sexta-feira, setembro 30, 2005
Para Impedir Spam nos Comentários
A partir de hoje temos de pedir um simples exercício de Verifcação de Palavras a todos os que quiserem fazer Comentários neste Blogue.
Não dura mais do que alguns segundos e impede que os automatismos (não humanos) à solta na WEB entrem neste nosso espaço.
Muito Obrigado pela V. compreensão!
O Triste Fado dos três Tristes Tigres
Eu explico: Li num dos Jornais Económicos - ontem - que as Classificações de Portugal em Indicadores de Desenvolvimento Económico e Social, feitas por organismos independentes europeus, têm vindo recorrentemente (há pelo menos 7 anos!) a apontar três Factores como os que mais contribuirão para o atraso que exibimos face aos outros parceiros comunitários mais evoluídos:
a) Deficiente preparação em Recursos Humanos
b) A Burocracia associada aos principais sistemas (Judicial, e de Governação\Decisão)
c) Pessimismo da maioria da População.
Que Tristes Tigres!
Não seremos "Feios, Porcos e Maus" mas não nos livramos de ser "Ignorantes, Burocratas e Pessimistas".
Se calhar até somos Pessimistas por termos consciência de que somos Ignorantes e Burocratas...
O "Pessimismo" é uma característica racial que não será muito fácil modificar de forma estrutural, embora haja conjunturas que a fazem diminuir : lembram-se da Auto-estima que era tão visível ao tempo do Europeu de Futebol 2004 e que depois se perdeu não sei onde, mas tão bem que mais ninguém a encontrou?
A "Ignorância" tem custos altíssimos, em todas as Empresas e em todas as Actividades, mas essa, pelo menos, tem remédio conhecido: Haja dinheiro! (que também não há...).
A "Burocracia" é uma maldição que os árabes cá nos deixaram à laia de vingança. Em vez de facilitar, complicamos; em vez de ajudar, dificultamos; em vez de flexibilizar, colocamos obstáculos.
A "Burocracia" é a característica negativa que estamos a analisar que mais me incomoda: é estúpida (odeio coisas estúpidas); perpetua tiranetes locais (não é piada às Autárquicas, mas poderia ser...); apoia e instiga o suborno, o mau compadrio e a pequena corrupção.
A "Burocracia" é quase que uma Mafia à Portuguesa!
Estou convencido de que se a pudéssemos irradicar não demoraríamos muito tempo a elevar a nossa Auto-Estima e a tomar as decisões certas quanto à educação\Formação.
Já agora e à laia de conclusão: e nos CTT já não há Burocracia?
Resposta: Terão de ser os leitores a dá-la o que abre um novo e aliciante Tema para Debate!
Gastronomia - Respeito pela Autoridade!
Falo hoje de uma casa mais do que centenária, que "monta guarda" na Av Conde de Valbom 127, em Lisboa:
Restaurante "O Polícia"
Para além da boa e honesta mesa a preços saudáveis, também este "Polícia" se pode gabar de possuir uma acessibilidade excelente, fruto da existência do Parque de Estacionamento Valbom a menos de 40 metros das instalações.
Imaginem podermos convidar dois colegas Letónios e estarmos em condições de lhes poder oferecer ao Almoço:
- Rissóis de Camarão e Croquetes de carne quentinhos, ao lado de um pratinho de presunto (nacional) e de Queijo.
- Bacalhau assado no Forno, Cabrito Assado no Forno e 1 Salmonete Grelhado com capote (isto é, ainda com a pele e as entranhas).
- Uma garrafa de Quinta de Camarate Branco seco - excelente blend das castas Moscatel e Alvarinho.
- Uma garrafa de Monte das Servas Colheita seleccionada 2001 - Tinto alentejano de elevado gabarito.
- Ananaz e Leite Creme.
- Cafés.
E tudo isto por ... 79,5€!!
Atendendo à qualidade impecável da comida provada, ao serviço eficiente e simpático, às instalações de muito bom nível, com várias salas e distinguindo locais para Fumadores e Não Fumadores, temos todos de concordar que se trata de um das melhores combinações Qualidade\Preço da Capital.
Lembro que às Quintas Feiras é dia de Cozido à Portuguesa, com enchidos regionais, e ainda que o Vinho da Casa é o honestíssimo Monte das Servas Colheita normal, a um ainda mais que honesto preço abaixo dos 10€!
Já agora, sabiam que, durante muitos anos, o Vinho da Casa desta instituição centenária foi o Adega da Cartuxa (Évora) em engarrafamento próprio e exclusivo?
Sem dúvida um "Polícia" que já mereceria promoção, depois de tantos anos a cuidar (e bem) dos estômagos citadinos. Não nos cabendo a nós decidir dessa promoção, cabe-nos, pelo menos, visitá-lo e desejar-lhe muita saúde e por muitos anos.
quinta-feira, setembro 29, 2005
O CORREIO-MOR FEITO PELOS SEUS LEITORES
A edição de 27 de Setembro de 2005 do Diário de Notícias refere, em texto da autoria do jornalista Pedro Sousa Tavares, que, na sequência da assinatura de um protocolo com os Ministérios da Educação e do Trabalho, a Portugal Telecom (PT) «se tornou na primeira empresa do país a criar um Centro de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (CRVCC) dos seus colaboradores» (sic).
O Centro RVCC dos CTT Correios foi criado pelo Despacho Conjunto n.º 517/2004, de 12 de Agosto de 2004, dos Ministros da Educação e do Trabalho, na sequência do processo de acreditação dos CTT como entidade promotora de um Centro RVCC (Despacho nº 1050/2004, de 16 de Janeiro de 2004, da Direcção-Geral de Formação Vocacional).
Atendendo a que o Centro RVCC dos CTT, que já completou o seu primeiro ano de existência, foi contactado, pelo menos em duas ocasiões, por elementos da PT Comunicações, com o objectivo de recolherem informação sobre os objectivos, missão e forma de funcionamento dos Centros RVCC, o lapso será certamente da responsabilidade da redacção do DN.
A rede nacional de Centros RVCC foi criada em 2001, no âmbito da antiga ANEFA, Agência Nacional de Educação e Formação de Adultos (Portaria n.º 1082-A/2001, de 5 de Setembro).
Existem actualmente cerca de 80 Centros RVCC cofinanciados (PRODEP III) e cerca de uma dezena de Centros RVCC autofinanciados. Estes últimos (autofinanciados) têm vindo a ser constituídos, na sua grande maioria, no âmbito de Centros de Formação Profissional do IEFP.
Os CTT foram a primeira «empresa» a promover a criação um Centro RVCC autofinanciado.
Carlos Capela
Ainda há espaço para os Selos?
Nesta sociedade cada vez mais tecnológica e onde os próprios CTT decidiram – e muito bem – enveredar pela digitalização dos circuitos de mensagens, com o lançamento esperado da Caixa Electrónica Postal Universal, haverá ainda lugar para os velhos selos de correio?
Como compreenderão esta é uma questão que interessa sobremaneira a este vosso escriba, sob pena de ter de ir procurar trabalho para outro lado...
O selo postal, na sua antiga função, já com 150 anos, de servir de recibo comprovativo do pagamento do transporte das cartas pelo remetente, é cada vez menos utilizado. Estima-se que apenas 20% das emissões tenham esse destino “proletário” reservando-se os outros 80% para as tarefas mais aristocráticas do coleccionismo.
Hoje em dia existem até fundos de investimento com base em colecções filatélicas, o que se vem tornando numa nova utilidade deste objecto.
