Com o malvado do joelho ainda a incomodar-me e sem que a cabeça tenha descanso a pensar no que se pode retirar da conversa de Pedro Mota Soares ontem na TVI (já comentada noutro Post), levantei-me hoje mais cedo do que o costume.
Tema do poema de hoje?
A minha vontade seria discorrer sobre o futuro mais que incerto, com a classe média a afundar-se cada vez mais, com as pensões acima dos 2000 euros a levarem cabazada atrás de cabazada, até que aquilo que o Fundo deva pagar, no máximo, seja mais ou menos essa verba, independentemente do que o desgraçado descontou em toda a sua vida contributiva...
Um amigo meu já dizia, com inteira razão: "Cortem nos benefícios, sem dúvida. Mas como quem tem esses benefícios assumiu compromissos a contar com eles, cortem também em igual proporção no valor desses compromissos!"
É que se não o fizerem as falências individuais vão multiplicar-se e chegaremos a um ponto onde ninguém paga a ninguém...
Mas estamos em Abril, mês da Primavera, mês de todas as esperanças.
Em louvor de Abril aqui vai Poema de muita Esperança:
La nuit n'est jamais complète
Il y a toujours
puisque je le dis
puisque je l'affirme
au bout du chagrin
une fenêtre ouverte
une fenêtre éclairée
Il y a toujours
un rêve qui veille
désir à combler
faim à satisfaire
un coeur généreux
une main tendue
une main ouverte
des yeux attentifs
une vie
la vie à se partager
Paul Eluard.
Nota: Paul Éluard foi um poeta francês, autor de poemas contra o nazismo que circularam clandestinamente durante a Segunda Guerra Mundial. Participou no movimento dadaísta, foi um dos pilares do surrealismo, abrindo caminho para uma ação artística de intervenção. Pertenceu aos quadros do partido comunista francês.
Tornou-se mundialmente conhecido como o Poeta da Liberdade.
É o mais lírico e considerado o mais bem dotado dos poetas surrealistas franceses.
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