Arrefeceu bem hoje. A neve já se vê aqui de baixo, lá para o cabeço gordo.
Acabei por assar no forno a Dourada. E que boa estava!
Fez-nos companhia à mesa um dos nossos primos, hoje de folga enquanto que a mulher continuava a trabalhar no cabeleireiro que possuem em Seia. Aqui para cima , Patrão de uma pequena ou micro empresa sempre significou apenas que tem mais trabalho e mais responsabilidades do que os (poucos) empregados. E a crise já levou uma delas, motivo por que a “patroa” , nestes dias santos e feriados não almoça, faz o turno direto das 8.30h às 19.00h ( ou até sair a última cliente).
Conversa obrigatória, para além da bola, a questão do novo ordenamento administrativo do país. Nomeadamente a redução e fusão das Juntas de Freguesia.
Pensei que as pessoas sentissem mais aqui para cima o desaparecimento da sua Junta, sobretudo depois do que vimos em Lisboa, com a manifestação da semana passada. Afinal parece que não é bem assim… Como em todos os lados aqui existem fações: os que gostam do atual Presidente da Junta (porque os ajudou nisto ou naquilo) e os outros, aqueles que nem querem ouvir falar dele.
Para estes últimos – onde parece incluir-se a nossa família e amigos (questões velhas de caminhos por alcatroar e postes de eletricidade por levantar) - não faz cá falta nenhuma a Junta e quanto mais depressa tirassem o lugar àquele “comilãozito” melhor!
Questiúnculas da província que até parecem ter saído das páginas de Julio Dinis. De facto, no principal, este país pouco terá mudado nos últimos 100 anos.
Porque é que estas ideias velhas e relhas de um Portugal antigo, que permanecem como os abencerragens dos últimos Emires do Al-Andaluz depois da reconquista, nos devem surpreender?
No fim de contas, ao nível da riqueza acumulada estaremos como em 2001. E nada nos diz que não iremos ainda lá mais para trás…
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário