Não sou eu que o digo.
Kim Marcus, o provador oficial da mais antiga revista norte-americana de vinhos, especialista em vinhos portugueses, escreveu sobre as nossas colheitas de 2011:
“Condições climatéricas quase perfeitas e melhorias na vinha e adega criaram condições para um conjunto de vinhos monumental”.
Na prova extensiva de vinhos do Porto desse ano, realizada por Kim Marcus, a qualidade de 2011 ficou amplamente marcada: o cronista da Revista de Vinhos não se recorda de uma prova de uma só colheita ter dado pontuações tão altas. A média foi de 95,4 valores, numa escala até 100 valores.
E como geralmente o vinho do Porto é uma boa referência para os vinhos de mesa, quem sabe desta poda está já há alguns anos a "enfeirar" tintos do Douro ( e Dão, já agora) desse ano bendito pelos deuses.
Com esta situação de enquadramento, o blogger decidiu dar a provar alguns tintos do Douro de 2011 a amigos que se reuniam em torno do famoso "Cozido de carnes e enchidos artesanais" em casa do Álvaro. Aquele cozido onde tudo é comprado a pequenos produtores, desde o porco à carne de vaca. E onde as couves, nabos e cenouras não se compram... São da horta lá de casa.
A nossa experiência antiga nesta matéria das provas que são para beber e não para cuspir (cruzes credo e t'arrenego vadio!) limita o conjunto de vinhos a não mais do que quatro. A partir daí os últimos começam a ser penalizados pela falta de perspectiva e pelos palatos já saturados.
Por último, limitámos por acordo comum o preço máximo dos vinhos em prova (numa garrafeira) a 25 euros por garrafita.
Foram testados, por ordem crescente de preços: Assobio ( a aventura da Herdade do Esporão no Douro); Quinta do Crasto Superior; Passadouro Touriga Nacional; D. Berta Reserva Especial Sousão.
Todos muito bons! O único com madeira evidente (Crasto) teve as melhores referências dos presentes, embora o Passadouro Touriga tenha ficado mesmo, mesmo colado...Uma daquelas chegadas à meta com necessidade de "photo finish".
O Sousão D. Berta estranhou um pouco alguns dos presentes por causa da casta pouco habitual em extreme, mas estou convencido que se insistissem mais teriam gostado muito. Pessoalmente foi este que me encheu mais as medidas...
O Assobio tem enorme perfil gastronómico, é um belo vinho para um preço inferior a 10 euros, mas perde para os outros maiorais desta competição.
Para a próxima voltamos ao ataque mas com vinhos do Dão. Sempre de 2011.
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