No habitual recanto de poesia das Sextas feiras uma pequena jóia de Ângelo de Lima, poeta um pouco esquecido do nosso património cultural, mas que li e reli numa escolha avisada de Eugénio de Andrade para a sua "Antologia Pessoal da Poesia Portuguesa"..
EU ONTEM VI-TE…
Andava a luz
Do teu olhar,
Que me seduz
A divagar
Em torno a mim.
E então pedi-te,
Não que me olhasses,
Mas que afastasses,
Um poucochinho,
Do meu caminho,
Um tal fulgor
De medo, amor,
Que me cegasse,
Me deslumbrasse,
Fulgor assim.
Ângelo de Lima
1872 – 1921
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