Sexta Feira passada continuei o meu périplo pelo país a fazer os estudos de mercado sobre Livros Temáticos de Filatelia e coube a vez de me apresentar aos colegas da Invicta.
Estacionada a viatura no antigo Palácio dos Correios , mesmo em frente à Câmara Municipal do Porto, na Av. dos Aliados pus-me à procura do velhinho "Restaurante do Porto", companheiro inseparável de tantas idas de trabalho ao Norte. Não o vi. Tinha falido há 5 ou 6 anos, segundo me informaram...
Na mesma Rua do Bonjardim, uns metros acima, entrei num local que ainda não conhecia para amesendar:
Restaurante Solar da Conga
R. do Bonjardim, 294
Tel. 222 006 934
Fax. 222 006 934
R. do Bonjardim, 294
Tel. 222 006 934
Fax. 222 006 934
PORTO
"Conga" será um instrumento de percurssão de origem africana. A sua utilização em bandas de música dos anos 20 e 30, nos "chás dançantes" , seria muito frequente, o que terá originado a escolha da denominação para este Restaurante.
O mistério é que a casa parece ter menos de 4 ou 5 anos...
Andando mais um pedaço para cima da mesma Rua do Bonjardim lá se dá com a solução:
O "Solar da Conga" tem a seu lado uma "antecessora" muito mais antiga, atabernada, de balcão comprido, famosa pelas Bifanas e Francesinhas, a qual terá sido sem dúvida a casa-mãe deste novo espaço restaurativo.
Desfeito o mistério vamos às provas. Primeiro que tudo im porta dizer que o ambiente é moderno - com plasmas nas paredes e tudo - boa toalha, bom guardanapo de pano.
Serviço um pouco rápido, incitando o cliente também a uma certa rapidez, o que parece estar de acordo com a filosofia deste Restaurante, criado para almoços de todos os dias sem grandes ostentações.
Não colocam já entradas na mesa excepto a pedido expresso do cliente (ASAE oblige...) .
A pedido lá veio então um "serviço de presunto" constituído por uma travessa de bom presunto de Lamego, cortado bem grosso, com azeitonas e broa de Avintes a acompanhar (6€). Bem bom e que nos desenjoou dos habituais "serranos" de Lisboa e arredores...
Bacalhau Assado no forno, com a 1\2 dose a 12€ era a proposta do dia nos peixes. Nas Carnes havia o Cabrito também assado no forno e ao mesmo preço.Escolheu-se o bacalhau em travessa de grés claro, quantidade suficiente (posta alta inteira) para uma pessoa. E estava bem bom.
Uma garrafa de Verde Tinto Ponte da Barca (5,8€) e um café fizeram esta simples refeição.
Total - 24,8€. Sem o Presunto teriam sido uns 18€..
Conclusão: Vale bem a pena, embora não tenha apagado as saudades do velhinho Restaurante do Porto e das suas monumentais Tripas das Quintas Feiras...
Parece, contudo, que este Solar da Conga também apresenta Tripas e Filetes de Polvo e Cozido à Portuguesa... A ver vamos em próximas oportunidades...
2 comentários:
Como conhecedora da toda a história do Restaurante Solar da Conga e porque o proprietário e com vaidade e orgulho o digo é o meu pai. Estamos a falar de um Senhor da boa gastronomia, de um bom anfitrião, que muito respeita quem no seu restaurante entra pela primeira vez e que com gosto o serve para que seja a primeira de muitas visitas ao seu espaço.
Devo desfazer o engano quanto ao Restaurante Solar da Conga com a Conga das Bifanas. Com todo o respeito pela Conga das Bifanas, até porque ambos os proprietários são amigos de longa data e ambos sabem respeitar os espaços de cada um, bem como o serviço que prestam aos seus clientes. O Restaurante Solar da Conga tem este nome porque efectivamente de um Solar se tratava. Nas traseiras do antigo edifício e como já disse de um Solar se tratava, existe um espaço ao ar livre que tudo me leva a creditar que seria um pequeno jardim. Também existia uma capela. Aquando de obras de beneficiação foram encontrados objectos de Arte Sacra. Tal capela e por exigência das necessidades do restaurante e por por forma a cumprir com todas as normas e regras, foi transformado em armazém com todos os requisitos para assegurar a manutenção do restaurante, assegurar a boa armazenagem e conservação de alimentos. Foi um restaurante que me viu crescer e que muitas saudades me deixa. Foi, porque e por vontade dos grandes grupos económicos, o Restaurante Solar da Conga, viu as suas portas encerradas no dia 14 de Maio de 2011. Estou certa e pelo que presenciei é uma casa que vai deixar saudades a muitos cliente que fizeram o fazer o favor de se tornarem em bons e "velhos" amigos. Muito obrigado a todos os clientes que fizeram parte da história do Solar da Conga, também um muito obrigado aos colaboradores que lutaram ao lado do meu pai para que esta casa tenha o reconhecimento que tem e em jeito de homenagem ao Sr. Francisco Cardoso, senhor meu pai, que sem me querer repetir, com muito orgulho e vaidade, obrigada por contribuíres para a história da Cidade Invicta, a cidade do Porto. Estou certa que o nome do Restaurante Solar da Conga e os seus sabores tão caseiros como era o caso do cabrito assado no forno com arroz de miúdos, o bacalhau recheado com presunto, a pescada recheada com marisco, o bom bife do Vazio, os filetes de polvo com arroz do mesmos, a vitela assada, o arroz à valenciana e as famosas tripas à moda do Porto.
Até sempre Restaurante Solar da Conga, já aos amigos do meu pai. E a ti pai... até logo!!! Adoro-te!!!!
Viva. Gostava de trocar impressões consigo sobre a história do Solar da Conga. O meu pai ia lá nos anos 50/60. Fala de um empregado chamado Manel. Cumprimentos, Ricardo Vila Verde
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