Mesmo assim, a Filatelia terá os dias contados na altura em que os clientes do correio deixarem de colar selos nas cartas, pois só a circulação das mensagens na rede postal permite legalmente que o selo seja emitido.
Há, todavia, alguns indícios retirados de outras actividades e que me deixam um pouco mais animado. Tomo a liberdade de os compartilhar convosco:
a) Não obstante o nº de PC’s com processadores de texto não parar de crescer na Europa, Ásia e Américas, a antiga empresa Montblanc, vem batendo todos os anos os seus próprios recordes de venda de... canetas de tinta permanente.
b) A Firma Porsche (o terceiro mais pequeno dos construtores especializados, depois da Ferrari e Lamborghini) anunciou ter decidido fazer uma oferta de aquisição a 20% da... Volkswagen (2º ou 3ª construtor mundial do ramo automóvel) tornando-se assim o maior accionista daquele gigante.
c) A antiga companhia Vacheron Constantin, manufactura de relógios topo de gama há mais de 200 anos, anunciou ter decidido limitar propositadamente a sua produção anual: os artesãos especializados que trabalham nos seus ateliers já não conseguiam satisfazer as encomendas...
À laia de conclusão, sempre direi que nunca deixarão de existir – mercê de Deus – homens e mulheres que preferirão frequentar o atelier de Alain Senderens (restaurante Lucas Carton, Place de la Madeleine, em minha opinião um dos melhores restaurantes do mundo...) do que o MacDonald’s da mesma rua. Mesmo que só o possam fazer 2 ou 3 vezes por ano.
quarta-feira, setembro 28, 2005
Vinhos Portugueses na Lista dos 100 Mais da Wine&Spirits
Um Alvarinho - Reguengo de Melgaço
E um Porto Taylor's
São estes os Quatro Mosqueteiros de Portugal conseguiram um lugar na lista dos 100 melhores vinhos de 2005 publicada pela prestigiada Revista do sector Wine&Spirits (USA).
Nota: Já bebi os dois Tintos e, francamente, acho o Quinta do Crasto noutra divisão (para melhor) do que o Quinta do Ventozelo.
As Feiras de Vinhos 1
Monte da Ravasqueira - excelente Vinho Tinto alentejano (já comentado aqui) a 6,98 Euros
O Bolonhês - outra belíssima suspresa em Tintos do Alentejo (também já aqui comentado) a 8,95 Euros
Para a Lampreia (que costuma aparecer em Portugal de Janeiro a Março se chover, caso contrário virá do Canadá, se é que já não veio neste últimos anos...) recomendo o Espumante Tinto Borges Fita Azul, apenas a 5,89 Euros.
Branco da Gaivosa 2001 (muito bom vinho do Douro, a este preço porque talvez se receie alguma oxidação?) a 5,99 Euros.
Não deixaremos de vistar as outras Feiras e de dar aqui notícia do que lá houver !!
terça-feira, setembro 27, 2005
Fórum de Criatividade e Inovação
Já não é a primeira vez que ouço falar que o “cartão de fidelidade” não serve... que ninguém utiliza...
Não sei com que base essas considerações são feitas
Tenho três cartões que utilizo frequentemente:
- GALP
- Perfumaria na Cooperativa dos Bancários
- Corte Inglês
Porque utilizo?
O primeiro porque permite ganhar algumas prendas (algumas bem interessantes);
O segundo pelo preço e descontos;
O terceiro pela qualidade do Centro Comercial, pelo crédito bem como pelo parque de estacionamento grátis.
Serei um português diferente?
Penso que não.
Há, no entanto, uma questão importante – qualquer um deles apresenta vantagens tangíveis para o cliente.
Penso que o sucesso dum eventual cartão CTT só será possível associado a vantagens explícitas para os utilizadores.
Penso que o cartão é uma boa ideia. Poderá eventualmente ser associado ao endereço electrónico postal ou então ao crédito do novo banco CTT
Parabéns ao nosso colega António Fernandes pela ideia bem como pela apresentação.
Ainda as Presidenciais: Discussão sobre o Post "Política não é Futebol!"
Vou fazer alguns esclarecimentos, e se calhar até levantar mais algumas dúvidas, pedindo desde já desculpa por estar a separar nesta matéria (como é devido) a análise "do coração" da análise propriamente dita.
a) Eleitorados Naturais - Concordo em que este conceito nasceu para as Legislativas, mas - com um pequeno esforço - não duvido de que possa ser extensivo às Presidenciais. Os Partidos fazem notoriamente o endorsment dos Candidatos (sempre o fizeram no passado) e dizem : "Fulano de Tal é o nosso Candidato".
Desta forma como não entender que o voto nesse Candidato dos militantes e simpatizantes mais indefectíveis seja considerado "Voto Natural"?
O que podemos questionar é a dimensão que eu atribuí a esse Voto: entre 25% e 30% como soma de todos os "Votos Naturais" de todos os Partidos.
Aqui já estou de acordo que o problema é mais complicado...
Há, de facto, quem o quantifique mais próximo dos 40%.
Em última análise , e porque se trata de uma Voto tendencialmente de fidelização, podemos inferir que o seu limite será o somatório da votação percentual mínima que todos os Partidos (ou os seus candidatos) já obtiveram no passado?
Não.
Lembrem-se do PRD... Os Partidos também Nascem, Crescem e Morrem...
b) Quanto à Abstenção - Dizem-me que a minha previsão de 25% é um Valor muito optimista. Nestas épocas de descrença nas instituições a Abstenção poderia chegar aos 40%!
Nessas circunstância se revelaria - para a Esquerda - a "bondade" da ida de Manuel Alegre às Urnas.
Não estou de acordo, por causa da inerente dicotomia e personalização de uma Eleição como a que se avizinha... O Eleitorado gosta de uma "boa luta" e - na minha opinião - vai responder ao desafio, votando.
c) O Folhetim vai continuar, não tenham receio! Para Já temos as Autárquicas e depois se verá se os resultados das mesmas trazem consequências para as Presidenciais.
Os tempos são de grande interesse para os Politólogos!
Pensar CTT: Fórum de Criatividade e Inovação
Como em todas as iniciativas deste género o mais importante será o seguimento que for dado às Propostas. Estou seguro de que o Maurício Levy se esforçará ao Máximo para dar continuidade aos assuntos tratados.
A Maior participação (e com Propostas de qualidade, sempre válidas) dependerá um pouco da forma como este assunto da "concretização" for resolvido pela nossa Empresa. Atenção, portanto, a todos os Responsáveis!
segunda-feira, setembro 26, 2005
O CORREIO-MOR FEITO PELOS SEUS LEITORES
A moral da história
Durante um jantar-debate promovido na semana passada pela APDC, um ilustre «player» do sector das Comunicações, introduzindo uma nota de humor na sua intervenção, inspirada talvez em recentes faits divers do mundo do futebol, perguntou ao orador convidado, o Presidente do Conselho de Administração dos CTT, se já teria pensado em recorrer a papagaios, aves de reputada inteligência e notável capacidade de aprendizagem, para o transporte de mensagens.
Esta alusão fez-me recordar o relato de um caso passado há alguns anos, salvo erro na Austrália. De acordo com este relato, um empresário local, fazendo prova da sua capacidade de inovação, teria conseguido pôr em funcionamento uma pequena cadeia de produção, apenas com a ajuda de pombos sujeitos a um processo prévio de aprendizagem por condicionamento.
