segunda-feira, abril 27, 2009

Conhecem a Residencial Borges? Ai não? Então façam as malas sff



Tenho o privilégio de trabalhar numa Empresa onde nunca estou sózinho, vá para qual seja o local mais recôndito deste nosso Portugal. Em qualquer pequeno Concelho temos sempre uma estação de correios e, lá dentro, homens e mulheres conhecedores da sua Terra, e desejosos de connosco compartilhar esse conhecimento.

25 de Abril de 2009

Almoço a conselho do nosso Chefe de Estação de Baião numa Residencial local:

Residencial Borges
Rua de Camões
Campelo
4640-147 - Baião
Tlf. 255541322
Fax. 255540178


Não se iludam pelo facto de estarmos numa Pensão Residencial de três estrelas!! A Sala de Refeições é de grande gabarito, tanto em apresentação como na qualidade das "roupagens" das mesas. E o serviço - se bem que um pouco "à pele" quando a sala está cheia (como era o caso) - é esforçado, conhecedor e muito simpático.

O que se come aqui na "Borges" é limitado, tem tudo a ver com a culinária local, e é de uma qualidade extrema em termos de matérias primas e de confecção.

Entradas: Alheiras; carne de vinha d'alhos; presunto curado localmente
Pratos de Peixe: Bacalhau assado com natata a murro; bacalhau à moda da casa
Pratos de Carne: Anho assado com arroz de forno; cozido à portuguesa; vitela arouquesa assada
Sobremesas: Pêras com vinho tinto; gelado com frutos silvestres; doce da casa.

Comeram-se as entradas (magníficas!) e depois passou-se pela vergonha de pedir Cozido à Portuguesa e Anho Assado no Forno para testar ambos e estavam de se lhes tirar não um, mas vários chapéus!

Embora o nosso Chefe (da Estação!!) ainda tenho sugerido para sobremesa "umas lasquinhas desta vitela arouquesa aqui mesmo criada!" pediram-se mas foi os cafés e só nos dava vontade de fazer os 7 ou 8 Km a pé até ao cemitério onde repousa Soeiro Pereira Gomes para desmoer o almoçinho do 25 de Abril...

Os enchidos do cozido eram todos caseiros, o anho era criado ali mesmo, a forma de fazer apenas tinha o cuidado - que penhoradamente se agradece - de não disfarçar os sabores e texturas naturais. E o resto foi como relatei.

Quanto a vinhos, há que referir primeiro que Baião se encontra numa zona de transição entre o Verde e o Douro. Tal pecularidade dá aos seus vinhos regionais um travo de novidade e de encanto. Bebemos as canecas de branco\verde local (de litro) a uns módicos 4€ cada uma... E pedimos um Verde Tinto de marca (Quinta do Outeiro de Baixo) que nos foi proposto a 7,5€ cada garrafita!

Quatro indivíduos, a comer o que disse e a beber o que referi, com 4 cafés, pagaram tanto como...70 euritos por este almoço da Liberdade 35 anos depois.

Isto prova que - neste nosso País e apesar da Crise - ainda é possível fazer muito bem comida e vendê-la a preços normais.

De que estão à espera? Toca a marchar para Baião!!

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