A temperatura baixou, mas não é a esse fenómeno meteorológico esperado e bem vindo (sobretudo para os bravos combatentes da Paz) que me refiro.
Queria falar da baixa temperatura que se nota em torno da sociedade civil portuguesa. Nem a proximidade eleitoral, nem o ruído em torno do Tribunal Constitucional e das suas decisões, nem a Festa do Avante, nem sequer a bola do nosso futebolês, parece que conseguem dar vida ao país e às suas gentes.
Os jornais têm cada vez menos páginas. As TV’s são obrigadas a mergulhar cada vez mais no poço das coscuvilhices e das notícias de tabloide (homem arranca orelha de cão à dentada depois de ter atirado o gato pela janela…).
Os políticos tanto abusaram da paciência da plebe que parecem ter cansado as suas audiências. Exceto aqueles pobres tristes que ainda sonham com um empregozito lá na Junta (ou na Câmara) o que se torna cada vez mais difícil.
As únicas matérias que ainda parecem mexer com os visados (et pour cause) são os atentados cada vez mais certeiros do Governo à Função Pública. Aqui ainda se nota algum burburinho popular perante as hipóteses certas de cortes nos salários e dispensas mais ou menos compulsivas .
Talvez estas águas paradas se revolvam um pouco quando o Sr. Governo anunciar, e muito convenientemente depois das Autárquicas, a dimensão do “pacote” que tem preparado para os pensionistas.
Choro e ranger de dentes pois então… Mas porventura baixinho, por baixo do cobertor para não incomodar.
Não sei se fui eu que acordei hoje à Eça. Chateado e desanimado , enfim, quase “vencido da vida”… Mas cada vez me parece mais que o país está mesmo uma “pasmaceira”.
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