Ora o sucesso gera quase sempre invejas, e rapidamente alguém se encarregou de denunciar a intolerável exploração das pobres aves. A Sociedade Protectora dos Animais local meteu-se no caso e o empresário viu-se obrigado a despedir os pombos e a contratar pessoas para assegurar a continuidade do funcionamento da cadeia de produção.
Esta história passou-se com pombos, mas, por maioria de razão, poderia passar-se com papagaios, aves supostamente dotadas de uma inteligência superior.
O que é importante é a moral da história. Fica o alerta.
Carlos Capela
Inovação e criatividade à solta
Sim porque as ideias, venham ou não a ser consideradas boas e viáveis, devem sempre merecer todo o relevo. Caso contrário nunca conseguiremos construir na Empresa uma cultura de inovação, de pensamento lateral, de irreverência construtiva.
Começámos bem, com duas excelentes ideias: a criação de um Cartão de Cliente Ocasional, do António Fernandes, e uma Revolução na Segmentação da Distribuição, do António Campos, com todas as consequências que daí adviriam para todas as operações que a antecedem.
Na Intranet dos CTT vai nascer um espaço de contribuições para o debate e enriquecimento destas ideias. Mas eu, que neste momento estou na Mailtec/DSTS, não tenho acesso à Intranet dos CTT, e por isso proponho que, também aqui, demos uma ajuda, sobretudo polemizando à volta das questões centrais. Vamos a isso?
domingo, setembro 25, 2005
Logística e os CTT - Luis Delgado (La Redoute) Comenta
Logística e o Grupo CTT
Não posso estar mais de acordo com o texto publicado!
Na minha opinião pessoal, não vinculativa da empresa em que trabalho, acho que a diferença está na Atitude de quadros e chefias intermédias.
Inegavelmente os CTT tem as melhores infra-estruturas para “abafar”todo e qualquer tipo de concorrência que se queira instalar, senão vejamos:
v Mais de 1000 Estações de Correios
v Mais de 2000 Agentes
v Frota de transportes nacionais com cobertura diária de 100% do território
v Equipa de carteiros que diariamente “toca” em 3,6 milhões de caixas postais!
Mas...
Falta a atitude do prestador de serviços.
A preocupação constante e obsessiva de obter e manter elevados níveis de serviços. Sempre mais e melhor, sempre com optimismo e sempre com humildade.
A preocupação com os reais constrangimentos que são causados, aos clientes, pela disparidade do nível de serviço, a importância que tem levar ao cliente final a correspondência que lhe é endereçada, independentemente do “produto” que se trata.
Em venda à distância se o catálogo é a montra, o DM é o vendedor!
Como nas lojas, se o vendedor não for oportuno ou chegar tarde o cliente não compra, e se o cliente não compra...
Em resumo, os níveis de serviço têm que ser encarados com seriedade, rigor e muita disciplina. Não basta fazermos bem uma vez de vez em quando e com a média estarmos satisfeitos. Não, é preciso fazermos bem... todos os dias.
Os CTT sabem fazer BEM, são o 4º ou 5º melhor operador de Correios a nível Mundial!
Será necessário entregar os DM a uma empresa sedeada no Reino Unido ou na Holanda para que os padrões de distribuição sejam levados a sério e os respectivos tempos contem para a performance do Correio Internacional?
Honestamente espero que não, mas o tempo será o melhor juiz!
Luís Delgado
Política não é Futebol!
Imaginem que o universo de eleitores consiste em 8 milhões de portugueses, e destes os "eleitorados naturais" (que são constituídos pelos que votaram, no passado, pelo menos 2 vezes consecutivas no seu partido ou no candidato que o partido lhes indicou) não representam mais do que 20-30%.
Nos restantes 70% encontramos os eleitores que votam por "simpatia conjuntural", isto é forçados pelo perfil do candidato ou pela imagem que os media dele reflectem, e os abstencionistas.
Admitimos agora que a abstenção em Portugal, nas presidenciais, poderá situar-se ao redor dos 25% (por norma esta abstenção diminui em eleições muito personalizadas como as que se adivinham).
Desta forma, os "indecisos", os tais que votam movidos por simpatias conjunturais, seriam cerca de 45%!
São estes, de facto, quem faz ganhar ou perder eleições em Portugal: o eleitorado flutuante.
O que é que nos garante agora que este tipo de eleitorado divide, na primeira volta, o voto na razão directa do número de candidatos?
Resposta: no actual enquadramento de previsão eleitoral nada nos garante isso! A única forma da candidatura de Manuel Alegre (pois é disso que se trata) conseguir melhorar a "fotografia" dos resultados eleitorais, numa primeira volta, será a sua capacidade para convencer parte dos abstencionistas a votarem nele, mas sem fazer perder quota a Mário Soares!
Não estou seguro que isto possa acontecer!
Peço desculpa por ser tão peremptório, de momento, mas prometo continuar esta análise à medida que os resultados das sondagens forem aparecendo.
sábado, setembro 24, 2005
Manuel Alegre
(...) Um homem que se bate, talvez em sonho, porque tudo se calhar é sonho. Sonho de um sonho, lembro-me de ter lido algures.
Manuel Alegre
Encontro em TOMAR
Boas notícias
1. é possível acreditar num futuro
2. respira-se melhor...
3. há projectos muito interessantes e mobilizadores – Caixa Electrónica Postal
4. há consciência de que temos de melhorar muito o T&T
5. temos ainda muito que trabalhar nos projectos
Banco Postal
Marketing
transversal ao encontro...
Como foi bonito cruzarmo-nos com pessoas com um brilhozinho nos olhos... que acreditam num futuro melhor
para o nosso blogue....
. espero o mais que anunciado e prometido regresso do Agostinho Santos Silva
. a promessa do Raul Santos Rocha de que irá recomeçar a publicar post´s...
. a possibilidade de novas admissões para o nosso corpo redactorial...
. a satisfação de saber que muitos dos presentes eram nossos leitores
É possivel plantar uma árvore no deserto!
Se as travessias dos desertos são cíclicas... que fazer para evitar as tempestades?
Ponto n.º 1 (para que não reste qualquer dúvida) - cabe à gestão colocar os quadros nos locais que entende serem os mais adequados de forma a conseguir as melhores performances para a empresa.
Ponto n.º 2 - Há gestões que resolvem fazer como alguns dirigentes desportivos quando chegam ao comando de um clube...
– os jogadores, a equipa técnica, mesmo que tenham ganho campeonatos, não servem... há que ir procurar no mercado novos jogadores... muitos deles a preços elevados e de duvidosa qualidade.
Os dirigentes têm essa margem de manobra
Muitas vezes funcionam como se o clube fosse deles – e não é!
Assim sendo... que fazer?
No mínimo: temos que jogar bem!
Mas também podemos:
- juntarmo-nos numa atitude construtiva
- criar movimentos de pensamento,
- dinamizar espaços de diálogo,
- crescer em termos teóricos
Sermos fortes
A melhor atitude corporativa que podemos ter é através da inteligência
Temos que nos organizar
- à volta de temas,
- à volta do nosso crescimento colectivo,
- à volta do pensamento, ideias e projectos,
- à procura dum futuro
Temos que criar lobies de pensamento
Há que encontrar espaços para esta discussão – fora dos sindicatos, fora dos partidos
Esse espaço pode ser um blogue ou outro local
É nossa obrigação lutar por esse espaço
As tempestades um dia voltarão – disso podemos estar certos
Plantemos então árvores no deserto...
A travessia dum deserto - 2
Chamaram-me à atenção, relativamente ao meu anterior post, que o deserto ainda não tinha terminado para todos
É verdade.
