É do imortal Bardo, William Shakespeare, aqui traduzido superiormente por Carlos de Oliveira (nota bibliográfica deste já foi dada lá para trás)
Comparar-te a um dia de Verão?
Há mais ternura em ti, ainda assim:
o foral do Verão que chega ao fim.
Por vezes brilha ardendo o olhar do céu;
outras, desfaz-se a compleição doirada,
perde beleza a beleza; e o que perdeu
vai no acaso, na natureza, em nada.
Mas juro-te que o teu humano Verão
será eterno; sempre crescerás
indiferente ao tempo na canção;
e, na canção sem morte, viverás:
Porque o mundo, que vê e que respira,
te verá respirar na minha lira.
William Shakespeare, in "Sonetos"
Tradução de Carlos de Oliveira
E para ilustrar tal monstro sagrado das letras de qualquer Povo, nada melhor do que recorrer a outro monstro sagrado, Claude Monet e a sua composição "Verão".
Boa Praia! Cuidado com os caranguejos e nunca se esqueçam que a areia não foi feita para correr!
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