A Académica de Coimbra, a velha Briosa, regressa ao Jamor depois de 43 anos de ausência.
A última vez que lá esteve na final da Taça de Portugal foi em pleno luto académico por causa dos dislates cometidos contra os Estudantes da Universidade . Leiam aqui sff os detalhes destas jornadas gloriosas de resistência, onde sobressaem alguns nomes que hoje - para o bem e para o mal - ainda andam por aí...
http://210coimbra.blogs.sapo.pt/1383.html
A Final histórica da Taça de Portugal foi a 22 de Junho de 1969. Assisti com o meu pai, tinha eu 13 anos, e nunca mais me esqueci.
Primeiro, por causa da imensidão de capas negras presentes, depois pelos comunicados que distribuíam por todos os participantes. De seguida pela presença impressionante também da Polícia. E finalmente pelo próprio jogo, um dos primeiros a que assisti ao vivo.
A Académica, por todos os motivos, teria merecido ganhar a Taça, mas...esqueceram-se de avisar o Eusébio...
A grande equipa da Briosa tinha Quinito, Rui Rodrigues, Gervásio, Alhinho, Artur Jorge...No Glorioso alinhavam José Henriques, Humberto Coelho, Mário Coluna, José Torres, Simões, Néné, Jaime Graça , Raul Águas e o inevitável "King".
O Benfica ganhou por 2-1 , com um golo de Eusébio já no prolongamento.
O Américo "corta-fitas", com medo da Académica sair vitoriosa e de ter de entregar a Taça ao seu capitão, não apareceu n o Jamor, pela primeira e ( tanto quanto sei) única vez na história da competição.
Esta Final também não foi transmitida pela TV...Se calhar para não filmarem os cartazes que apareciam em todo o lado.
Para mim foi um deslumbramento! O meu Benfica tinha ganho! De política nada sabia naquele tempo...Mas no comboio de volta a casa o meu Pai lá me foi baixinho dizendo algumas coisas...
Nota Final: O meu pai - que trabalhava no Ministério das Obras Públicas, mesmo em frente à estátua do D. José - contava-me que quando a Briosa vinha a Lisboa para jogos grados a malta das repúblicas saía em Santa Apolónia, caminhava até ao Terreiro do Paço com fardos de palha às costas que punham por baixo do cavalo do D. José e faziam discursos apropriados à "conjuntura".
Se hoje em dia se reatasse esta rábula era capaz de ser engraçado... Mas em vez dos fardos de palha se calhar traziam apenas uma embalagem de palhinhas chupa-chupa... É a crise.
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