Temos que continuar, cada um de nós, a lutar para que a dignidade, a valorização profissional, a ausência de vazio termine.
Há que relembrar que a primeira forma de luta e resistência tem que partir obrigatoriamente de nós!
Se não lutarmos ninguém o fará por nós
Não devemos desistir
quinta-feira, setembro 22, 2005
Logística e o Grupo CTT
A externalização das tarefas que não pertencem ao “core business” representa actualmente uma tendência seguida por algumas empresas com o objectivo de aumentarem a respectiva rentabilidade. Trata-se de uma oportunidade de negócio para os CTT que, utilizando sinergias e economias de escala, podem executar a mesma operação logística que o seu Cliente a custos unitários inferiores.
A distinção desta Classe de Produtos passa pela definição da operação : se houver necessidade de Armazenagem de objectos dos Clientes em Armazéns do Operador CTT (cttExpresso) e da realização das tarefas inerentes à gestão desse stock de Clientes, assumimos que se trata de Logística Integrada. Se a operação não incluir a stockagem, mas apenas a Manipulação em Armazém do Cliente, parte-se do princípio que o processo é um Serviço de Outsourcing.
É este um negócio de sinergias e economias de escala que permite ao Operador logístico profissional fazer a mesma operação logística que o seu Cliente a custos unitários inferiores.
Sinergias –Os CTT (cttExpresso) que já têm como cliente a logística do Clube GALP (por exemplo) poderão, aproveitando sinergias, fazer a logística do Clube REPSOL com custos marginais reduzidos, uma vez que se tratam de operações com processos muito semelhantes.
Economias de escala – o mesmo operador CTT obtém economias de escala se, conseguindo um terceiro Cliente usufruir , também como exemplo, de descontos de quantidade na aquisição ou aluguer de viaturas para a distribuição ou de empilhadores para o Armazém.
Nesta área distinguem-se:
a) Operações multicliente – negócio de “pronto a vestir” onde a padronização de processos é o meio de se acrescentar valor para o Cliente e para o operador logístico. Nestes casos os recursos e os processos são partilhados por várias operações de diferentes Clientes obtendo-se, desta forma, maior eficiência.
b) Operações dedicadas – negócio de “fato à medida” onde os processos são desenhados especificamente para um determinado Cliente atendendo às suas particularidades. Tal como os processos também os recursos, nestes casos, são exclusivamente dedicados à operação em questão, não havendo partilha dos mesmos com outras operações.
Os Clientes, ao entregarem-nos a sua logística estão a confiar-nos a sua produção, ou seja, o resultado da sua actividade.
Naturalmente que só o farão se houver confiança de que o operador logístico não irá colocar em risco o seu stock, pondo assim em causa a sobrevivência da própria empresa.
A Importância da Logística para os CTT (Grupo)
Clientes de distribuição são potenciais Clientes de logística e vice versa pelo que podemos potenciar o nosso volume de negócios com os nossos actuais Clientes sem incorrer em custos de angariação acrescidos.
Ou seja, temos já, em mãos, uma carteira de potenciais Clientes considerável.
As relações já existentes com os nossos actuais Clientes são portas abertas que facilitam a apresentação de propostas e colocam-nos em considerável vantagem relativamente a outros eventuais concorrentes.
O conhecimento adquirido com a actividade de distribuição dos nossos Clientes – volume de expedições, natureza dos artigos expedidos, destinatários, pesos, sazonalidade da actividade, volume de facturação, taxa de devoluções, etc... permite aos CTT apresentar-lhes, por um lado, as propostas de logística mais atractivas e credíveis e por outro lado, não cair em situações contratuais de subavaliação de custos por ausência ou omissão de informação.
Beneficiamos assim de mais uma grande vantagem sobre eventuais concorrentes.
A existência de uma Sintonia total de processos entre a actividade logística e de distribuição também nos é muito favorável!
Ambas as actividades se desenvolvem dentro da mesma organização. Desta sintonia podem resultar ganhos de produtividade e de controlo de operacionalidade consideráveis - horas de corte, conveniente rotulagem de objectos, conveniente acondicionamento de objectos, simplificação na divisão e tratamento de objectos, controlo de transferência de mercadorias, optimização de recursos humanos e equipamento, etc...
quarta-feira, setembro 21, 2005
A travessia dum deserto
Sou um apaixonado pelos desertos. Nunca me canso de os percorrer na minha velhinha mota.
Estou sempre disponível para atravessar o Atlas (que fica aqui mesmo ao lado...) e ir ao encontro dum deserto...
No entanto... nunca imaginei que a travessia dum deserto fosse tão penosa e violenta
Não falo do Sahara mas sim do que se passou com um conjunto alargado de quadros e dirigentes da nossa empresa ao longo destes últimos três anos...
A ausência...
- de funções,
- de trabalho,
- de projectos,
- de ideias,
- de equipas para galvanizar
complementado com
- um vazio,
- uma falta de brilho nos olhos,
- o deixar de estar nas listas,
- a ausência de telefonemas,
- o passar a ser quase desconhecido,
- os anteriores amigos... que de um dia para outro simplesmente desapareceram
é tudo uma violência terrível de viver.
Não falo da justeza ou não da decisão dos gestores de colocar nos diferentes lugares os quadros que considerem os melhores
Falo no vazio... que é terrível
Defendo que lutemos por futuro melhor... que nunca deixei de acreditar.
É por isso que defendo que nos devemos
- empenhar
- mostrar e estar disponíveis
- dar o que temos de melhor
A nossa competência
A nossa disponibilidade
A nossa paixão
Não posso deixar de realçar:
- os poucos amigos(as), que existem e me acompanharam e ajudaram nestes 12 longos meses
- os que acreditam que posso contribuir na luta por um futuro melhor
Obrigado
Pensar CTT: As Eleições Autárquicas e o Correio Contacto
Boas notícias para os Objectivos a cumprir e para a Receita da Casa!
Por outro lado, o anormal afluxo de tráfego em tão pouco espaço de tempo, as urgências e as quezílias que não deixarão de se levantar entre candidatos "transformados" à força em Clientes dos CTT, obrigam-nos a preparar com muito cuidado esta Operação de Distribuição.
Talvez pior do que dizerem mal do Serviço seria dizerem que praticámos uma Distribuição Selectiva, favorecendo Partidos ou candidatos.
Uma entidade de abrangência Nacional, como são os CTT, estará sempre sujeita a esse tipo de pressões e de comentários críticos. Não porque, de facto, tenhamos procedido mal, mas sobretudo porque - na altura da verdade - urge por vezes encontrar "bodes expiatórios"...
Recordo-me de muitos casos semelhantes, em diversas Autarquias (Lembram-se ainda do caso do Porto?) mas o que me parece importante aqui realçar é a necessidade absoluta de - tal como a Mulher de César - não só Sermos Mesmo Honestos ( o que está fora de qualquer tipo de discussão) mas também Parecermos Honestos!
Muitas vezes, fruto dos nossos sistemas operativos, temos dificuldade em provar que temos razão. Em circunstâncias onde a prova passa pelo inquérito ao destinatário, e sabido que este muitas vezes não releva o objecto não endereçado que recebeu na caixa de correio, o Distribuidor está sempre em maus lençóis para se justificar perante o Cliente (ainda por cima se a este último correu mal a campanha).
Lembram-se da MAKRO e dos problemas que tínhamos em provar a distribuição atempada dos seus folhetos?
Foi este um verdadeiro "case study" que os actuais responsáveis deviam analisar para melhor se prepararem para o futuro.
terça-feira, setembro 20, 2005
Correios Alemães e a EXEL: Logística no Sector Postal!
