Depois de nos termos lambido com as magníficas carnes de porco alentejano e das vitelas mirandesas do "Novo Coimbra", lá para Palheiros, aqui estamos de novo no meio desta selva urbana.
Reticências ( um pensamento ou ideia que ficou por terminar e que transmite omissão de algo que podia ser escrito, mas que não é) parece ser o que agora abunda por aí em termos de comunicação política à plebe.
Mesmo com as negações governamentais dos seus cada vez menos otimistas militantes e com a injunção inocente feita ontem à noite pelos nossos Conselheiros de Estado à "Solidariedade" dos colegas europeus, fiquemos todos bem cientes que aquilo que nos espera - mais cedo ou mais tarde - será um outro Resgate Financeiro, com condições ainda piores dos que as que temos atualmente.
Porque estou tão certo disto? Porque não há forma do país pagar os juros que os nossos "colegas prestamistas" exigem. Todos os meses estamos a dever mais. Assim este pesadelo não tem fim.
É a própria União Europeia que afunda os seus membros, criando condições para que nunca mais estes possam erguer a cabeça.
Na espera ansiosa pelos resultados das eleições legislativas alemãs de Setembro viverá este pobre Portugal, adiando porventura para essa altura o pedido formal do novo resgate.
Sabemos agora como os "resgates" são grandes negócios para quem empresta e precipícios para quem pede emprestado. Por isso a Espanha não foi na conversa. Por isso - e por muito que nos custe - talvez José Sócrates tivesse razão quando queria resolver o problema sem intervenção da Troika.
Entre a espada do novo Resgate com cláusulas ainda mais draconianas e a parede da saída do Euro, penso sinceramente que se deve pensar nesta última hipótese.
Pelo menos seríamos outra vez independentes... Pobres seremos sempre. A diferença estará em ser pobre e pau mandado, ou pobre com alguma dignidade...
Reticências no fim (viram?)
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