Claro que já acontecia nas férias, mas agora com a "santa" cá em casa é ainda mais complicado.
Faz-se o que se pode, e dou comigo a pensar que se esta chatice que agora desabou sobre nós durar muito - e vai durar, disso não há a menor dúvida - há que encontrar uma rotina que não nos faça perder qualidade de vida, equilibrando os necessários cuidados com a doente e alguma alegria de viver para todos.
Neste momento a rotina teima em não se deixar instalar. Ainda é cedo demais. Os medos são muitos e a ansiedade que alguma coisa de mal possa acontecer - o receio de alguma queda por exemplo - é alta.
Quer eu quer o senhorio não saímos de casa a não ser para o essencial, para comprar pão e as outras "mércolas", e estamos sempre com o olho no burro e o outro no cigano (salvo seja), pois a Senhora, como está medicada e não sente dores, está cada vez mais "soltinha" e perigosa...
Vingo-me a cozinhar. Por acaso distraio-me com isso e é o que vale para amenizar as horas que custam a passar... O Senhorio ainda está ocupado com a Tese, mas eu, se não fossem os fogões, havia de me aborrecer de morte.
E por isso concluo: E se esta vida que agora levo fosse em parte a antevisão da reforma?...Que grande maçada!!
Ir do sofá da sala para a cadeira da mesa do almoço? Saber de cor a que horas dão os programas favoritos na TV? Esperar pelas 15h para começar a receber as chatas das visitas (as vizinhas e amigas não largam...). Olha que Pôrra!
Antes dedicar-me ao golfe !! Pelo menos andava agarrado a maior parte do tempo (ao pau) e ainda dizem que de vez em quando costuma haver uns beneméritos que abastecem um certo "buraco" com umas garrafitas do escocês... Isso é que era!!
Tás a ouvir Luiz?
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