O velho Rei Pirro (Pyrrhus) que derrotou os romanos em 279 A.C., na batalha de Asculum, contando as enormes baixas sofridas referiu aos camaradas depois dessa batalha,:
- "Com outra vitória como esta ficarei arruinado".
Não sei se José Seguro se sentiu como Pirro na noite eleitoral... Mas devia sentir-se.
Incapaz de "cavalgar a onda" do descontentamento nacional, ultrapassado por um recém chegado Marinho e Pinto fenomenal (embora não se preveja grande continuidade) e , sobretudo "emparedado" por um PCP a crescer e muito motivado, o PS fez figura amarela de Vencedor meio vencido.
Não vou tão longe como certos comentadores que já dizem ter sido a Aliança Portugal do PSD\CDS o "grande vencedor da noite" . Esses comentadores devem ter comido cogumelos alucinogénios à ceia...
Mas na verdade o resultado pior de sempre na direita , em Portugal, quase que se transformou numa amena derrota por culpa das circunstâncias noticiosas , das máquinas de fazer a notícia, que todas sublinharam Marinho e Pinto e a vitoriazinha com sabor amargo de José Seguro como os "grandes factos da noite!".
Para trás ficou a enorme conquista em votos e percentagens do PCP, a quase desaparição do BE da cena política, bem assim como a já referida "tareia" que a direita encaixou , bem disposta e a sorrir, apesar das queixadas a arder. Para já não falar da enorme e obscena Abstenção, essa sim, a grande figura destas eleições.
O contar de espingardas no PS depois das eleições deve ser tremendo. A malta ligada ao Secretário Geral deve estar como lapa agarrada ao poder e gritando "Grande Vitória!". Os "outros" devem estar todos chateados pelo facto da "vitória, embora pífia" não lhes permitir questionar já a liderança.
Quem ganhou de facto na noite de 25 de Maio?
Declaradamente o Partido da Terra com Marinho e Pinto e o PCP. Todos os outros, mesmo os vencedores absolutos, perderam votos face às autárquicas.
Uma questão deve preocupar os portugueses:
-"Se os resultados eleitorais para as Legislativas fossem mais ou menos estes, em 2015, como se formaria Governo? E como se poderia governar?"
Não é que este pensamento me tire o sono à noite (já meio quilhado com a p*** da ciática que não passa) mas , no mínimo, devia pôr a pensar todos aqueles que têm por objectivo avaliar as alianças e as coligações nas máquinas partidárias...
Uma coisa me parece certa: Nem o PS, nem a aliança PSD\CDS, terão a maioria absoluta em 2015.
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