Neste dia que antecede a noite das bruxas manda a prudência que o humilde mortal tente passar tão despercebido quanto possível.
Daí que eu tenha sempre achado estranho ser exactamente nesta noite que os anglo-saxónicos se transvestem de tudo quanto é maléfico e vêm para a rua fazer uma grande palhaçada. Talvez porque rir é o melhor remédio, e quem canta seus males espanta...
Em tudo o que tenha a ver com maus olhados, almas do outro mundo, feitiços e quebrantos, vampiros e zombies - nos quais não acredito, mas que os há, isso há ! - costumo usar o conhecido aforismo shakesperiano "A Desconfiança é o farol que orienta o Prudente".
Se desconfiamos é de bazar imediatamente. Seja de algum automóvel com fuga de óleo no motor, ou de casa velha onde já morreram 3 ou 4 anteriores locatários.
Em memória das Bruxas venha então daí um Poema do Amigo Edgar Allan Poe, que como sabem era um bocado virado para estas coisas do Oculto:
The Valley of Unrest
Once it smiled a silent dell
Where the people did not dwell;
They had gone unto the wars,
Trusting to the mild-eyed stars,
Nightly, from their azure towers,
To keep watch above the flowers,
In the midst of which all day
The red sunlight lazily lay.
Now each visitor shall confess
The sad valley's restlessness.
Nothing there is motionless
Nothing save the airs that brood
Over the magic solitude.
Ah, by no wind are stirred those trees
That palpitate like the chill seas
Around the misty Hebrides!
Ah, by no wind those clouds are driven
That rustle through the unquiet Heaven
Uneasily, from morn till even,
Over the violets there that lie
In myriad types of the human eye
Over the lilies there that wave
And weep above a nameless grave!
They wave:- from out their fragrant tops
Eternal dews come down in drops.
They weep:- from off their delicate stems
Perennial tears descend in gems.
Edgar Allan Poe
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