Venha daí então primeiro o grande Neruda com tradução mazinha aqui do blogger...
Poema de Outono
Quero apenas cinco coisas..,
Primeiro é o amor sem fim
A segunda é ver o outono
A terceira é o sizudo inverno
Em quarto lugar o verão
A quinta coisa são os teus olhos
Não quero dormir sem os teus olhos.
Não quero ser sem que me olhes.
E dou em troca a primavera para que continues a olhar-me.
Primeiro é o amor sem fim
A segunda é ver o outono
A terceira é o sizudo inverno
Em quarto lugar o verão
A quinta coisa são os teus olhos
Não quero dormir sem os teus olhos.
Não quero ser sem que me olhes.
E dou em troca a primavera para que continues a olhar-me.
Pablo Neruda
E acabo com o nosso Gastão Cruz, profeta da poesia tomara que não o levem os poderes à letra ...
Que Farei no Outono quando Tudo Arde
Que farei no outono quando ardem
as aves e as folhas e se chove
é sobre o corpo descoberto que arde
a água do outono
Que faremos do corpo e da vontade
de o submeter ao fogo do outono
quando o corpo se queima e quando o sono
sob o rumor da chuva se desfaz
Tudo desaparece sob o fogo
tudo se queima tudo prende a sua
secura ao fogo e cada corpo vai-se
prendendo ao fogo raso
pois só pode
arder imerso quando tudo arde
Gastão Cruz, in "As Aves"
as aves e as folhas e se chove
é sobre o corpo descoberto que arde
a água do outono
Que faremos do corpo e da vontade
de o submeter ao fogo do outono
quando o corpo se queima e quando o sono
sob o rumor da chuva se desfaz
Tudo desaparece sob o fogo
tudo se queima tudo prende a sua
secura ao fogo e cada corpo vai-se
prendendo ao fogo raso
pois só pode
arder imerso quando tudo arde
Gastão Cruz, in "As Aves"
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