Apertar o cintinho Amigos! Os tempos não estão de modas. Ou melhor, a existirem "modas" nestes tempos serão as da anorexia artificialmente induzida, da dieta obrigatória para a maioria dos Portugueses...
Mesmo assim parece que a Senhora Comissão não está satisfeita com a "dieta" aprovada aqui na Praia e duvida (mas quem não duvidaria?) que essa contenção seja suficiente para conter o Déficit (esse gande C....que não nos larga desde o tempo do Eça) .
Num Blog como este, onde se faz a apologia de uma certa "joie de vivre" ligada aos prazeres da mesa e da convivialidade , lidamos menos bem com estas exéquias.
Os 95% dos indígenas que vivem e trabalham por conta de outrém - onde se incluem os funcionários públicos - têm já complicações que sobrem para ter (ainda mais) de continuar a apertar o maldito do cinto, que de tão esburacado mais parece um passador "chinês"...
Nos tempos do "vale tudo bancário" compraram casa e carro com empréstimos. Depois tornaram a pedir emprestado para as mobílias, os electrodomésticos, os Home cinemas, os DVD's, os Plasmas e LCD's e as viagens de férias. A seguir para renovar os guarda roupas. No final de tudo mesmo para ...pagarem os outros empréstimos que já tinham. E foi aqui que os bancos começaram a torcer o nariz. Foi aqui quando devia ter sido bem mais lá atrás, logo depois do empréstimo para o carro, ou até antes dele.
Conheço famílias que no dia 11 de cada mês, descontados dos parcos vencimentos todas as "prestações", já não podem teoricamente comer. Comem, obviamente, porque os Pais ou os Avós ajudam. Mas comem cada vez menos.
Por todos os motivos não admira que (como dizia o anúncio de há alguns anos atrás) " as Mulheres portuguesas estejam a ficar cada vez mais bonitas". Eu acrescento: As Mulheres, os Homens as Crianças e os Velhos! Está tudo "mais bonito" no sentido actual do termo, em que "bonito" e "saudável" é igual a "magreza"...Só que esta "magreza" é a da fome, e não a das "starlettes" de Hollywood desesperadas por, aos 25 anos, já não terem umas nádegas de aço como quando tinham 13...
Esperamos - e a esperança fica sempre no fundo da Caixa (Geral dos Depósitos) - que nas Nações Unidas nos permitam aumentar a área da Plataforma Oceânica sob nosso controlo. E, depois disso, esperamos que se descubra Petróleo ao largo dos Açores e outras coisas que encham o miserável saco das receitas do Estado. Parece que metais "raros" já lá teriam sido detectados...
Tal como no passado, com o volfrâmio, pode ser que a nossa "sina" seja a de abastecer a industria dos Países mais desenvolvidos com as matérias primas "raras" que seriam hoje necessárias para fazer telemóveis, computadores e etc...
Esta é a nossa esperança. Parece ser "curta" para tamanho buraco onde estamos atolados...
Mas também pode ser que eu me engane... Não percam a Esperança se fizerem favor!
Nota: "Requiem por uma Anorexia" é uma pintura de João Carita.
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