Estive ontem no Zoo de Lisboa entre as 9,30h da manhã e as 17,00h da tarde.
Acho que foi a vez em que lá estive metido mais tempo, mesmo contando com aquela em que o meu filho (hoje senhorio) teria uns 5 anos e por lá teve que passar, em cerimónia iniciática a que nenhuma criança naquelas idades se safava...
De manhã houve a cerimónia dos 130 anos do Zoo, com aglomerado importante de "colunáveis".
Pela primeira vez posso dizer com propriedade total que executei o meu "número das focas" no local apropriado!
De tarde, bem, de tarde o Fernando bem me lixou, pedindo que estivesse em directo no plateau que a RTP tinha montado no Zoo para dar uma pequena entrevista. E tive que aguentar.
O tempo mais aborrecido - por causa das dores que entretanto se acumulavam - foi enquanto esperava para a entrevista televisiva, saído da maquilhagem às 14,00h e pensando que pelas 14,30h estaria despachado, quando e afinal apenas me chamaram para o plateau perto das 16,20h.
Nesse preparo, já com a fuça enfarinhada , partilhei o espaço com uma violinista (por acaso bem boa), dois tratadores do Zoo empunhando uma arara e um lagarto (iguana basilisco, foi o que lhe ouvi chamar, mas lagarto serve bem) e uma fadista (assim, assim) com os seus acompanhantes.
O namorado, apoderado , agente, ou lá o que era, da violinista, passou a vida a mexer no Samsung Galaxy S5, tentando encontrar quem lhe vendesse o que me pareceu ser uma máquina de sumos profissional(???). Pela conversa pareceu-me que seria para a roulote da artista, talvez para animar a tournée de Verão...
Com uma artista daquela qualidade ao lado, o facto de se necessitar de uma máquina de sumos na roulotte não augura nada de bom. Acho eu... Uma questão de nozes e dentes.
A Fadista queixava-se das maquilhadoras e da falta da cabeleireira, e que não tinha tido tempo para se preparar devidamente. Os guitarristas discutiam se começavam em Dó ou Fá (não sei o quê, podia ser "sustenido".
Dessa forma - e estando o espaço ao lado da violinista já tomado - é normal que me tenha chegado para os tratadores e passado o tempo a falar sobre a Arara e o Lagarto-Iguana (este quando foi oferecido ao ZOO chamava-se Fiona, mas descobrindo-se mais tarde que era macho ainda estão à espera de lhe cunhar outro patronímico). "A" Fiona está aí ao lado.
A Arara pelo que me recordo (velha senhora com 60 anos) dava pelo nome de Dora e só queria que a catassem. Ela e eu.
Deve ser bom estar deitado quieto com uma mão de jovem senhora a coçar o pelo atrás das orelhas...
À minha frente estava o recinto dos chimpanzés. O macho dominante deve ter uma boa vida... Em duas horitas daquela tarde deu para ver que ali todos lhe prestavam vassalagem, machos de cabeça baixa passavam de largo, enquanto que as fêmeas punham-se em fila... O gajo chama-se Dári, anda nisto há já muitos anos e parece que os anitos não lhe pesam... Pudera! Tomara eu.
Não falo da entrevista, que foi o que foi.
Mas antes de sair ainda houve tempo para um episódio : dada a minha condição de inválido arranjaram-me um "buggy" para me levar (e trazer) desde Sete Rios até lá acima, ao recinto onde a RTP tinha armado a "barraca" nesse dia.
Atento às regras de sustentabilidade defendidas pelo Zoo questionei se o buggy era eléctrico?
-"Não senhor. É a gasolina".
Porquê? Para avisar pelo ruído do motor os transeuntes que circulam a pé no jardim, com crianças pela mão. Os Buggys eléctricos são demasiado silenciosos e provocam acidentes.
As vacas têm badalos, os gatos têm guizos, o ZOO tem Buggys a gasolina.
E eu devia ter mais juízo. Acho que vou arranjar uma máquina de sumos lá para casa. Pode ser que assim saia menos...
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