Esta matéria tem sido tratada por quem sabe muito mais do que eu, na Revista de Vinhos e noutros lados, pelo João Paulo Martins (por exemplo). Mas não custa aqui deixar a minha achega.
Do meu ponto de vista os grandes vinhos brancos do Inverno devem aquecer o corpo e o espírito (e com o frio que está ainda com mais razão).
Primeiro que tudo têm de ser servidos à temperatura ideal, que nunca deverá baixar dos 10 graus. E depois, devem ser encorpados, estagiados em madeira, com grau álcoolico que baste, de preferência com alguma complexidade e a acidez suficiente para , juntamente com a mineralidade, equilibrar o álcool.
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Algumas dicas para estes grandes brancos incluem o Primus da Quinta da Pelada, O Vinha do Contador (de Santar), o Pera Manca e o Esporão , e ainda alguns Bairrada, com o Vinha Formal de Luis Pato e o Quinta das Bágeiras Reserva a saltarem para a memória.
E devo dizer que os grandes Alvarinhos de Anselmo Mendes (Curtimenta) ou o Soalheiro Primeiras Vinhas também resolvem bem esta aparente contradição de beber algo fresco no meio da invernia.
Um consolo para um final de manhã a roçar os 5º será uma terrina de boa sopa de peixe à moda de Sesimbra, aromatizada com as ervas tradicionais, e acompanhada por um destes grandes brancos, servido a 10º ou 11º.
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