segunda-feira, abril 14, 2008

Solar da Conga


Sexta Feira passada continuei o meu périplo pelo país a fazer os estudos de mercado sobre Livros Temáticos de Filatelia e coube a vez de me apresentar aos colegas da Invicta.

Estacionada a viatura no antigo Palácio dos Correios , mesmo em frente à Câmara Municipal do Porto, na Av. dos Aliados pus-me à procura do velhinho "Restaurante do Porto", companheiro inseparável de tantas idas de trabalho ao Norte. Não o vi. Tinha falido há 5 ou 6 anos, segundo me informaram...

Na mesma Rua do Bonjardim, uns metros acima, entrei num local que ainda não conhecia para amesendar:

Restaurante Solar da Conga
R. do Bonjardim, 294
Tel. 222 006 934
Fax. 222 006 934

PORTO
"Conga" será um instrumento de percurssão de origem africana. A sua utilização em bandas de música dos anos 20 e 30, nos "chás dançantes" , seria muito frequente, o que terá originado a escolha da denominação para este Restaurante.
O mistério é que a casa parece ter menos de 4 ou 5 anos...
Andando mais um pedaço para cima da mesma Rua do Bonjardim lá se dá com a solução:
O "Solar da Conga" tem a seu lado uma "antecessora" muito mais antiga, atabernada, de balcão comprido, famosa pelas Bifanas e Francesinhas, a qual terá sido sem dúvida a casa-mãe deste novo espaço restaurativo.
Desfeito o mistério vamos às provas. Primeiro que tudo im porta dizer que o ambiente é moderno - com plasmas nas paredes e tudo - boa toalha, bom guardanapo de pano.
Serviço um pouco rápido, incitando o cliente também a uma certa rapidez, o que parece estar de acordo com a filosofia deste Restaurante, criado para almoços de todos os dias sem grandes ostentações.
Não colocam já entradas na mesa excepto a pedido expresso do cliente (ASAE oblige...) .
A pedido lá veio então um "serviço de presunto" constituído por uma travessa de bom presunto de Lamego, cortado bem grosso, com azeitonas e broa de Avintes a acompanhar (6€). Bem bom e que nos desenjoou dos habituais "serranos" de Lisboa e arredores...
Bacalhau Assado no forno, com a 1\2 dose a 12€ era a proposta do dia nos peixes. Nas Carnes havia o Cabrito também assado no forno e ao mesmo preço.Escolheu-se o bacalhau em travessa de grés claro, quantidade suficiente (posta alta inteira) para uma pessoa. E estava bem bom.
Uma garrafa de Verde Tinto Ponte da Barca (5,8€) e um café fizeram esta simples refeição.
Total - 24,8€. Sem o Presunto teriam sido uns 18€..
Conclusão: Vale bem a pena, embora não tenha apagado as saudades do velhinho Restaurante do Porto e das suas monumentais Tripas das Quintas Feiras...
Parece, contudo, que este Solar da Conga também apresenta Tripas e Filetes de Polvo e Cozido à Portuguesa... A ver vamos em próximas oportunidades...

2 comentários:

Anônimo disse...

Como conhecedora da toda a história do Restaurante Solar da Conga e porque o proprietário e com vaidade e orgulho o digo é o meu pai. Estamos a falar de um Senhor da boa gastronomia, de um bom anfitrião, que muito respeita quem no seu restaurante entra pela primeira vez e que com gosto o serve para que seja a primeira de muitas visitas ao seu espaço.
Devo desfazer o engano quanto ao Restaurante Solar da Conga com a Conga das Bifanas. Com todo o respeito pela Conga das Bifanas, até porque ambos os proprietários são amigos de longa data e ambos sabem respeitar os espaços de cada um, bem como o serviço que prestam aos seus clientes. O Restaurante Solar da Conga tem este nome porque efectivamente de um Solar se tratava. Nas traseiras do antigo edifício e como já disse de um Solar se tratava, existe um espaço ao ar livre que tudo me leva a creditar que seria um pequeno jardim. Também existia uma capela. Aquando de obras de beneficiação foram encontrados objectos de Arte Sacra. Tal capela e por exigência das necessidades do restaurante e por por forma a cumprir com todas as normas e regras, foi transformado em armazém com todos os requisitos para assegurar a manutenção do restaurante, assegurar a boa armazenagem e conservação de alimentos. Foi um restaurante que me viu crescer e que muitas saudades me deixa. Foi, porque e por vontade dos grandes grupos económicos, o Restaurante Solar da Conga, viu as suas portas encerradas no dia 14 de Maio de 2011. Estou certa e pelo que presenciei é uma casa que vai deixar saudades a muitos cliente que fizeram o fazer o favor de se tornarem em bons e "velhos" amigos. Muito obrigado a todos os clientes que fizeram parte da história do Solar da Conga, também um muito obrigado aos colaboradores que lutaram ao lado do meu pai para que esta casa tenha o reconhecimento que tem e em jeito de homenagem ao Sr. Francisco Cardoso, senhor meu pai, que sem me querer repetir, com muito orgulho e vaidade, obrigada por contribuíres para a história da Cidade Invicta, a cidade do Porto. Estou certa que o nome do Restaurante Solar da Conga e os seus sabores tão caseiros como era o caso do cabrito assado no forno com arroz de miúdos, o bacalhau recheado com presunto, a pescada recheada com marisco, o bom bife do Vazio, os filetes de polvo com arroz do mesmos, a vitela assada, o arroz à valenciana e as famosas tripas à moda do Porto.
Até sempre Restaurante Solar da Conga, já aos amigos do meu pai. E a ti pai... até logo!!! Adoro-te!!!!

Anônimo disse...

Viva. Gostava de trocar impressões consigo sobre a história do Solar da Conga. O meu pai ia lá nos anos 50/60. Fala de um empregado chamado Manel. Cumprimentos, Ricardo Vila Verde