sexta-feira, outubro 31, 2014

Para Descansar a Vista...

Neste dia que antecede a noite das bruxas manda a prudência que o humilde mortal tente passar tão despercebido quanto possível.

Daí que eu tenha sempre achado estranho ser exactamente nesta noite que os anglo-saxónicos se transvestem de tudo quanto é maléfico e vêm para a rua fazer uma grande palhaçada. Talvez porque rir é o melhor remédio, e quem canta seus males espanta...

Em tudo o que tenha a ver com maus olhados, almas do outro mundo, feitiços e quebrantos, vampiros e zombies - nos quais não acredito, mas que os há, isso há !  - costumo usar o conhecido aforismo shakesperiano "A Desconfiança é o farol que orienta o Prudente".
Se desconfiamos é de bazar imediatamente. Seja de algum automóvel com fuga de óleo no motor, ou de casa velha onde já morreram 3 ou 4 anteriores locatários.

Em memória das Bruxas venha então daí um Poema do Amigo Edgar Allan Poe, que como sabem era um bocado virado para estas coisas do Oculto:

       The Valley of Unrest

       Once it smiled a silent dell
       Where the people did not dwell;
       They had gone unto the wars,
       Trusting to the mild-eyed stars,
       Nightly, from their azure towers,
       To
keep watch above the flowers,
       In the midst of which all day
       The red sunlight lazily lay.


       Now each visitor shall confess
       The sad valley's restlessness.
       Nothing there is motionless
       Nothing save the airs that brood
       Over the magic solitude.


       Ah, by no wind are stirred those trees
       That palpitate like the chill seas
       Around the misty Hebrides!


       Ah, by no wind those clouds are driven
       That rustle through the unquiet Heaven
       Uneasily, from morn till even,
       Over the violets there that lie
       In myriad types of the human eye
       Over the lilies there that wave
       And weep above a nameless grave!


       They wave:- from out their fragrant tops
       Eternal dews come down in drops.
       They weep:- from off their delicate stems
       Perennial tears descend in gems.

Edgar Allan Poe

Nenhum comentário: