Ao fim de 160 anos de emissões (desde 1853) é normal que se tenha já "comemorado" ou "evocado" , ou "celebrado" quase tudo.
Pelo menos, muita coisa. E nesta altura do ano, em que se prepara o Plano de 2014, vêm outra vez à colação as propostas de temas que poderão (ou não) já ter sido objeto de emissão de selos em anos posteriores.
É claro que muitas vezes não se celebram certas coisas, antes devem ser evocadas para não cair no esquecimento. Por exemplo, embora abundem nos catálogos os selos dedicados a centenários da "morte" de alguém, é por demais evidente que a morte não se celebra (com a provável exceção dos santos). Quanto muito evoca-se a vida e obra da personagem em causa.
Também não é muito simpático comemorar uma guerra. Mas penso que todos concordarão que lembrar aos mais novos as circunstâncias e a tragédia das grandes guerras mundiais - e agora aproxima-se o centenário da WWI - é um dever de entidades como os CTT, que são uma parte importante da memória histórica do país.
Vem esta conversa à colação para falarmos de um assunto que eu, pessoalmente, gostaria que fosse (outra vez) celebrado em selos no ano que vem. Trata-se dos 500 anos da Embaixada de D. Manuel I ao Papa. A célebre Embaixada que meteu Elefante Branco (o Hanno) e Rinoceronte (que, coitado, morreu no caminho, não sem antes ter sido desenhado por Dürer).
Bem sei que já tínhamos feito a evocação deste acontecimento numa Emissão EUROPA em 1982, com um selo do Arqº Martins Barata (que assinou José Pedro Roque). Mas que diabo, entrar em Roma com um elefante branco, panteras q.b. e mais não sei quantos cavalos e cavaleiros, pedrarias e tecidos da Índia, etc... valerá bem a "reposição"!
Nem que seja para lembrar aos amigos transalpinos o verdadeiro significado da palavra "Portoghesi"...
Caloteira é a mãe! (como diria o Chico Anísio)
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