Valores em causa - perto de 5,5 Mil Milhões de Euros!!!
Notícia que nos faz pensar na "nossa" cttExpresso e nos caminhos que devemos obrigatoriamente abrir para que a Logística seja parte integral da Oferta CTT de Produtos\Serviços.
Voltarei brevemente a este assunto, com artigo de fundo sobre a Logística e os CTT.
As Exportações Portuguesas e o Impasse na Alemanha
a) A Alemanha é o segundo maior importador de Produtos Portugueses, com grande preponderância nos produtos de consumo.
b) A situação actualmente em vigor naquele país, onde a indecisão eleitoral torna muito complicado formar Governo, está a provocar uma crise no consumo local - é normal em alturas de indecisão o consumo privado ser travado, e quanto ao consumo público, por maioria de razões, nem é bom falar...
Desta forma não se abrem grandes perspectivas para as exportações Portuguesas, pelo menos no curto prazo.
c) Por outro lado, os "fogachos" sobre a pretensa evolução positiva da nossa Economia em Junho\Julho não foram mais do que isso mesmo, provocados por uma corrida a determinados bens não essenciais (automóveis e electrodomésticos) antes da subida do IVA. Em Agosto tudo voltou à tendência anterior, e estamos perto de entrar em recessão técnica.
Não sendo eu um especialista em Macro Modelos, mesmo assim atrevo-me a esperar que o Governo se apoie com força no pé-direito do acelerador em termos de Investimento Público, única forma de - nesta conjuntura - estimularmos o consumo privado e contrabalancearmos o decréscimo das exportações deste tipo de produtos!
Quem diz Governo diz também Sector Público Estatal...
segunda-feira, setembro 19, 2005
Guru das Sondagens e Estudos de Opinião tem Blogue próprio
http://politicalarithmetik.blogspot.com/
É esta a "casa virtual" do grande especialista Charles Franklin.
O Professor Charles Franklin é perito em Análise Política, professor na Universidade do Wisconsin, e (segundo dizem os seus pares) um dos mais influentes cientistas - a nível mundial - nesta área das Previsões Políticas.
E se o "grande motor da Economia Europeia" estivesse gripado?
A coisa não está fácil: A diferença entre os dois principais partidos está inferior a um ponto percentual!!
- "Angie" ganhou - teve mais alguns votos e possivelmente vai ficar com mais 2\3 lugares no Parlamento , o que lhe dá razão para exigir a Chancelaria.
- "Gerhy", por seu lado, perdeu por tão pouco que acha ser de inteira justiça continuar a ser Chanceler...
Sobre as possíveis combinações na Cãmara Baixa nem quero falar...
SPD + CDU ( o aparentemente mais apoiado pela Opinião Pública); SPD+Liberais+Verdes; CDU+Liberais+Verdes, etc, etc, etc...
Ainda mais interessante: Como um dos Candidatos por Dresden morreu durante a campanha, será necessário repetir essas eleições a 2 de Outubro, o que pode ainda inverter o posicionamento do Partido mais votado (embora não pareça crível).
Última Nota (mas importante) : Os Institutos de Sondagens "levaram banhada" nas previsões feitas à boca das urnas!!!
Tinham previsto uma diferença teórica de entre 8 a 12 pontos percentuais, e depois " nos finalmente" foi o que se viu... Porquê?
domingo, setembro 18, 2005
Regressei
Nesta minha longa ausência pude constatar muitas coisas
Há muitas sensações e situações que sendo importantes no dia a dia... a distância torna-os irrelevantes...
- desconhecia que tinha existido um jogo Sporting - Benfica bem como do seu resultado... mas isso não era importante
- desconhecia as tricas e outras desventuras dos nossos candidatos autárquicos... mas isso não era importante
- desconhecia se Soares tinha mesmo cometido o erro de se candidatar... embora neste caso fosse importante... nomeadamente em relação a afectos e amizades (caso Alegre)
Nas televisões estrangeiras Portugal só existia por causa da seca e dos incêndios
Também recebi telefonemas com notícias da nossa empresa
as mudanças
as esperanças
as frustrações
um futuro que se quer melhor
Não há presentes perfeitos e o futuro também somos nós que o construímos
Que esperar destas mudanças?
Como é natural a mudança não é perfeita (nunca poderia ser)
Mas só nos resta:
Trabalhar,
Envolvermo-nos,
Empenharmo-nos
E lutar por um futuro melhor
sexta-feira, setembro 16, 2005
Jornada Europeia, Ranking da UEFA... e o Resto?
Mais ainda, informam-nos os Meios de Comunicação Social que logo após a vitória do Benfica , Portugal subiu ao 5º lugar no Ranking da UEFA . Hoje de manhã a TSF realçava: " Portugal reforçou o seu 5º lugar na Europa com as duas vitórias (Sporting e V. Guimarães) e os dois Empates de ontem à noite"!
Nada tenho contra o Futebol como espectáculo, muito pelo contrário. O meu Pai foi guarda-redes do Estoril-Praia (único clube de que sou sócio) por isso o Futebol fazia recorrentemente parte das conversas da família e eu próprio, já na idade adulta, nunca escondi a simpatia pelo Benfica...
Todavia não posso deixar de equacionar como seria Bom para todos os Portugueses que este 5º lugar na Europa nos fosse atribuído no Ranking do Desenvolvimento Humano, ou no índice do PIB per capita, ou em outro qualquer Indicador de Desenvolvimento Económico e Social.
Ao assistir com o meu filho (Sportinguista ferrenho, vejam lá até onde chegou a democracia lá em casa...) ao Jogo de ontem entre o Almstat e o Sporting , fomos ambos informados pela rádio que assistiriam ao encontro 3000 suecos.
No dia anterior, no Estádio da Luz, estiveram entre 25 000 e 30 000 adeptos. Os órgãos de Comunicação Social portugueses não deixaram de criticar ao vivo tão "pequena" assistência que deixou a meio a capacidade do Estádio...
Alguma coisa não me parece bem nesta (falta de) perspectiva...
"Panem et Circenses" nas suas infinitas variações ao longo dos séculos, desde a época de Julio César, sempre foi uma táctica utilizada pelo Poder para "animar a malta" enquanto os Iluminados, os Inteligentes, os Plutocratas e outros Demagogos governavam sossegados e sem a interferência "melga" do Povão.
Tive - durante alguns anos - a esperança de que, em Portugal, a consciência popular se teria finalmente elevado acima da Trindade do Pobre : "Fado, Futebol e Touros".
Afinal parece que houve apenas uma "Revisão da Matéria" que remeteu para a gaveta do saudosismo o "Fado" e os "Touros", manteve em alta o "Futebol" e juntou-o no Pódium dos novos Deuses Populares com o "Social Pimba" das "Quintas", "Revistas de Cusca" e outras obscenidades do mesmo género.
É claro que continuamos a manter as nossas élites culturais que animam Clubes Políticos e Republicanos, compram o Jornal de Letras e frequentam a FNAC... Mas também já existiam no tempo de Eça de Queiroz e , se calhar, à proporção da População Portuguesa actual, serão até bem menos agora do que no Séc. XIX...
Vamos a ver se o Fim de Semana me anima...
quinta-feira, setembro 15, 2005
Segmentação da REDE Postal de Balcões - Que critérios?
