terça-feira, março 15, 2011

O Pote do Marquês (de Pombal)

Na Sexta feira, 11 de Março, parti alegremente para Pombal para fazer uma apresentação na Câmara Municipal sobre a Emissão que dedicámos aos 200 Anos das Guerras Peninsulares.

Era Orador principal o Coronel Américo Guimarães Fernandes Henriques, Professor de História da Academia Militar e perito nas Guerras Peninsulares. Tem  de se ver e ouvir o Sr Coronel a falar para terem uma ideia da presença e da erudição...

Mas vamos ao que - nesta altura - nos interessa:

Já todos os meus leitores mais ou menos sabem que naquela zona de Pombal existe como grande ponto de encontro gastronómico e enológico o "Manjar do Marquês", onde vamos sempre com vontade e de onde saímos já com saudades de lá regressar, . mas desta vez,  e por influência "presidencial" , foi outro o nosso poiso.

De facto o  Sr Presidente da Câmara de Pombal teve a amabilidade de nos oferecer de jantar nessa noite chuvosa, e por iniciativa dele rumámos ao

Restaurante "O Pote"
Estrada do Louriçal, nº 66
Alto da Granja
3100-899 POMBAL
Telefone - 236 217 639

Fica  a cerca de 5 minutos do centro de Pombal, na zona do Alto da Granja, onde se encontram várias indústrias. Perguntem quando chegarem a Pombal,  porque eu fui de noite e "conduzido"...

O "Pote" é gerido pelo Sr Sílvio Ramos, antigo empregado do "Manjar" - bom augúrio -  um de 11 irmãos mais ou menos todos ligados à actividade gastronómica, sendo que  um deles fez carreira como criador e assador de leitões, lá na sua quinta.

Nesta ocasião a refeição foi quase toda ela construída em volta do leitão: Chouriço de Leitão assado na brasa, Empadas de Leitão, Feijoada de Leitão, Pastéis de Leitão (como os de bacalhau), Leitão Assado à moda da Bairrada. Para desenjioar de tanta "leitoice" , um Bacalhau Assado à Lagareiro.





















O Pão (quente, a sair dos fornos) era uma maravilha. Quanto ao vinho proposto na mesa - o medíocre "frisante da Mealhada" só o pudémos exorcisar para que rapidamente desse lugar às coisas boas.... Parecia Ginger Ale. Mas disto não terá o Restaurador culpa, mas sim os Clientes que se habituaram a beber "daquilo"...

Tudo o que comi estava muito bem feito, embora, para o meu gosto, tenha achado o "pastel de Leitão" - imitação feita com lombo de leitão desfiado do verdadeiro pastel de bacalhau -  um pouco enjoativo e o Leitão Assado à Moda da Bairrada a carecer de um pouco mais de molho de sal e pimenta preta.

Todavia, em termos de assadura nada a dizer, ombreia com os melhores da Mealhada. Ao nível do famoso Victor ou da Meta (mas aqui os vinhos são de estalo!). De notar que para cortar a gordura natural do "porco infante" (Zé Quitério dixit)  servem à mesa ananás assado no espeto, à fatia, variando assim das singelas e bem apetecíveis rodelas de laranja comuns na Mealhada.

A sobremesa (já engulida a correr por causa das horas e do Sr Governador Civil já estar à nossa espera) foi a Tarte de Maçã da casa, também ela acabada de sair do forno e muito boa por sinal.

Conclusão: ficámos de olho aberto e de ouvido atento, mas não foi possível saber preços desta refeição...Se tivesse que me deitar a adivinhar sugeriria talvez 20 a 25 euros por cabeça... mas veio muita comida para a mesa  e de muitas variedades. Acho que esta casa "O Pote" merece uma visita mais calma  e sem a companhia "intimidatória" do  Autarca-Mor, a quem qualquer Hoteleiro e Restaurador só não bajula se não puder... As primeiras indicações foram positivas. Há mão de Forno e de Tacho.

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