É de esperar que nas semanas ou na semana anterior ao dia das Eleições Autárquicas , os CTT e a Post Contacto se vejam inundados de solicitações dos candidatos, de todo o País, para distribuir a tempo a respectiva propaganda política nas áreas de influência de cada "magistratura".
Boas notícias para os Objectivos a cumprir e para a Receita da Casa!
Por outro lado, o anormal afluxo de tráfego em tão pouco espaço de tempo, as urgências e as quezílias que não deixarão de se levantar entre candidatos "transformados" à força em Clientes dos CTT, obrigam-nos a preparar com muito cuidado esta Operação de Distribuição.
Talvez pior do que dizerem mal do Serviço seria dizerem que praticámos uma Distribuição Selectiva, favorecendo Partidos ou candidatos.
Uma entidade de abrangência Nacional, como são os CTT, estará sempre sujeita a esse tipo de pressões e de comentários críticos. Não porque, de facto, tenhamos procedido mal, mas sobretudo porque - na altura da verdade - urge por vezes encontrar "bodes expiatórios"...
Recordo-me de muitos casos semelhantes, em diversas Autarquias (Lembram-se ainda do caso do Porto?) mas o que me parece importante aqui realçar é a necessidade absoluta de - tal como a Mulher de César - não só Sermos Mesmo Honestos ( o que está fora de qualquer tipo de discussão) mas também Parecermos Honestos!
Muitas vezes, fruto dos nossos sistemas operativos, temos dificuldade em provar que temos razão. Em circunstâncias onde a prova passa pelo inquérito ao destinatário, e sabido que este muitas vezes não releva o objecto não endereçado que recebeu na caixa de correio, o Distribuidor está sempre em maus lençóis para se justificar perante o Cliente (ainda por cima se a este último correu mal a campanha).
Lembram-se da MAKRO e dos problemas que tínhamos em provar a distribuição atempada dos seus folhetos?
Foi este um verdadeiro "case study" que os actuais responsáveis deviam analisar para melhor se prepararem para o futuro.
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