Vamos admitir que é nos Balcões Próprios dos CTT (EC's) que estamos interessados, deixando por agora de lado o caso dos Postos
A Antiga estrutura da organização das Estações era decididamente geográfica na sua génese, embora segmentada por dimensão dentro de cada Departamento ou Região: Lisboa - (por exemplo) 350 Estações das quais 18 do nível mais alto, 124 do nível a seguir, etc...
Existiam Directores Regionais e Responsáveis Locais que geriam tudo o que estava contido na sua área de influência: Grandes, Médias e Pequenas Estações.
Hoje em dia pensa-se mais numa segmentação primária ligada à dimensão (nº de trabalhadores, sua ocupação real diária, Mercado, atractividade deste, Vendas, etc, etc,..).
A segmentação geográfica seria secundária, "pendurando-se " na primeira: Tantas Estações Tipo A em Lisboa, tantas Tipo A em Santarém, e assim por diante.
Passariam a existir (teoricamente) Responsáveis Nacionais pelas Estações "A", pelas "B" etc... independentemente do local do País onde estivessem localizadas.
A vantagem do primeiro tipo de Segmentação parece ser evidente do ponto de vista Operacional: facilidade de contacto, universo à escala e controlado, possibilidade de criar relacionamento com as estruturas locais de poder (Governadores Civis, Autarquias).
Ter uma estrutura ccomo esta, construída "em cima" da divisão política e administrativa do País tem obviamente vantagens.
Falharia esta vertente em termos mais técnicos, já que as motivações e as exigências que se devem fazer às Estações de grande dimensão não podem ser as mesmas do que às pequenas ou médias.
A vantagem do 2º tipo de Segmentação parece-me ser exactamente cada Responsável poder definir uma Matriz única de avaliação e de motivação para a "sua" Rede própria, não se preocupando tanto com as diferenças de dimensão e de enquadramento (rural versus urbano; mercado de empresas versus mercado individual).
Por outro lado, perde-se um pouco o contacto com o País Real. O Gestor das "A's" pode ter de ir uma vez por ano a Bragança, mas nunca estará por dentro das preocupações e anseios da população bragantina. Se calhar também não necessita de o estar... E quantas vezes lá irá o Gestor das "C's" que possui centenas de EC's para controlar?
É evidente que, neste enquadramento, tem de existir uma subsegmentação geográfica "por baixo" da dimensão: Gestor das "B's" do Centro; gestor das "C's" do Sul, etc...
Proximidade da gestão CTT à Região ou Proximidade da gestão CTT ao mercado real?
Quem quer contribuir para esta discussão?
Mais notícias sobre as Presidenciais
Fala-se aí na possibilidade de uma derrota humilhante para o antigo Presidente...
Convém, em relação a estas matérias, os Meios de Comunicação terem um pouco de cuidado com o que afirmam e ainda com a forma como estes fenómenos de "comportamentos eleitorais a prazo" são neles tratados.
É evidente que a mais de 4 meses do Acto Eleitoral o mais que se pode retirar das Sondagens até aqui publicadas são intenções subjectivas de voto num ou noutro dos candidatos, mas ainda longe das circunstâncias e da pressão que o aproximar do Acto Eleitoral provoca.
Não há comportamento que seja mais sensível ao decorrer do tempo do que o Voto.
Obviamente que falo do Voto dos Eleitorados Não Naturais que são os que costumam decidir estas questões quando chegamos aos "finalmentes".
O Eleitorado Natural - muito menos volátil - é constituído pelos cidadãos eleitores que, em duas Eleições anteriores ou mais, sempre votaram no mesmo Partido\Candidato.
Admitamos ainda que - no caso das Presidenciais - esta análise dos Eleitorados Naturais ou Não Naturais ainda se torna mais difícil de fazer por dois motivos:
a) A distância temporal do último Acto Eleitoral em que participaram Mário Soares ou Cavaco Silva,
mas sobretudo
b) O facto dos actuais "beligerantes" nunca se terem encontradoao mesmo tempo nestas circunstâncias de corrida Presidencial.
Em Conclusão: é cedo demais para que os resultados das Sondagens se revelem "a ponto" de prever o próximo Presidente. As indicações que deles podemos tirar são sem dúvida importantes para medir o pulso do País HOJE, e por isso também importantes para aferir estratégias actuais dos candidatos.
Dito isto, só um irresponsável não admitiria que Cavaco Silva parte, de facto, com Vantagem significativa neste "duelo"... O problema é saber se essa vantagem vai chegar para ganhar em Janeiro.
quarta-feira, setembro 14, 2005
CTT Preparam Lançamento da Caixa Electrónica Postal Universal
Ainda não! Mas o lançamento a breve trecho da Caixa Electrónica Postal Universal prenuncia de facto uma nova era no relacionamento entre a Administração Pública, as grandes Utilities e Bancos, por um lado, e os Clientes Individuais\Cidadãos ou Empresas, por outro.
O Conceito é simples: criar um endereço electrónico de alta segurança para todos os Portugueses (Indivíduos ou Empresas) de forma a que aqueles que o desejarem, e o manifestem expressamente, possam começar a fazer interface com as Entidades Públicas e Privadas que lhes enviam correspondência de forma recorrente: Bancos, Companhias de Seguros, Tribunais, DGCI, EDP, PT, etc, etc..
Quando falamos de interface estamos a referirmo-nos não apenas à recepção\expedição de mensagens, mas também a pagamentos automáticos, movimentando qualquer conta bancária do Cliente\Cidadão Individual ou Empresa.
Quem paga o serviço: A entidade emissora da mensagem. O receptor (Cliente Individual ou Empresa) tem este serviço gratuitamente!
Não se trata de um simples E-Mail! As características deste novo "produto" são bem mais ambiciosas, com garantias formais e legais de entrega das mensagens nos dois sentidos, com validade em Tribunal, e segurança absoluta nas transacções.
Com o Patrocínio expresso do Governo da República, que muito aposta na dinamização desta forma de contacto electrónica, a CEPU tem obviamente "pernas para andar"...
Temos de celebrar o facto de terem sido os CTT - na sua vertente de Correio Híbrido - a envolverem-se oficialmente nesta matéria, retirando assim "o tapete" a outras entidades que o poderiam e desejariam ter feito (SIBS...).
Tal comos vimos dizendo há muito tempo, está cada vez mais próximo o dia em que Correio Físico serão os objectos médios e grossos e parte do Mercado Publicitário de mailings finos, pois as Mensagens a que chamávamos Correio Normal (cartas) terão decididamente um "passaporte virtual" dentro de alguns anos.
Ainda bem que os CTT não só não perderam este comboio como até vão na carruagem da frente, a conduzi-lo!
terça-feira, setembro 13, 2005
Privatização dos Correios em Portugal - Prós e Contras
Gostaria de abrir neste nosso Blogue um espaço de discusssão desta problemática, para o qual convido todos os leitores, solicitando apenas que - como é da praxe neste tipo de meio de comunicação - mantenham o espírito aberto e despido de preconceitos.
Privatizar foi, durante muitos anos, uma "palavra feia" que evitávamos utilizar no enquadramento de serviços considerados essenciais como é o caso dos serviços de Correio.
Exemplos , como o que eu próprio referi dias atrás, sobre o que aconteceu aos Correios Alemães após a privatização, no que diz respeito às relações laborais e ao afluxo da mão de obra barata de Leste, também não ajudavam a que uma reflexão sobre este assunto fosse serena e desprovida de enviezamentos - se é que tal coisa existe neste mundo...
De notar que foi um Deputado alemão (Klaus Barthel) que veio cá a Portugal falar daquele assunto na "famosa" reunião de 4 de Fevereiro que prenunciou o final da tragicomédia associada à anterior gestão da Casa. Não estamos, pois, apenas a comentar alguma notícia de jornal.
