Equipas na máxima força e bem posicionadas tacticamente. A Nobreza, capitaneada por PC (Passos Coelho) era favorita. Não só tinha ganho o campeonato passado como o seu guru, MRS, bem avisado pelos astros , tinha já dado a entender na sua tribuna da TVI que "este já está no papo. Venha o próximo!".
Começou bem a Nobreza, atacando pelos flancos. Poderia ter marcado logo de início se não fosse um fora de jogo (mal assinalado) a Relvas. O senhor árbitro, o Cónego PP, começava mal.
O Povo defendia-se como podia, exibindo pertinácia e acutilância na zona média, marcando em cima Paula Teixeira da Cunha e não dando espaços ao grande malabarista da equipa adversária - Miguel Relvas.
Assistiu-se seguidamente a um período de mau futebol, aqui e ali interrompido por alguns momentos de frisson, mas não justificando o preço do bilhete. A 1ª parte conclui-se com algumas faltas assinaladas pelo Cónego PP a meio do terreno, castigando entradas duras do médio defensivo poveiro Louçã, o qual ( e bem) foi admoestado com o amarelo da ordem.
Na reentrada o Povo espevitou. Apesar da veterania Jerónimo de Sousa mostrou-se no lado esquerdo da defesa. Foi uma autêntica muralha de aço! Notava-se a indefinição do meio campo do Povo, ainda à espera de um número "10", um lider natural para dentro do terreno depois do abandono esperado do capitão - Sócrates - irradiado por mau comportamento na época anterior.
A árbitra auxiliar do lado direito -Reverenda Madre Assunção Cristas - várias vezes apanhou em offside posicional Francisco Assis, o qual tanto protestou (algumas vezes com razão) que acabou por ser também admoestado pelo Cónego.
Nesta altura, a 25 minutos do fim, o guardião Fernando Nobre sofre um golo pela primeira vez, saindo mal a um cruzamento milimétrico de Ana Drago para a cabeça de Bernardino Soares. Bernardino, como sabemos, tem uma cabeçada que já levou ao desespero muitos adversários. Lembramos aqui Manuel Pinho, vermelho directo na época anterior por ofensas a Bernardino.
Nesta altura o Treinador da Nobreza - PR - já roía algumas unhas lá em Belém. Via-se que a vontade dele era lá ir para dentro ensinar como se joga. Passos Coelho tenta tudo, esforça-se ao máximo pelo centro direita, ganha o esférico no confronto com Assis, escapa-se a Sérgio Sousa Pinto e a Ferro Rorigues , mas na altura do remate, frente à baliza, choca com ...Mota Amaral! Os dois jogadores não se viram mutuamente, perdendo-se desta forma a melhor jogada do desafio.
Nesta altura do encontro a experiência e traquejo do keeper poveiro veio ao de cima, com algumas paradas de gabarito, a fazer jus ao seu nome - TóZé Seguro.
Já no final do encontro o Povo aproveita bem um falhanço (mais um) da defensiva da Nobreza. Fernando Nobre erra ao colocar a bola em jogo perto de mais, Luis Montenegro atrapalha-se com Mota Amaral (outra vez?), mas a perda de uns é o ganho de outros! Aproveita bem o ensejo Maria de Belém que facilmente passa por baixo das pernas de Paulo Mota Pinto, ripa na rapaqueca e faz golo!
De novo Fernando Nobre pareceu mal batido...
Passos Coelho abandona o relvado sem dar entrevistas, mas não se livrou dos apupos dos torcedores e de alguns gestos menos próprios... Ao contrário de Mota Amaral e de Guilherme Silva, aparentemente pouco abatidos com o resultado.
O Cónego Paulo Portas sorria abertamente no final do encontro, contente consigo próprio e com a actuação da equipa de arbitragem.
Hoje às 16h haverá a desforra, mas a equipa da Nobreza já avisou que mudará o guarda-redes... O de ontem não parece que tenha perfil para futebóis destes. Deve regressar ao brinca na areia e ao futebol de praia.
Um comentário:
Bom relato. Não vi o "jogo".
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