terça-feira, maio 27, 2014

Rave de ciclóstomos doeu (e não foi na carteira!)

No Domingo passado fiz uma asneira. Nesse Domingo fiz, aliás , duas asneiras. Dita a verdade toda, todinha, foram 3 as asneiras que eu fiz no passado Domingo.
 
Ando farto das dores da ciática, isso já todos sabem. E tem-me custado evitar por essa causa os almoços com os amigos, os convites para jantar com os amigos (tínhamos mais uma ida ao “deserto” combinadíssima) e coisas do género.
 
Mas como não posso (poder posso, mas não devo) evitar a minha presença nos actos oficiais do meu trabalho, o resultado prático é que cada vez estou pior.
 
Ou pelo menos não vejo melhoras, o que somado à impaciência típica da situação, é o mesmo que estar pior.
 
Dessa forma mandei às malvas os cuidados e aceitei partilhar com a Fátima e o Mário (as fotos são dele) um convite no Beira Mar para o almoço, já prometido no tempo em que o saudoso David ainda privava connosco. Afastado esteve Mestre José deste convívio, por motivos que têm a ver com o conteúdo do mesmo. Já lá chego.
 
A ideia era mostrar a quem não sabe algumas das preparações da Lampreia hoje caídas em desuso em Portugal, mas ainda vivas nalgumas zonas da nossa vizinha Galiza.
 
O Paulo Mendonça tem telhados formosos por aqueles lados, e em função disso preparou-nos um almoço só de lampreia em várias apresentações.
 
O nosso Zé não aprecia lampreia, costumando dizer com imensa piada que “ofereço gostosamente  a quem gosta o meu quinhão anual da dita cuja”.
 
Vieram para a mesa Lampreia seca recheada, Lampreia seca grelhada e arroz de lampreia ( as três asneiras…).
 
O acompanhamento foi dado por  um Dão Branco de 2010, inimitável, do Centro de Estudos de Nelas (soberbo, austero, quase granítico) e um Tinto Douro de 2010 Crasto Vinhas Velhas, também ele admirável.
 
Quem não conhecia ficou cliente. Quem já conhecia lambeu os beiços. O problema é que naquelas preparações e sem darmos por isso “gastaram-se” 4 lampreias…E gordas.
 
4 Lampreias para 5 pessoas… Ao preço de mercado façam-se as contas , que não devem ser simpáticas…
 
O meu senhorio tratou do transporte , para lá e para cá. Durante o almoço ainda me levantei algumas vezes, mas a companhia até ajudou. O pior foi quando cheguei a casa…
 
Mas não me queixo (em voz alta).  Perdoa-se sempre a dor que causa pelo bem que soube.
 
Amanhã estou no Jardim Zoológico, outra vez a estragar o que o repouso da noite ajudou a curar. É o lançamento do Postal Inteiro dos 130 Anos do Zoo. Era para estar o Presidente da Câmara de Lisboa, mas com os últimos desenvolvimentos vai o Vice. Que não tarda será o Presidente... Et pour cause.
 
E como para a semana que vem tenho de ir dar duas conferências a Rabat, tenho cá para mim que esta coisa da ciática em cima do coiro da mula (ou do camelo, com mais propriedade) veio mesmo para ficar.
 
Uma coisa é certa: esta foi a última vez que me queixei aqui no blog. Quem não tem juízo é com o  corpo que deve ir pagando.
 
Nota Final: Lá no Zoo de Lisboa a nossa Chita (os CTT são padrinhos) chama-se “DáKartas”… Escrevi aqui o nome porque amanhã vão-me entrevistar e sou capaz de me esquecer…
 
DáKartas!! Baza a correr ou ainda acabas no tacho…Amanhã chega o gordo!

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