sexta-feira, novembro 05, 2010

Os Blocos Filatélicos nos Planos de Emissões

Um dos nossos leitores comenta:

Bom dia.

A quantidade de selos e valor que refere inclui apenas aos selos emitidos em folhas e não os que são emitidos em blocos. Esses sim são uma exploração clara dos filatelistas, e atiram a emissão de selos de Portugal para perto dos 130 selos e 150 euros de valor anual. Um claro e evidente exagero.

Comentário ao Comentário: os Blocos são de facto desejados por alguns coleccionadores mas nunca em demasia.

Concordo que Portugal tem feito muitos blocos ultimamente, mas tal se deve ao facto do nº de emissões estar agora a roçar as 30 por ano. Fizémos em 2010 cerca de 23 blocos (a emissão Europa tem 3, e dobrámos os blocos em mais 3 Emissões). Tal  dá uma proporção um pouco superior a 50% de Emissões com Bloco. Repito que está um pouco à frente da política de emissões de blocos de outros Países. Mas não de todos e mesmo na Europa existem colegas (Roménia, Austria, entre outros) que emitem mais blocos que nós (incluo aqui as Folhas miniatura.) O Japão de cuja política filatélica poucos duvidarão, tem muito mais FM e Blocos que Portugal.

A questão também importante é que do ponto de vista artístico e explicativo dos temas das Emissões os Blocos permitem um "estender" da matéria que no selo não seria possível por causa da área. Quando a Filatelia parece (e ainda bem) que caíu no goto dos poderes constituídos, os temas que nos aparecem nem sempre têm uma interpretação artística fácil. Daí o Bloco servir para complementar a exposição do tema glosado em selos. E, tenho de admitir, são mais atraentes para o público em geral.

Dito isto, que é tudo verdade, não deixa de ser também verdade o que o nosso leitor escreve. Embora o valor do Portugal em Selos (que é a nossa bitola do custo da filatelia portuguesa anual) ainda não tenha ultrapassado os 111 euros...

Um comentário:

Anônimo disse...

Boa noite.

No seu comentário afirma "os Blocos são de facto desejados por alguns coleccionadores mas nunca em demasia".

Esta "demasia" deveria ser vista tanto do ponto de vista da quantidade como do valor facial.

Vamos a contas:
No ano de 2010 foram emitidos 23 blocos, num total de 49,78€. Desses 23, 7 tinham um facial de 2,00€ e 10 de 2,50€.

Depois surge a questão: para que é que servem os selos de 2,00€ e 2,50€? E a resposta surge naturalmente: para muito poucos serviços, ora para envios para o estrangeiro, ora para envios internos já com peso considerável.

Conclusão: os blocos são interessantes? Sim. Os valores faciais dos blocos são úteis? Raramente.

Solução: emitir os blocos, mas com valores que se enquadrem nos envios mais frequentes: 1,62; 1,75€; 1,85€; etc...

Algum comentário a esta reflexão?

José Flávio Fonseca