terça-feira, setembro 13, 2005

Privatização dos Correios em Portugal - Prós e Contras

A entrevista que o Presidente dos CTT Correios de Portugal, Prof. Dr. Luis Nazaré, deu à SIC muito recentemente levantou de novo a questão da Privatização dos CTT.

Gostaria de abrir neste nosso Blogue um espaço de discusssão desta problemática, para o qual convido todos os leitores, solicitando apenas que - como é da praxe neste tipo de meio de comunicação - mantenham o espírito aberto e despido de preconceitos.

Privatizar foi, durante muitos anos, uma "palavra feia" que evitávamos utilizar no enquadramento de serviços considerados essenciais como é o caso dos serviços de Correio.

Exemplos , como o que eu próprio referi dias atrás, sobre o que aconteceu aos Correios Alemães após a privatização, no que diz respeito às relações laborais e ao afluxo da mão de obra barata de Leste, também não ajudavam a que uma reflexão sobre este assunto fosse serena e desprovida de enviezamentos - se é que tal coisa existe neste mundo...

De notar que foi um Deputado alemão (Klaus Barthel) que veio cá a Portugal falar daquele assunto na "famosa" reunião de 4 de Fevereiro que prenunciou o final da tragicomédia associada à anterior gestão da Casa. Não estamos, pois, apenas a comentar alguma notícia de jornal.

Vantagens da privatização para o Accionista, pelo menos no curto prazo, conseguem-se sem dúvida visualizar: o encaixe financeiro considerável, a transferência de responsabilidades sociais e dos tremendos encargos de mão de obra para terceiros, etc...

Os Grandes Clientes Contratuais seriam, em minha opinião, defendidos por esta política, já que a Liberalização dos Serviços que seria obrigatoriamente coincidente ( ou até antecedente) com a privatização dos CTT não deixaria de lhes proporcionar melhores condições de negociação.

Do ponto de vista do Cidadão utilizador dos Serviços Postais Universais já se torna mais difícil compreender como uma entidade que visa o Lucro como objectivo final encararia a obrigação do Serviço Social Postal...

E os Trabalhadores? Que novas Políticas salariais e de Contratação estariam em análise?

Como se observa, há muito assunto para especular.

Espero pelos V. Comentários!

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