Vantagens da privatização para o Accionista, pelo menos no curto prazo, conseguem-se sem dúvida visualizar: o encaixe financeiro considerável, a transferência de responsabilidades sociais e dos tremendos encargos de mão de obra para terceiros, etc...
Os Grandes Clientes Contratuais seriam, em minha opinião, defendidos por esta política, já que a Liberalização dos Serviços que seria obrigatoriamente coincidente ( ou até antecedente) com a privatização dos CTT não deixaria de lhes proporcionar melhores condições de negociação.
Do ponto de vista do Cidadão utilizador dos Serviços Postais Universais já se torna mais difícil compreender como uma entidade que visa o Lucro como objectivo final encararia a obrigação do Serviço Social Postal...
E os Trabalhadores? Que novas Políticas salariais e de Contratação estariam em análise?
Como se observa, há muito assunto para especular.
Espero pelos V. Comentários!
segunda-feira, setembro 12, 2005
11 de Setembro em Debate no Clube "Loja de Ideias"
O Clube «Loja de Ideias» convida-o a estar presente na sua iniciativa « 11 de Setembro: 4 Anos depois, onde estamos?», a ocorrer na Biblioteca-Museu República e Resistência, na segunda-feira, dia 12 de Setembro de 2005, pelas 21.30h .
Dentro do contexto que assume os ataques a Nova Iorque como inauguradores de uma nova fase da nossa contemporaneidade, apresentando-se como marco fundador, é nossa intenção procurar contribuir para que as reflexões sobre o 11 de Setembro se compliquem, no sentido de serem abandonadas as preocupações exclusivamente militares ou civilizacionais e serem abordadas e valorizadas algumas das múltiplas dimensões em análise neste tão complexo tema da actualidade.
Neste sentido, apresentamos o nosso debate envolto em duas linhas de reflexões:
[1] uma linha de apreciação internacional, o impacto nas Relações Internacionais, as consequências estratégico-militares; e
[2] uma linha de considerações internas, de análise das possíveis respostas no âmbito da segurança interna portuguesa (como responderíamos a um eventual ataque) e como vê e sente a comunidade islâmica portuguesa o impacto dos acontecimentos dos últimos anos.
Conferencistas convidados:
João Marques de Almeida
Director do Instituto de Defesa Nacional (IDN)
David Munir
Imã da Mesquita de Lisboa
Paulo Gomes
Gabinete Coordenador de Segurança do Ministério da Administração Interna (GCS-MAI)
Diogo Moreira
Clube «Loja de Ideias»
Debate aberto ao público.
sexta-feira, setembro 09, 2005
Presidenciais - Estão aí as primeiras Sondagens
Em qualquer dos estudos publicados decorre da análise das entrevistas que o Prof. Cavaco Silva leva vantagem (quase que ganharia à primeira volta) no seu confronto com o Dr. Mário Soares.
Mais ainda, na Sondagem da Católica (Pedro Magalhães) detecta-se que existe Eleitorado do PCP e do PS que não votará Mário Soares, preferindo abster-se...
"Até ao lavar dos cestos é Vindima" como se costuma dizer, e vamos decerto observar mudanças importantes nestas atitudes à medida que o Acto Eleitoral se aproximar.
Gastronomia - Crítica de Restaurantes
Quem, como eu, sente grande atracção pela melancólica beleza de um areal deserto, batido pelo mar, onde é possível passear longamente, envolvido pelos cheiros complexos da maresia e das falésias, prefere o Outono na Praia.
Nessa época do ano cessa a luta por centímetro quadrado de areia para estender as toalhas, desaparece a ânsia do bronzeado, diminui o stress das intermináveis filas de automóveis que, nas estações balneares e a caminho das praias, prolongam insuportavelmente o calvário do cidadão urbano que se dirige para o trabalho.
Temos ainda , não por especial merecimento mas sim por dádiva divina, a sorte de possuir, em Portugal, uma região onde esta estação do ano reveste aspectos talvez únicos no hemisfério ocidental: uma extraordinária doçura climática e um contraste cromático entre o céu , o mar e a terra que merecia ter sido imortalizado por Van Gogh.
Falamos do Algarve, província ultimamente na mira das espingardas de alguns cronistas urbanos que reduzem a sua análise aos aspectos mais negativos do fenómeno turístico e, na maioria das vezes, a um único mês - Agosto.
Deixemos, contudo, partir os "agostinhos" rumo aos seus países e suas ocupações e, de acordo com a canção de Bécaud, façamos o percurso inverso animados pela grandeza de alma que caracteriza aqueles que têm a coragem de partir sim, mas em busca da diferença.
Chegámos à Quarteira, povoação de S. Sebastião com foral velho do Rei iniciado - D. Dinis - datado de 1297. Por opção estética e profiláctica recusamos olhar para a selva de cimento impudica e impunemente erguida frente ao mar. Para nós, aqueles edifícios não existem: fazem parte de uma miragem deixada, por vingança, aos portugueses pelos últimos abencerragens árabes que partiram à frente dos cavalos de D. Afonso III.
Fazendo a marginal em direcção ao poente depressa deparamos com Vilamoura, localidade que merece uma visita mais cuidada por causa da sua marina, pelo maior cuidado que foi posto no arranjo urbanístico mas, sobretudo, pela existência da "Casa da Praia", restaurante despretensioso localizado em frente ao mar, mesmo em cima da Praia de Vilamoura.
Este restaurante é abastecido diariamente pela riqueza piscícola do mercado da Quarteira, nele apenas se encontrando as mais frescas espécies de peixe local: pargos reais, salmonetes, robalotes, sargos etc...
Neste mar ainda é possível apanhar o famoso camarão da Quarteira, magnífico crustáceo da ordem decápode, de corpo comprimido e querenado que chega a atingir 15 centímetros de comprimento. Rei do marisco vivo da costa portuguesa, de sabor delicadíssimo, apenas suporta comparações gustativas com os melhores e mais frescos lagostins da costa atlântica.
A cozinha da "Casa da Praia", como não podia deixar de ser, aposta nas mais simples preparações daquelas matérias primas notáveis: a grelha de carvão e a cozedura a vapor. O resultado final tem de ser provado e dado a provar a todos aqueles que ainda negam ser Portugal o local do mundo onde a qualidade do peixe e do marisco é a melhor.
Uma refeição típica neste restaurante pode (e deve) começar pelas entradas de carapauzinhos de escabeche e saladas de polvo ou de búzios as quais cumprem a função de nos fazer passar o tempo até que chegue o camarão da Quarteira, simplesmente cozido e - em nossa opinião - abominando qualquer tipo de acompanhamento em disfarce de molhos (nem uma simples mayonnaise!).
Aprecie-se longamente, olhando o mar e filosofando sobre a má sorte dos veraneantes, condenados a viver em colmeia, longe destas mordomias.
Aparece agora o salmonete, grelhado no carvão "com tudo", isto é, sem ninguém ter tido a ousadia de o despir das tripas ou dos fígados. Coma-se com calma, apreciando o fígado barrado em uma tosta de pão de centeio e recusando liminarmente saladas ou batatas - quando muito uma mão pequena de arroz branco...
Que beber? Não compliquemos as coisas depois de tanto trabalho. Sai uma garrafa de Bical Galeria, obviamente branco e fresco, da casa Aliança. E ficamos muito bem.
