Antes que o pau caia outra vez em cima das costas dos tristes (esperem pela pancada logo mais à tarde, 20h) aqui fica o habitual poema das Sextas.
E mesmo que o país tenha acordado feliz pelo Benfica (enfim, a maioria do país...) não há Taça nem Campeonato que hoje em dia substituam os euros a menos que vão saindo das carteiras todos os meses. Saindo nem é bem o caso...Mais bem dito, "os euros que deixaram de lá entrar!".
Desta forma, para nunca perdermos de vista a "Realidade", aqui vos deixo uma reflexão meio amargurada de Pedro Homem de Mello:
Realidade
Fomos longe demais, para voltar
Aos antigos canteiros onde há rosas.
Em nós, o ouvido, quase e, quase, o olhar
Buscam nas cores vozes misteriosas...
Mas o mistério é flor da juventude.
Não rima com poemas desumanos.
A idade — a nossa idade! — nunca ilude.
Só uma vez é que se tem vinte anos.
Quebrámos todos, todos os espelhos
E o sol que, neles, está hoje posto
Já não reflecte os lábios tão vermelhos
Que nos iluminam, sempre, o rosto.
Realidade? Há uma: apenas esta!
— Somos espectros na cidade em festa.
Pedro Homem de Mello: "Eu Desci aos Infernos"
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