quinta-feira, novembro 10, 2011

Como Explicar a Crise à "Santa" ( a dos carcanhóis)

A única vantagem que eu pensava ser possível extrair desta Crise seria a maior facilidade em abrir a torneira dos fundos maternais geridos pela santa senhora cá de baixo, aliviando assim o peso da austeridade que este vosso amigo blogger já sente cada vez mais...E quem não sente que levante a mão!

As intenções eram boas, o princípio da coisa parecia ser são, o objectivo por demais virtuoso: antecipar alguma coisita da "herança" sem ter que esperar pelo "acontecimento inevitável".

Tal "acontecimento" há-de chegar - não duvido . Não se sabe é quando...Tal como com o Fidel, esta santa cá de baixo, aos 80 e tais, ainda parece que está para durar e engomar... o outro pode estar conservado em Rum e defumado pelos Cohibas (Ai que saudades!) enquanto que a dita cuja será mais em àgua benta. Seja como for ambos têm tido bons resultados.

Farto de esperar pelas melhoras da vida (Euromilhões e assim) , atormentado pela crise e querendo , não direi manter o nível a que estava habituado, mas pelo menos minorar os sacrifícios, engendrei um esquema articulado para "sacar" mais algum do que lá está na Caixa.
A chamada (noutros Trópicos) "Conversa do Bandido":

"- A Mãe já viu como está cada vez menos gente nos super-mercados? É a Crise..."
 "- Pois já vi, já. Gastaram tudo quando tinham e agora remoem!" (mau, mau que a conversa não era bem esta..).
"- Mas até o Presidente da República acha que os sacrifícios são demais! Assim não pode ser!"
"- Poupem! Poupem que foi o que eu fiz toda a vida!" (Ai, Ai, Ai que tá cada vez pior...)
"- Por exemplo, eu agora com o aumento dos impostos e a redução no vencimento e o desaparecimento dos prémios,  só ganho metade do que ganhava em 2002! Quem se habitua a isto?"
"- Olha que metade de muito ainda é bastante! E para que precisas tu de mais dinheiro? Só se for para poupar..." (Está o caldo a entornar não tarda!"
"- A Mãe já viu que se o seu Neto ou eu formos  para um Hospital já não tenho tudo de graça? E que até os remédios têm menos participações? "
"- Bem, se isso acontecer eu ajudo. Agora para copos,  jantares e compras de vinhos caros para beber com os teus amigos? Nem pensar nisso!  Até seria uma ofensa aos pobres!" (Pronto. Acabou-se a prudência e a cortesia! Estupor de V*** que me atarrazina!)
"- Olhe que a Mãe também está sempre a dar para a Paróquia e coisas assim. Lembre-se mas é de nós que também precisamos!"
"- Tens lá em cima na terra muito terreno para cavares se vier a fome. Vai mas é treinando. E se entretanto, com a Crise, abateres um bocado a barriga, só te fica bem." (Meterem-se com a minha barriga irrita-me! Chateia-me! Parece que passei a vida sem fazer mais nada a não ser  comer e beber do bom e do melhor ... )  (Bem, Adiante ...)
"- Oh Mãe, pelo menos pelo Natal podia ajudar um bocadinho mais..."
"- Ajudo mas é menos! Já sabes que será só  metade do que costumava dar! Esse é o conselho  daquele Senhor muito sério que é Victor como o teu pai  e dá ares ao ciclista que ganhava antigamente a Volta a Portugal, o Alves Barbosa". (Ai o R*** da V*** que´nasceu para me Chatear! Acabou-se a conversa!)

Resumindo: As negociações foram inconclusivas. Trata-se, evidentemente, de um processo em curso, tal e qual como a questão da Palestina.  Pensaremos melhor em estratégia distinta para o segundo round

O que vale é que o Natal está aí a chegar. Será que posso continuar a fazer a cena do costume (100 euros por 100 contitos, 50 euros por 50 contitos)? É preciso é que a Santa passe para cá o cartanito da Caixa, como nos outros anos... Desconfiada como está já nem isso será certo!


F*** da P*** da Crise que "arrebenta" com as relações familiares!

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