sexta-feira, janeiro 08, 2010

A História das Etiquetas FRAMA

Um dos nossos leitores pede-me para falar um pouco sobre a história das etiquetas de franquia automáticas designadas por FRAMA.

Tenho sempre receio fundado que, sobre estas matérias, saibam os estudiosos do tema que me lêem muito mais do que eu, que apenas as comprava, armazenava e vendia.

Do que me lembro,  estas etiquetas apareceram no início dos anos 80 (1984? pelo menos em 84 foram "oficializadas" pela UPU) e foram utilizadas em Portugal e no resto da Europa até ao aparecimento das substitutas que ainda hoje existem.

Consistiam num rolo de papel branco (provavelmente fotosensível, mas isso não garanto, só me recordo que a impressão costumava "borrar" um pouco) que era distribuído pelas Estações de Correio que tinham as competentes máquinas Frama nos átrios públicos. Estas máquinas, orientadas por um computador interno de tecnologia muito básica, depois cortavam o rolo em pedaços de papel impressos com a franquia, quando assim solicitadas pela acção de um Cliente, que tinha de lhes enfiar moedas pelas "goelas" até atingir o valor de franquia requerido. A tecnologia era semelhante à das primeiras máquinas de bilhetes de comboio automáticas embora o fabricante destas últimas fosse a Pitney Bowes e não a FRAMA..

 Recordo-me que a tinta de impressão era vermelha, tinha tendência para "borrar" e que - no início da actividade -  tínhamos destas máquinas nos Restauradores, no Município, em Coimbra e em Faro. Depois, lá para 86 (?) na estação Principal do Funchal (Zarco) e em Ponta Delgada.

A sua retirada das nossas estações deve-se ter dado uma década depois, logo em 1990 ou por aí, para dar lugar às novas ATM's.

E pronto, sem ir aos arquivos, assim de cor, é o que me lembro sobre este capítulo da história das franquias automáticas na rede postal .

O Fabricante ainda existe ( na Suiça é a empresa mãe, mas hoje está espalhada desde a África do Sul até à Austrália) e aqui vai o endereço para quem queira saber mais:

http://www.frama.de/

3 comentários:

Francisco disse...

Caro Doutor Moreira.
Obrigado pelo esforço demonstrado.

Francisco dos Santos

Anônimo disse...

Boa tarde.

Apesar de não estar relacionado com as "Frama", gostava de deixar aqui algumas notas e, se puder ser, obter a sua opinião sobre as ideias que aqui deixo.

Ainda não vi referências nenhumas à emissão, em 2010 de selos relativos a:
- Centenário do nascimento de Madre Teresa de Calcutá.
- Centenário do nascimento do Comandante Jacques-Yves Cousteau.
Serão emitidos alguns selos? Basta um selo para cada um. Lembremo-nos que o Darwin recebeu 6 selos, 1 bloco e um corporativo...

As consecutivas emissões de "Vultos da História e da Cultura" deviam ser graficamente idênticas, na minha opinião. No final de vários anos seria uma série nacional espectacular com todos os grandes vultos da nossa história. Assim, embora os tenhamos todos, constituem séries graficamente díspares, logo, não se podem "juntar" numa só global.

Apesar de perceber a razão de tantas séries relativas aos 100 anos da República, acho que a melhor de todas seria aquela que tivesse TODOS os Presidentes da República nestes 100 anos. Série grande, bonita, histórica. Todos os selos com o mesmo valor facial (não vamos valorizar uns presidentes mais que outros) e esqueçam os blocos que isso é pouco prático para colarmos nos envelopes (e excessivamente caros).

Depois disto tudo, 4 séries com TODOS os reis de Portugal (eles também merecem). Seria uma série por dinastia. Novamente, colecção grande, bonita, histórica, com todos os selos com o mesmo valor facial (não vamos valorizar uns reis mais que outros) e esqueciamos os blocos.

E estas séries dos Presidentes e dos Reis serviriam para pelo menos 2 livros a emitir pelos CTT!

Cumprimentos,
Mário Costa

Anônimo disse...

Não cabe aos CTT indicar informação sobre as suas emissões?
Porque será que no site dos CTT não encontramos qualquer informação e encontramos aqui?