A ASAE não proibe que se sirva nos restaurantes o bacalhau demolhado "em casa"...O que já não é permitido é congelar bacalhau previamente demolhado no próprio restaurante. Explico melhor:
Na Lista está um prato de bacalhau (ou mais ) marcados para certo dia da semana, por exemplo na Segunda feira ou na Sexta feira, dias emblemáticos para o bacalhau.
O dono do Restaurante pode preparar tudo à antiga para dar bom bacalhau aos Clientes nesse dia. Mas tem de vender naquele dia (ou no dia seguinte) o bacalhau todo que demolhou...
Por outro lado, se um Cliente chegar e pedir um prato de bacalhau em dia onde o bacalhau não esteja marcado em carta , forçoso será o proprietário recorrer ao bacalhau processado e congelado em fábrica, de alguma das muitas marcas que existem...
Na Lista está um prato de bacalhau (ou mais ) marcados para certo dia da semana, por exemplo na Segunda feira ou na Sexta feira, dias emblemáticos para o bacalhau.
O dono do Restaurante pode preparar tudo à antiga para dar bom bacalhau aos Clientes nesse dia. Mas tem de vender naquele dia (ou no dia seguinte) o bacalhau todo que demolhou...
Por outro lado, se um Cliente chegar e pedir um prato de bacalhau em dia onde o bacalhau não esteja marcado em carta , forçoso será o proprietário recorrer ao bacalhau processado e congelado em fábrica, de alguma das muitas marcas que existem...
Por esse motivo e para não terem chatices com as fiscalizações, muitos restauradores deixaram de fazer a sua própria demolha... Compram do fiel amigo processado em fábrica e já está a andar...
Que saudades do velhinho Restaurante Casais, mesmo ao pé do Jardim de S. Lázaro, às Belas Artes da Cidade do Porto, onde o bacalhau grossíssimo era conservado em centeio para assegurar uma seca ideal e depois demolhado dentro de uma rede, debaixo de uma torneira permanentemente a escorrer para umas tinas de mármore...
3 comentários:
Bom dia
Eu considero que a ASAE faz aquilo que deve: cumpre a lei, o que não significa que, por vezes, não se exceda e seja mais papista do que o Papa.
Para mim, o pecado original está na legislação que, como veio recentemente no Expresso, é, em geral, mal feita e consome-nos milhões.
Caro Amigo Raúl
Como trabalho no ramo queria só fazer um pequeno reparo, é que a ASAE apenas faz cumprir aquilo que a legislação obriga, em meu entender a culpa dos excessos em Portugal estão ligados aos senhores(as) que fazem a transposição das directivas europeias, que na maioria dos casos concedem aos países a possibilidade de adaptar as directivas às especificidades locais mas estes senhores(as) que na maioria dos casos desconhecem a realidade e as especificidades da nossa riqueza gastronómica cometem verdadeiros atentados, legislando tendo por base apenas os seus conhecimentos ao nível da nutrição, veterinária e higiene que nunca tiveram por base a realidade prática de quem todos os dias tem de confeccionar as iguarias que todos gostamos. A realidade é que a restauração em Portugal (muito por "culpa" da ASAE) está neste momento no que concerne à higiene e segurança alimentar em 1º lugar na Europa facto reconhecido pelas associações internacionais do sector, assim em meu entender o que deveria ser tornado público é quem são os iluminados que transformão directivas em lei sem atenderem às especificidades de um elemento riquissímo da nossa cultrura, se a gasstronomia foi elevada a Património Nacional à que a proteger e é responsabilidade de todos e em especial de quem tem a tutela sobre a mesma assim como todos aqueles que directa ou indirectamente dela se servem e são servidos.
Um abraço
Paulo Mendonça
É um atentado à pobreza os milhões de kilos de alimentos 100% ótimos p consumir que vão p destruir, com tanta gente a morrer à fome por esse mundo fora. Bando de corruptos esses passam em tudo e ninguém quer saber
Postar um comentário