Aproxima-se o mês de Maio.
Mês das Flores. Mês de Maria. Mês do Trabalho e dos Trabalhadores, Mês da Primavera.
Antes de tudo isso, lá bem para trás da história, na Idade do Ferro, foi Maio o Mês celta e germânico da celebração do final do Inverno, onde se erigiam os Maypoles druidas em louvor da floresta.
Os grandes Reis-Pastores (do David bíblico a Viriato dos Hermínios) deviam também dançar neste dia, celebrando a Natureza pujante e renascida.
Quaisquer que sejam as nossas inclinações, saúdo com um abraço muito apertado o nosso grande e esquecido José Afonso, e aqui vos deixo:
Maio maduro Maio
Maio maduro Maio
Quem te pintou
Quem te quebrou o encanto
Nunca te amou
Raiava o Sol já no Sul
E uma falua vinha
Lá de Istambul
Sempre depois da sesta
Chamando as flores
Era o dia da festa
Maio de amores
Era o dia de cantar
E uma falua andava
Ao longe a varar
Maio com meu amigo
Quem dera já
Sempre depois do trigo se cantará
Qu'importa a fúria do mar!
Que a voz não te esmoreça
Vamos lutar!
Numa rua comprida
El-rei pastor
Vende o soro da vida
Que mata a dor
Venham ver,
Maio nasceu!
Que a voz não te esmoreça!
E a turba rompeu...
José Afonso
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