Um dos nossos leitores afirma o seguinte:
No seu comentário afirma "os Blocos são de facto desejados por alguns coleccionadores mas nunca em demasia".
Esta "demasia" deveria ser vista tanto do ponto de vista da quantidade como do valor facial.
Vamos a contas:
No ano de 2010 foram emitidos 23 blocos, num total de 49,78€. Desses 23, 7 tinham um facial de 2,00€ e 10 de 2,50€.
Depois surge a questão: para que é que servem os selos de 2,00€ e 2,50€? E a resposta surge naturalmente: para muito poucos serviços, ora para envios para o estrangeiro, ora para envios internos já com peso considerável.
Conclusão: os blocos são interessantes? Sim. Os valores faciais dos blocos são úteis? Raramente.
Solução: emitir os blocos, mas com valores que se enquadrem nos envios mais frequentes: 1,62; 1,75€; 1,85€; etc...
Algum comentário a esta reflexão?
José Flávio Fonseca
Comentário: à parte a questão dos custos de fabrico, que também entra nesta equação e influencia o preço final das peças, o nosso Leitor tem razão em desejar que os blocos possam circular mais colados em correspondências reais. Temos que encontrar um compromisso entre as necessidades do serviço postal, as dificuldades dos balcões para trocos e os valores faciais. Não é fácil porque a circulação é cada vez menor, o que aumenta os custos de produção face a tiragens também inferiores. E não circulam porque as tarifas podem não ser as mais adequadas... Círculo vicioso.
Nos países em relação aos quais fazemos benchmarking filatélico, os Blocos já quase não circulam, são sobretudo peças de aparato destinadas a divulgar temas e assuntos considerados importantes. E estamos a observar um aumento cada vez maior, nesses mesmos países, das Folhas especiais de 8, 10 e mesmo 12 selos. Esta parece ser de facto uma alternativa: fazer uma folha de 10 selos, cada um deles com capacidade de franquear a correspondência ao facial exacto, e vender a folha toda decorada nas margens por 10X esse valor. Mas ainda seria mais gravoso para o Cliente que deseja coleccionar tudo.
Analisaremos .
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