Na edição de hoje do Público avança-se com a possibilidade da Candidatura de Mário Soares ter de rever a respectiva estratégia com base nos resultados das sondagens que têm vindo a público.
Fala-se aí na possibilidade de uma derrota humilhante para o antigo Presidente...
Convém, em relação a estas matérias, os Meios de Comunicação terem um pouco de cuidado com o que afirmam e ainda com a forma como estes fenómenos de "comportamentos eleitorais a prazo" são neles tratados.
É evidente que a mais de 4 meses do Acto Eleitoral o mais que se pode retirar das Sondagens até aqui publicadas são intenções subjectivas de voto num ou noutro dos candidatos, mas ainda longe das circunstâncias e da pressão que o aproximar do Acto Eleitoral provoca.
Não há comportamento que seja mais sensível ao decorrer do tempo do que o Voto.
Obviamente que falo do Voto dos Eleitorados Não Naturais que são os que costumam decidir estas questões quando chegamos aos "finalmentes".
O Eleitorado Natural - muito menos volátil - é constituído pelos cidadãos eleitores que, em duas Eleições anteriores ou mais, sempre votaram no mesmo Partido\Candidato.
Admitamos ainda que - no caso das Presidenciais - esta análise dos Eleitorados Naturais ou Não Naturais ainda se torna mais difícil de fazer por dois motivos:
a) A distância temporal do último Acto Eleitoral em que participaram Mário Soares ou Cavaco Silva,
mas sobretudo
b) O facto dos actuais "beligerantes" nunca se terem encontradoao mesmo tempo nestas circunstâncias de corrida Presidencial.
Em Conclusão: é cedo demais para que os resultados das Sondagens se revelem "a ponto" de prever o próximo Presidente. As indicações que deles podemos tirar são sem dúvida importantes para medir o pulso do País HOJE, e por isso também importantes para aferir estratégias actuais dos candidatos.
Dito isto, só um irresponsável não admitiria que Cavaco Silva parte, de facto, com Vantagem significativa neste "duelo"... O problema é saber se essa vantagem vai chegar para ganhar em Janeiro.
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