Acabe-se a refeição com um "toucinho do céu" e uma aguardente velha de medronho. Só nos faltará para atingirmos o estado puro do hedonista, no dizer de Mestre Vinícius de Morais, "uma rede para nos estendermos e um gato para passarmos a mão..."
O preço médio desta refeição por pessoa foi de 40 €.
Viva o Algarve... no Outono!
quinta-feira, setembro 08, 2005
Estética e Bom Gosto - "Chapelada" a António Lobo Antunes
O delicioso texto tem por tema um "apetite" de infância relacionado com um objecto intrinsecamente "pimba" - um anel de lata vendido nas feiras, com o símbolo do Benfica mas que podia ser de outro Clube qualquer, não é essa a questão.
Tenho visto ultimamente tantas coisas nas Estações de Correio com um gosto "duvidoso" e onde as preocupações estéticas de display são completamente ignoradas...
Uma Empresa como os CTT tem a obrigação imperiosa de manter, em tudo aquilo que faz, o bom gosto e o sentido estético.
A sua tradição e o peso moral da sua herança assim o exigem.
Tomara que quem toma decisões deste tipo, na Rede Postal e não só, tenha o divino "árbitro das elegâncias" Petrónio por Mentor, e não um qualquer designer de Agência movido por outras "agendas".
quarta-feira, setembro 07, 2005
O Correio-Mor feito pelos Leitores
O GARRAFÃO DOS LITROS DE OURO
Sendo utilizados por mais de mil pessoas, existem em Cabo Ruivo 11 bebedouros frigoríficos.
Tendo-se entretanto avariado um desses bebedouros propôs-se a compra de um novo, uma vez que o custo de reparação do antigo era muito elevado e a respectiva data de amortização há muito foi atingida.
Chegou entretanto uma indicação tendo em vista explorar-se a possibilidade de se instalar o sistema alternativo do garrafão em vez desse bebedouro.
Feitas as contas, concluíu-se que o custo médio de utilização do sistema do garrafão neste edifício é cerca de 30 vezes - repito, 30 vezes - mais elevado do que o custo equivalente do sistema do bebedouro; refiro-me a custos que englobam as parcelas todas - amortizações, alugueres, consumíveis, manutenção, água, copos, etc.
Para compreendermos isto, bastará que retenhamos as seguintes informações: o litro de água da companhia custa 0,00122 € e o litro de água dos garrafões custa 0,20611 €; por sua vez, um copo custa 0,0144 € e a capacidade utilizada por copo não ultrapassa os 0,2 litros; finalmente, admitamos que se bebem diariamente cerca de 50 litros de água em cada bebedouro de Cabo Ruivo.
Se é verdade que a quantidade média de energia que é consumida em Portugal por unidade do PIB é o dobro (!) do mesmo valor na Alemanha, então todos nós teremos que fazer qualquer coisa, caso contrário o país estará fatalmente condenado a definhar.
Cada um de nós, quer na sua vida pessoal, quer nas empresas, deve fazer o esforço individual de escolher - e aconselhar - sempre as opções que conduzam a menores custos; se na empresa onde trabalhamos escolhermos soluções que são 30 vezes mais caras do que outras, certamente estaremos a desperdiçar energia, à imagem do que também faremos, por exemplo, quando circularmos com o nosso automóvel nas auto-estradas acima dos 120 km/hora.
Dar-vos-ei conta mais tarde da decisão final que for tomada sobre o bebedouro.
terça-feira, setembro 06, 2005
O Katrina no País mais rico do Mundo
Uma situação deste género traz sempre ao de cima o que há de melhor (os actos de heroísmo individuais) e de pior (as pilhagens ) na raça humana.
Os USA são incontestavelmente a única Super Potência que sobrou. Polícias do Globo terrestre e locomotiva da Economia - pelo menos no que diz respeito ao Mundo Ocidental (embora nestes tempos de globalização qualquer constipação em Washington consiga provocar azia em Pequim).
Por esse motivo causa estranheza como esta Nação tão poderosa tão mal reagiu inicialmente aos efeitos (sem dúvida desvastadores) do Furacão Katrina.
Temos de admitir que os Estados do Mississipi, Alabama e da Louisiana são os mais pobres da União, onde a maioria dos habitantes pertencem a minorias étnicas, mas custa-me a acreditar que a lentidão da resposta Federal esteja relacionada com essa eventual falta de "músculo" social pela ausência de uma comunidade de "Wasps" poderosa localmente e influente no Capitólio. Ainda por cima, e por motivos que seria aqui fastidioso enumerar, esses Estados normalmente votam nos Conservadores...
De todas as formas a dúvida (a remoer na cabeça) instala-se:
Se uma situação catastrófica de efeitos semelhantes tivesse acontecido em Boston, ou Chicago, ou até na California (L.A.) tudo teria sido igual?
Uma última observação: estimam os especialistas que uma das consequências do Furacão Katrina será a criação de mais de 500 000 desempregados... Juntem a este drama humano o facto das Refinarias situadas nessas regiões estarem com capacidades produtivas diminuídas.
Tendo em atenção o enquadramento global das economias mundiais atrás referidas, como é que tal situação pode afectar a Economia Portuguesa?
Temo que adversamente... O Mercado Americano previsionalmente vai retrair-se e teremos mais dificuldade em Exportar.
A vida nos próximos meses (anos?) não será fácil para ninguém.
Cascais e as Autárquicas 2005
Das duas uma:
- Ou o arquitecto da Campanha acha que , em Cascais, se acorda às 4 da madrugada,
- Ou, na óptica da corrente mitologia de ser Cascais terra de noctívagos, o cartaz pretende despertar as pessoas às 4 da tarde, para não perderem o Happy Hour em alguns bares dos hotéis da zona...
segunda-feira, setembro 05, 2005
Autárquicas e Presidenciais - Indigestão de Eleições
Receios - por parte de quem apoia e apoiou o PS - há muitos:
- Vamos levar uma "banhada" nas Autárquicas perdendo Lisboa, Porto, Cascais, Sintra, etc...?
- Terá o "velho Senhor" fôlego para mais uma jornada de combate presidencial?
Estaremos atentos aos comentários e às previsões, sobretudo não deixando de consultar o Dr. Pedro Magalhães e o seu excelente "Margens de Erro".
De momento, e apenas com base num "gut feeling" - que é , aliás aquilo que ensino aos meus alunos de Research para ignorarem logo que começo as aulas todos os anos - tenho a noção de que , ao nível das Autárquicas, a "débacle" da Esquerda PS não será assim tão grande.
A ver vamos...
Não lhes pareça contraditório eu ensinar que os "gut feelings" devem ser ignorados em Pesquisa de Comportamentos e Atitudes e depois avançar aqui com um deles.
Também J. S. Bach escreveu a "Arte da Fuga" para os seus alunos, para depois (segundo os especialistas) ignorar completamente esses seus ensinamentos quando compôs a "Tocata e Fuga" que todos conhecemos...
Regresso de Férias
Das Férias e em jeito de comentário breve, fica-me o cheiro acre da terra queimada na Beira Alta e a paisagem desolada vestida de preto e cinza ( quem fizer a estrada nacional à entrada de Nelas e daí para Seia sabe bem aquilo que digo).
O "moral das tropas" é baixo, e até o começo desastrado do Campeonato Nacional para o Benfica (ícone da grande maioria da população serrana) ajudou aos baixos níveis de auto-estima.
E quanto à Política?
A palavra de ordem parece ser de desilusão face às expectativas criadas pelo novo Governo da República. Claro que a Seca e os Incêndios em nada ajudaram a compor o ramalhete...