O pretexto era falar com Amigos, alguns antigos, outros modernos, mas todos tendo alguma coisa a ver com a Edição dos Livros Temáticos da Filatelia. Sobretudo dos dedicados à Gastronomia e Enologia...
Lá compareceram à liça o Zé Q.; o João P. M. e o David Lopes Ramos (amigo novo a quem se fez a proposta de desenvolver o próximo Livro sobre a gastronomia de Língua Portuguesa - África e Brasil) . Aqui da velha Xafarica da Casal Ribeiro eram os suspeitos do costume.
Para melhorar o ambiente eis senão quando nos entram também pela porta do "Poleiro" o Chefe Luis Suspiro (Na Ordem com...) e o Pedro Rodrigues actualmente proprietário do Vírgula em Lisboa mas que foi meu colega no ISCTE. Ele diz que foi meu aluno, mas eu acho que fomos mesmo companheiros "de bancada"...
Afastados os dois "penetras" por vontade deles própria (tinham negócios a tratar) ficámos só os seis, mas os seis em boa companhia...
De facto decidi nesse dia trazer de minha casa algumas daquelas garrafas que só abrimos na frente de alguns especialistas que as possam compreender, sob pena de estarmos a confundir (digamos assim ) os "segmentos de mercado" .
Isto tudo com a cumplicidade do Sr. Aurélio do Poleiro, inexcedível de simpatia ao deixar-me invadir a sua casa com as minhas garrafas e, depois, a tratar das mesmas como se fossem mesmo "filhas dele", abrindo-as a preceito duas horas antes, decantando todas e preparando uma mesa de provas fenomenal. Muito Obrigado Amigo Aurélio!
Ora vejamos:
Como aperitivo um Ruinard Blanc de Blancs, tipo "lava o dente"...
Para abrir as hostilidades mais sérias um Atadi de 2003 (Rioja da nova escola, 95 pontos do Parker). Seguiu-se-lhe um Barca Velha de 1999 (o último que saíu) em garrafa normal. Depois dele um Barca Velha de 1995, mas este em Magnum. Para terminar uma relíquia, um Vega Sicília (Ribera del Duero) dos anos 70.
João Paulo Martins fez as honras de "desmame" e garantiu que estavam todas em forma... Mutatis mutandi, já se vê.
O Champagne bebeu-se com entradas de Trás-os Montes e do Alentejo: ovos com espargos e chouriça, cogumelos em boa companhia, croquetes de vitela, etc....
Os Tintos bateram-se com os pratos de "sustância" , todos escolhidos individualmente pelos presentes, desde a "Barriga de Porca com arroz de favas" até à "Vitela estufada com macarrão", passando pelo "Anho com Arroz de forno".
Tábua de queijos para terminar os Tintos.
E as opiniões?
Bem, posso aqui deixar as minhas: o melhor vinho (para o meu paladar) foi o Barca Velha de 99, está a atingir o "pico" e parece-me na altura ideal para consumir. Muito bom também o seu irmão mais velho e o Atadi (este obviamente no tal registo Parkeriano de concentração, chocolate, frutos pretos, etc..).
O Senhor Vega Sicília está já um pouco fora da sua época - pelo menos assim me pareceu - embora os Amigos mais sabedores jurassem pela sua qualidade mesmo com mais de 30 anos... E foi esta a única garrafa (obviamente vazia!) que o JPM pediu licença para levar para casa.
Não faz sentido falar aqui em preços, porque só se pagaram os "secos". Se as garrafas fossem todas compradas num restaurante esta refeição atingiria valores "estratosféricos" de certeza.
E as Conclusões do que por lá se falou? Boas Notícias para a Filatelia e para os amantes dos nossos livros!!
Temos o Livro da Gastronomia Europeia com Coordenação de José Quitério previsto para sair em Setembro \Outubro deste ano. Temos um acordo de princípio com o David Lopes Ramos para nos escrever a Gastronomia de Expressão Portuguesa e também temos outro acordo com o João Paulo Martins para fazer um novo Livro dedicado ao Vinho em Portugal, mas este na óptica do Consumidor...
Que tal? Valeu ou não a pena ter levado as garrafitas?
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