais Impostos não!

Mas analisemos melhor:

1) Considerando o balde de trampa que nos vai cair em cima da cabeça com base no orçamento de 2013 , ao nível do IRS, como seria ainda possível cobrar mais impostos neste país?

Acabava por se gastar mais dinheiro na manutenção de uma Polícia que controlasse os contribuintes não pagantes... E se se instituisse a prisão por dívidas (à moda do tempo do Sr. Charles Dickens) não haveria em Portugal prisões que chegassem para os faltosos...

Ora a 1ª regra do dono dos escravos - mesmo lá para o Alabama de 1860 -  era não matar o "investimento" antes deste render o que se esperava!

2) Agora, no eufemismo das palavras "cortar nas despesas sociais" , o que deveremos efetivamente ler?

Bem falou o "velho do Restelo" encartado, Medina Carreira:  Só faz sentido ir cortar nas verbas maiores - Pensões de Reforma e Ordenados de Funcionários Públicos. Por muito que se corte na Saúde e na Educação, são quantias relativamente mais reduzidas do que o resto. Atuando apenas nessas vertentes não é possível arranjar os 4 mil milhões que são necessários.

Não se esqueçam que  Abebe Selassie, chefe da missão do Fundo Monetário Internacional (FMI), considera que Portugal tem um sistema de pensões “muito generoso”.

Quem acha que temos motivos para Otimismos?  Ninguém?

A não ser aquele "artista" que ainda acha  que vai ver  o Benfica  ganhar a Champions, mais o Campeonato Nacional, calhando a Bota de Ouro ao Sálvio e a Bola de Ouro ao Lima!

E tudo isto no mesmo ano!!

É capaz de ser pouco provável. Digo eu que já não sei nada...

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