sexta-feira, janeiro 01, 2010

2010 - O Ano da República

Comemorar o centenário da República é digno, importante e também pedagógico. De todos os acontecimentos fracturantes da nossa História de quase 900 anos contam-se pelos dedos os que tiveram assim tanta importância na vida da Nação: O nascimento de Portugal,  a crise de 1383, as Descobertas , a Restauração de 1640, a implantação da República, o 28 de Maio e o 25 Abril.  Podíamos, mais modernamente, também incluir a integração na UE e a adopção do Euro... Não sei se assim de repente me faltou algum, mas para quem não é especialista penso que está mais ou menos bem ...

A 1ª República não foi  um mar de rosas para quem vivia no rectângulo, Teve muitos problemas, tantos que mais tarde "gerou" o Estado Novo em reacção aos 16 anos de bagunça governativa e de degradação económica.  Mas a sua ocorrência teve o condão de despertar o País para as boas práticas civilizacionais: a maior participação das pessoas na vida pública, o saneamento básico e a escolaridade, a abertura do mundo das decisões políticas e económicas às mulheres (embora muito lentamente),

O voto, tal como existe hoje, é a pedra basilar de qualquer sistema político democrático e, na prática, é a pedra de toque em relação à qual avaliamos a qualidade civilizacional dos povos e das nações.

Bem sei que também é fruto da Democracia e da República, a Demagogia que criou os "Albertos Joões" deste mundo... Mas será esse um preço relativamente barato que temos de pagar pela livre expressão das opiniões e pela liberdade do pensamento e das acções.

Por estes motivos saúdo 2010 com um sentido e "tonitruante"

VIVA A REPÚBLICA!

Um comentário:

Anônimo disse...

Tal como o autor não sou especialista em história, creio que mais do que o concordar-se com o sistema político resultante do movimento originado no 5 Outubro de 1910, é inquestionável que este introduziu e trouxe à sociedade portuguesa um novo despertar de consciência, princípios e valores, não obstante não exclusivos da republica, encontravam-se adormecidos e muito possivelmente esquecidos e desconhecidos de uma grande parte da sociedade.