Todos gostámos que o CR7 fosse vencedor da noite de ontem.
Isso não está em causa e até eu (benfiquista que ainda se lembra do "dedinho no ar" do atleta no estádio da Luz) fiquei satisfeiro.
Agora, gastar cerca de 7 horas de emissão em três canais, durante toda a tarde de ontem, apenas com esta notícia? Melhor dito, ainda nem era "a" notícia da Bola de Ouro, apenas a "preparação" do mesmo acto??!!
Só eu é que penso que foi demais? Terá o futebol assim tanta importância nesta terra que cala tudo o resto? E isso transforma-nos em quê?
"Saloios" da redondinha? "Drogados" da relva? "Provincianos" dos estádios?
É de meter medo a quem reflectir sobre o que andámos a fazer todos estes anos. A evolução da cena salazarista dos 3 "F's" (Fado, Futebol e Fátima) foi pouca ou nenhuma...
E, vá lá , vá lá, que em 1963 não havia a "Casa dos Segredos" e outras enxovias parecidas. Talvez até nem fossem permitidas, por causa da piscina. O "Botas" era retrógrado em tudo excepto na recomendação do vinho à refeição... Nesse aspecto estava adiantado.
O grande Millôr Fernandes, parafraseando Hegel na Crítica da Filosofia do Direito ("Die Religion ... Sie ist das Opium des Volkes") escreveu: "O Futebol é o ópio do Povo e o Narcotráfico dos Media"
E estava certo.
Gosto de futebol como gosto de bom cinema ou de livros que admiro. Mas cada macaco no seu galho pôrra!
Se calhar sou eu que estou a exagerar... Ou não.
Pode ser das alergias que não me largam este ano. Atchim!!!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário